[News] Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica apresenta mostra, oficina e exibição de filmes de forma gratui



No próximo sábado, dia 4, o Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica apresenta abertura das exposições ‘Não pertence’, que fica em exibição até o dia 11 de agosto, da mostra 'Formação UERJ', que encerra no dia 25 desse mês, e a oficina ‘Por uma estética do feio’, de forma gratuita. Além da programação, o CMAHO apresenta todos os sábados o projeto Cineagaó, que exibe filmes também de forma gratuita e que dialogam com as demais mostras que estão no centro cultural, ‘Poemática’, que encerra no dia 11, e ‘Junho de 2013: cinco anos depois’, que encerra no dia 1º de setembro.
A exposição marca a nova gestão do CMAHO com a direção de Alice Alfinito e a curadoria de Daniele Machado, que será pautada pela transparência, pela diversidade e pela pesquisa a artistas e conteúdos periféricos a história da arte contemporânea.

Programação dia 4/8, sábado:

Formação UERJ – Mostra dos Formandos do Curso de Artes Visuais do Instituto de Artes
Mostra exibirá a produção dos alunos formandos do curso de Artes Visuais do Instituto de Artes da UERJ
Há três anos o Instituto de Artes tem organizado a mostra de seus artistas formandos em centros de artes da cidade, expandindo sua repercussão para além do campus acadêmico e tornando público a pesquisa de seus estudantes.
Este ano o Instituto de Artes reativa a parceria com o Centro de Artes Hélio Oiticica iniciada no ano passado com a mostra Formação 2016 e reedita a mostra com os formandos de 2017, exibindo o trabalho de 20 artistas do curso de Artes Visuais.
A mostra configura-se, já pelo segundo ano consecutivo, como uma trincheira institucional, resguardando a importância da pesquisa acadêmica num contexto de desmantelo do estado exercido pelos governos do PMDB. Como é do conhecimento de todos, a UERJ, assim como boa parte dos serviços vinculados ao governo do estado, passa por um momento de extrema dificuldade, operando mediante à um panorama severo de corte de verbas. Diante disso, faz-se mais que necessário a realização dessa exposição, revelando a qualidade da produção universitária fruto de um corpo docente comprometido com a manutenção da educação publica de excelência e da resistência de alunos - artistas que acreditam no poder da subjetividade em tempos nebulosos.
O Bacharelado em Artes Visuais é cumprido em 4 anos, sendo que o último ano é dedicado a elaboração e aprofundamento das pesquisas individuais. A mostra em questão tem a pretensão de exibir o resultado prático dessas pesquisas - apresentadas como instalação, escultura, pintura, gravura e vídeo. As características do alunato da UERJ, primeira universidade a aderir ao sistema de cotas no país, revelam-se na produção de seus trabalhos – trazendo a tona questões atuais ligadas ao contexto político em que vivemos, às questões de gênero, ao feminicídio e a violência sexual, à problemática do racismo e a crítica às imposições de uma sociedade baseada na imagem e no consumo.
Já pelo segundo ano, a mostra Formação tem o mérito de integrar os três cursos do Instituto de Artes da UERJ. No caso, alunos formandos do curso de História e Crítica da Arte foram convidados a acompanhar a produção dos formandos do curso de Arte Visuais e escrever textos para a publicação-catálogo que será lançada durante o período da exposição. Da mesma forma, os formandos do curso de Licenciatura em Artes Visuais foram convidados à produzir atividades de mediação que serão desenvolvidas em três datas de agosto.
Este ano, pela primeira vez, os artistas expositores defenderão suas monografias de final de curso no Centro de Artes Helio Oiticica, diante de uma banca acadêmica e aberta ao público – tornando possível a toda comunidade o conhecimento de seus projetos de pesquisa.

Exposição Não pertence­
Exposição apresenta jovens artistas e curadores no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica
A mostra apresenta trabalhos desenvolvidos pelos estudantes dos estudantes das turmas de Conformações Através das Apropriações (Artes/UFF) e Arte e Curadoria (História da Arte/UERJ), com a supervisão de Daniele Machado e Fernanda Correa. Os trabalhos em diversos suportes como instalação, colagens, carimbos, objetos, vídeos e fotografias abordam um percurso da investigação dos artistas sobre fronteiras da imagem, suas relação com o desejo popular pela reprodução naturalista da realidade, a memória, o futuro e a tecnologia.
Artistas: Amanda Paesler, Amauri Batista, Beatriz Lohana, Hoberlã Souza, Jordana Coan, Millena Santiago e Taiany Borges. Curadores: Aléxia Iduino, Ana Paula França, Bruna Novaes, Claudia Wer, Fernando Braga, Giovanna Giffoni, Lucas Frois, Rejane Manhães, Tamiris Carvalho e Victoria Soares.
Oficina Por uma estética do feio, de Nicolle Crys
Oficina Por uma estética do feio com a artista Nicolle Crys - Projeto Provisório Permanente­
A oficina de pintura e escrita apresenta a pesquisa da artista para elaboração de um trabalho artístico para a exposição 18’ Linhas Provisórias Exposição Permanente que apresenta ao público outros modos de fazer memória sobre a trajetória institucional do CMAHO
A sombra é a parte do inconsciente composta por potências e impulsos que negamos à nós mesmos, como o egoísmo, a preguiça, a indiferença e a covardia, ou seja, tudo o que olhamos
de modo negativo ou que compõe nossos defeitos. É o que expõe Carl G. Jung no capítulo “a realização da sombra” presente no livro “O homem e os seus símbolos”. A partir da apropriação de imagens do cotidiano encontradas em impressos ou fotografadas trazidas pelos participantes, serão realizados exercícios corporais e de construção gráfica/pictórica para a compreensão dos fenômenos apresentados, tanto a partir de valores individuais quanto socioculturais, visando um trabalho coletivo a ser exposto em espaço público. O que é o feio? Por que é feio? É realmente feio?
Do objeto a ser construído: Busca-se a relação entre imagens e intervenções sobre a imagem através da pintura e da escrita sobre superfície plana. Serão utilizados pedaços de madeiras, de caixotes desmontados e pregados uns sobre os outros para a realização dos chassis, bem como pedaços de papelão, compensado ou lona, que servirão de suporte. Serão disponibilizadas tintas guache, branca, preta, vermelha e amarela e cola, bem como uma impressora para realização de xerox. Como referência serão apresentadas algumas obras de Robert Rauchenberg e frases tiradas de pichações. O objeto será parafusado em uma parede nas proximidades da instituição.
A oficina integra o projeto de pesquisa Provisório Permanente do Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica. A partir da trajetória da instituição, o projeto propõe ações sobre a pergunta #comofazermemoria, com uma exposição 18’ Linhas Provisórias Exposição Permanente, oficinas, seminário, cineclube, digitalização de documentação e aquisição de publicações. A exposição teve a sua primeira abertura em março, tendo o processo de pesquisa e montagem da exposição aberto a participação do público. Os artistas Analu Zimmer, Antônio Gonzaga Amador, Nicolle Crys e Rodrigo Pinheiro que integram a mostra foram selecionados a partir do I PEGA – Encontro de Estudantes das Graduações em Artes do Estado do Rio de Janeiro e terão seus trabalhos concluídos na 2ª abertura da exposição dia 1º de setembro de 2018.

Cineagaó
Evento exibe filmes que se relacionam com a linha de pesquisa artística do CMAHO
O Centro de Arte Hélio Oiticica apresenta todos os sábados de agosto filmes de forma gratuita e que dialogam com a linha de pesquisa do centro de arte com a co-curadoria de Barbara Vida e Marcela Tavares.
Filmes:
Paná Panã
Brasil, 2018
5 minutos
Classificação: Livre
É tudo mentira - Coletivo No Passará
Sinopse: Através do corpo da atriz Thayná Claudio Mugambi que simboliza esta cidade negra o curta Paná – Panã faz alusões ao genocídio que a nós vem representado pelo enfrentamento, nossas histórias são de luta e estes enfrentamentos se tornam os movimentos centrais de muitas vidas. Retratamos nossas tentativas de circulação pela cidade, as remoções nas favelas e a construção de uma cidade para os ricos, cidade esta restrita as mulheres pobres apenas como força de trabalho ou como objetos sexualizados. Entendendo que nossos passos vêm de longe e nossos enfrentamentos se dão em relação a este sistema racista, machista, misógino, e opressor desdobra- se em vários âmbitos e determinam nossas idas e vindas transitando em uma cidade que nos coloca em condições de subjugadas. Nossos corpos femininos são classificados e massacrados por vários tipos de violências. Padronizadas para serem aceitas, embranquecidas para circular invisibilizadas para servir ao trabalho. O que orienta também nossa relação com os homens nesta sociedade. Se pararmos para observar as suas posturas, como andam e transitam pela cidade e compararmos a postura de que mulheres de várias idades precisam assumir, veremos uma diferença significativa, tendo em vista que os homens sempre andam de cabeça erguida, postura de dominadores em relação às mulheres, essas por sua vez andam de cabeça baixa e por vezes são obrigadas a passarem curvadas quando se veem diante de um caminho que está dominado por homens. Não podemos falar de resistência sem falar de ancestralidade e representamos o Orixá Onira (que no Brasil é tida como uma qualidade do Orixá Iansã) na transformação desse corpo negro feminino que estará representando essa cidade, Onira representa esta continuidade. Porque nos tiraram Marielle, mas ela vive em nossos gritos de luta.

SERVIÇO:
Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica: Rua Luís de Camões, 68 – Centro – Rio de Janeiro – RJ. Telefone: +55 21 2242 1012.
Exposição Não pertence­
Abertura: 4 de agosto de 2018, das 15h às 18h
Visitação: 4 a 11 de agosto de 2018
Exposição Formação UERJ
Abertura: 4 de agosto de 2018, das 15h às 18h
Visitação: 4 a 25 de agosto de 2018
Oficina Por uma estética do feio
Dia 4, sábado, das 14h às 17h
Cineagaó
Dia 4, sábado, das 15h às 18h
Programação gratuita
Funcionamento e visitação das exposições: de segunda a sábado, das 12h às 18h. Fechado aos domingos e feriados.


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