[News] Grupo Pandemônio em Cena realiza a Ocupação Noite de Reis, da aurora ao anoitecer em espaços periféricos da cidade
O
Grupo Pandemônio em Cena,
após temporada com o
espetáculo Noite de Reis no Teatro Cacilda Becker, realizará encontros na
periferia de São Paulo. Intitulada
Ocupação
Noite de Reis, da aurora ao anoitecer,
as atividades duram um
dia inteiro em cada espaço. Serão realizadas duas apresentações da peça, a
oficina “Criação a partir das máscaras” e um jantar comunitário, oferecendo, em
cada região, um espaço de conversa entre o grupo e o público. Abaixo a
programação
completa das
ocupações.
25/05, sábado, no CDC Vento Leste DOLLORES BOCA ABERTA
Rua Dr. Frederico Brotero, 60 - Cidade Patriarca
30/05, quinta-feira, na Ocupação Artística Canhoba do grupo
PANDORA
Rua Canhoba, 299 - Perus
Horários das atividades:
10h30: apresentação fechada para escolas
14h às 17h: Oficina “Criação a partir das máscaras”
19h30: Jantar comunitário
20h30: Apresentação aberta ao público
Além da encenação do espetáculo, o projeto
Noite de Reis, Um Elogio à Diversidade,
também é composto por
encontros dos artistas com jovens estudantes e professores da rede pública de
ensino. Ao todo, foram doze apresentações no Teatro Cacilda Becker, quatro
apresentações em CEUs e, agora em sua reta final, o projeto faz suas quatro
ocupações
intituladas Ocupação
Noite de Reis,
da aurora ao
entardecer.
“Esta ocupação é uma forma de concretizar esse espaço de
encontro para além da apresentação teatral.
Ela é, através do
contato e da disponibilidade de transportes para alunos e professores da rede
pública da região, um convite para conhecer um lugar e algumas pessoas que
fazem teatro em sua região. É, através de uma oficina aberta, um espaço para
artistas,
por vezes de
linguagens e desejos diferentes, se encontrarem. É igualmente, através da
comida compartilhada nos jantares comunitários, uma forma de criar uma comunhão
teatral, restituindo assim a etimologia da palavra ‘companhia’, aqueles que
compartilham
o pão,” explica o
grupo.
O enredo da peça tem como base o travestimento da protagonista,
Viola em Cesário, cujo disfarce será
alavanca de uma série
de reviravoltas amorosas que, além de bem humorados, causam uma reflexão sobre
os modelos femininos e masculinos socialmente aceitos, aspecto ressaltado pelo
grupo. O grupo usa o texto do dramaturgo inglês para dialogar sobre a
urgência de encontrar o outro apesar das diferenças.
Na encenação, o grupo também trabalha utilizando o recurso
das máscaras, em que tem se especializado.
O texto de William Shakespeare conta uma história sobre
pessoas que são incapazes de se ver ou ouvir,
já que estão
mergulhadas nos seus profundos desejos individuais. A partir dessa premissa, o
Grupo Pandemônio em Cena
propõe uma encenação musical e popular, onde as cores, sons e
gestos contribuam para tornar
vivo o texto
shakespeariano e acessível para todas pessoas de diferentes idades, gêneros e
classe social.
“Convidamos o público
a refletir sobre o amor festivo, sensitivo e instintivo como forma de união, de
tolerância à diversidade, um antídoto à violência”, diz Rodrigo Veloso, diretor
da peça, que também assina a tradução do texto.
Sobre a tradução e as máscaras
A criação do espetáculo foi feita cena à cena à medida que
era feito um esboço de tradução. Após as
primeiras
improvisações, a tradução era retocada e adaptada. Esse processo possibilitou
uma melhor compreensão cênica da situação e também uma tradução mais rítmica e
imagética. “Foi uma escolha bastante importante para se dar conta do ‘ritmo
alucinante’ da
peça, como foi dito
pelo crítico Harold Bloom. Assim, a tradução própria do texto foi um norte da
construção dramatúrgica e da própria encenação”, conta Rodrigo Veloso.
A atriz
Caroline Oliveira
confeccionou
meias-máscaras de quatro das sete personagens da peça. As outras personagens,
mesmo sem máscaras, foram construídas dentro do princípio do jogo de máscaras.
A escolha do teatro de máscaras concretizou a estética de teatro popular
desejada pelo
grupo, concreta e
visualmente e, ao mesmo tempo, possibilitou a intensidade de jogo e atuação,
pedidas pelas situações e personagens de
Noite de Reis.
A metodologia de
trabalho vem do contato do diretor com a experiência do ensinamento de dois
mestres: Jacques Lecoq e Ariane Mnouchkine.
Sinopse sugerida
No reino de Ilíria, o duque Orsino está apaixonado por
Olívia, que não o ama.
Uma jovem mulher,
Viola, chega levada pelo mar após um naufrágio. Ela tem um irmão gêmeo
idêntico, Sebastião, o qual ela acredita que morreu afogado no naufrágio. Viola
se disfarça de homem, muda seu nome para Cesário, e encontra trabalho como
mensageiro
de Orsino. O trabalho
de Viola é mandar mensagens de amor de Orsino para Olívia. Olívia se
apaixona por Viola (Cesário), achando que ela é um homem. Viola se apaixona
por Orsino, mas não pode revelar seu amor por ele pois Orsino acha que ela é
Cesário,
um homem. Assim é
formado um triângulo amoroso cujas partes nem sabem ao certo o gênero do
seu desejo. Para
completar esse caos, Sir Andrew, amigo do tio de Olívia, Sir Toby, chega à
cidade para casar-se com ela.
Ficha Técnica
Direção:
Rodrigo Veloso.
Orientação Musical:
Erica D’Ávilla e Alef
Barros.
Preparação Vocal:
William Guedes
Cenografia:
Tayse Martins e
Pandemônio em Cena. Figurino:
Pandemônio em cena.
Desenho de luz:
Renato Mendes e
Pandemônio em Cena. Tradução:
Rodrigo Veloso.
Direção de Produção:
Lucas Vedovoto
Produção Executiva:
Rodrigo Veloso.
Assistente de produção:
Caroline Oliveira.
Mascareira:
Caroline Oliveira.
Elenco:
Alef Barros, Caroline Oliveira, Danilo Monteiro, Gabriela
Mendes, Gabrielle Paula, Jamille Rai,
Lucas Vedovoto, Paula
Luppi.
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