[News] NOVO FILME DE ILDIKÓ ENYEDI, A HISTÓRIA DA MINHA MULHER ESTREIA NOS CINEMAS DIA 15 DE JUNHO
Seis anos após o lançamento de "Corpo e Alma", vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim e finalista ao Oscar de Melhor Filme Internacional, a cineasta húngara Ildikó Enyedi volta ao circuito exibidor brasileiro com A HISTÓRIA DA MINHA MULHER, que concorreu à Palma de Ouro no Festival de Cannes. Com lançamento nos cinemas no dia 15 de junho, o romance protagonizado por Léa Seydoux e Gijs Naber é distribuído pela Pandora Filmes.
Também autora do roteiro, Ildikó Enyedi adapta o livro de Milán Füst "The Story Of My Wife: The Reminiscences Of Captain Störr", originalmente publicado em 1946 e inédito no Brasil. Na premissa, o Capitão Jakob Störr (Gijs Naber) faz uma pausa em terra firme e tem um breve encontro em Paris com o seu amigo Kodor (Sergio Rubini), desafiando-se inocentemente a se casar com a primeira mulher que adentrar o restaurante onde estão.
Após se despedir de Kodor, Jakob testemunha a presença de Lizzy (Léa Seydoux), que há pouco ocupou o mesmo recinto. Informada sobre a intenção do Capitão, a jovem aceita ser a sua esposa, iniciando assim um relacionamento permeado por paixões intensas, encantos, ciúmes e manipulações.
Habituada a escrever as suas próprias histórias, Ildikó Enyedi se desafiou pela primeira vez em sua carreira a transpor um livro para o cinema e revela o que a fascina na obra Milán Füst: "Ele é uma espécie de outlier na literatura húngara e mundial. Com muita frequência, é incompreendido, sendo elogiado pelos aspectos errados. Para mim, Füst é, antes de tudo, um pensador radical que envolve seus pensamentos em uma textura rica e sensual cheia de humor e ludicidade."
Dividida em sete capítulos, a narrativa privilegia a perspectiva do Capitão Jakob Störr em detrimento de Lizzy, que em determinado momento passa a ser acusada de infidelidade sem que protagonista e espectadores testemunhem qualquer evidência concreta disso. Sobre esse aspecto, a cineasta comenta que o filme pode ser um convite para os membros de um patriarcado em declínio se juntarem para a construção de algo gratificante. "Hoje temos uma grande ocasião histórica reservada à parte masculina da humanidade para agarrar uma chance de ter uma vida melhor diante de um modelo mais satisfatório."
Outro aspecto bastante enfatizado nas escolhas de A HISTÓRIA DA MINHA MULHER é certa incomunicabilidade entre os protagonistas, que rejeitam as suas línguas natais para interagir em inglês. Intérprete do Capitão Jakob Störr, o ator holandês Gijs Naber pode ser reconhecido no elenco de "A Espiã", de Paul Verhoeven, e, segundo Enyedi, "ele tem uma presença completa, significativa, e que traz Jakob próximos a nós sem grandes gestos, apenas com a profundidade e a honestidade de sua interpretação. Gijs é forte e vulnerável - o segredo de todas as grandes estrelas". Sua companheira de cena é a celebrada atriz francesa Léa Seydoux, com quem a realizadora diz ter trabalhado "como uma cúmplice, com confiança e intimidade". Outro querido do cinema francês, Louis Garrel interpreta Dedin, um personagem secundário, mas fundamental para intervir nos destinos de Jakob e Lizzy.
A HISTÓRIA DA MINHA MULHER foi rodado ao longo de 58 dias, com grande parte de suas locações em Budapeste. Coprodução entre Alemanha, França, Hungria e Itália, a obra seguiu o circuito de festivais após a première em Cannes, entre os quais Otranto Film Festival (onde venceu o Prêmio do Júri de Melhor Direção), Dunav Film Fest (vencedor do prêmio de Melhor Atuação para Gijs Naber) e a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
Sinopse
Jacob Störr (Gijs Naber), um capitão da Marinha, faz uma aposta com um amigo: casará com a primeira mulher que entrar no café onde se encontram - quem chega é Lizzy (Léa Seydoux). A suspeita de infidelidade e a visível atração de Lizzy por Dedin (Louis Garrel) ameaçam condenar o capitão à loucura.
Ficha Técnica
Direção: Ildikó Enyedi
Roteiro: Ildikó Enyedi, adaptado do romance "The Story of My Wife: The Reminiscences of Captain Storr", de Milán Füst
Produção: András Muhi, Ernõ Mesterházy, Flaminio Zadra, Janine Jackowski, Jonas Dornbach, Maren Ade, Mónika Mécs, Olivier Père, Peggy Hall, Pilar Saavedra Perrotta, Stéphane Parthenay
Elenco: Léa Seydoux, Gijs Naber, Louis Garrel, Sergio Rubini, Jasmine Trinca, Luna Wedler, Josef Hader, Udo Samel, Ulrich Matthes, Romane Bohringer, Sandor Funtek, Nayef Rashed, Beniamino Brogi, Simone Coppo, Herman Gilis, Michael Kehr, Julia Droste
Direção de Fotografia: Marcell Rév
Desenho de Produção: Imola Láng
Trilha Sonora: Ádám Balázs
Montagem: Károly Szalai
Gênero: drama romântico
País: Alemanha, França, Hungria, Itália
Ano: 2021
Duração: 169 minutos
SOBRE A PANDORA FILMES
A Pandora é uma distribuidora de filmes independentes que há 30 anos busca ampliar os horizontes da distribuição de filmes no Brasil revelando nomes outrora desconhecidos no país, como Krzysztof Kieślowski, Theo Angelopoulos e Wong Kar-Wai, e relançando clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Federico Fellini, Ingmar Bergman e Billy Wilder. Sempre acompanhando as novas tendências do cinema mundial, os lançamentos recentes incluem “O Apartamento”, de Asghar Farhadi, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro; e os vencedores da Palma de Ouro de Cannes: “The Square: A Arte da Discórdia”, de Ruben Östlund e “Parasita”, de Bong Joon Ho.
Paralelamente aos filmes internacionais, a Pandora atua com o cinema brasileiro, lançando obras de diretores renomados e também de novos talentos, como Ruy Guerra, Edgard Navarro, Sérgio Bianchi, Beto Brant, Fernando Meirelles, Gustavo Galvão, Armando Praça, Helena Ignez, Tata Amaral, Anna Muylaert, Petra Costa, Pedro Serrano e Gabriela Amaral Almeida.
Nenhum comentário