[News] A Arte da Diplomacia tem sua première nacional no Festival do Rio
A ARTE DA DIPLOMACIA mostra como a cultura brasileira teve um papel de destaque na luta contra o nazifascismo nos anos de 1940, quando o Brasil enviou mais de 160 pinturas doadas por 70 artistas modernistas para serem exibidas e leiloadas no Reino Unido.
“Estamos muito honrados em estrear no Brasil no Festival do Rio, o filme teve gravações na cidade e recupera a memória de importantes artistas cariocas. Uma época em que os pintores modernistas ajudaram a posicionar o Brasil na luta contra o nazifascismo”, explica o cineasta.
A arte brasileira foi apresentada em Londres pela primeira vez em 1944, e, segundo a pesquisadora Clara Marques, “tem uma certa provocação ali de mandar para os inimigos da Alemanha justamente o tipo de arte que o próprio Hitler mais detesta.” O longa resgata esse episódio com entrevistas de especialistas e uma rica pesquisa de imagens.
O filme fez sua estreia mundial no 11º FIDBA - Festival Internacional de Cine Documental de Buenos Aires, no começo de outubro, e mostra como o Brasil se valeu da arte do soft-power em seu papel na luta contra os regimes totalitários durante a Segunda Guerra, além de mostrar o primeiro levante de internacionalização do modernismo brasileiro.
Além de Marques, o documentário também conta a participação do diplomata Hayle Melim Gadelha, que foi adido Cultural da Embaixada brasileira em Londres, cuja pesquisa, ao chegar na Inglaterra, descobriu esse importante feito da arte brasileira. Ao mesmo tempo, o longa constrói um vasto painel da arte modernista brasileira ao trazer depoimentos de entrevistados como crítica de arte brasileira Aracy Amaral e a inglesa Dawn Adès, as historiadoras Glaucea Britto e Anita Leocadia Benário Prestes, além de familiares dos artistas que participaram da exposição em Londres, como a pesquisadora Lisbeth Rebollo e o pintor Luiz Aquila.
O filme é uma produção da Anti Filmes, em coprodução com Boulevard Filmes e Donna Features. Assinam a produção: Celina Torrealba, Frederico Ruas, Letícia Friedrich, Sergio Carpi e Zeca Brito.
Sinopse
Durante a 2ª Guerra Mundial, o Brasil enviou de navio 168 pinturas doadas por 70 artistas modernistas para serem exibidas e leiloadas em algumas das mais consagradas instituições de arte do Reino Unido. Um fascinante episódio de diplomacia cultural que revela uma visão de modernismo nas artes brasileiras. O filme busca investigar e descobrir os meandros desta história, procurando novos significados para a arte moderna brasileira do período.
Ficha técnica:
Direção: Zeca Brito
Roteiro: Frederico Ruas, Denise Silveira, Jardel Machado Hermes e Zeca Brito
Produção: Celina Torrealba, Frederico Ruas, Letícia Friedrich, Sergio Carpi e Zeca Brito
Coprodução: Boulevard Filmes e Donna Features
Produção executiva: Letícia Friedrich
Direção de Fotografia: Bruno Polidoro
Montagem: Frederico Ruas e Jardel Machado Hermes
Direção de Arte: Leo Lage
Direção de Som: Tiago Bello
Direção Musical: Rita Zart
Pesquisa: Hayle Melim Gadelha e Clara Marques
Sobre Zeca Brito
Zeca Brito é cineasta, atuando como diretor, produtor e roteirista. Mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), graduado em Realização Audiovisual pela Universidade do Vale dos Sinos (Unisinos) e em Poéticas Visuais pela UFRGS. Foi diretor do Instituto Estadual de Cinema do Rio Grande do Sul (2019- 2023). Dirigiu e roteirizou curtas e longas-metragens exibidos e premiados no Brasil e no exterior; "O Guri" (2011), "Glauco do Brasil" (2015), "Em 97 Era Assim" (2017), "A Vida Extra-Ordinária de Tarso de Castro" (2018), "Grupo de Bagé" (2018), "Legalidade" (2019), "Trinta Povos” (2020) e "Hamlet" (2022).
Filmografia:
Um Breve Assalto (2009, 12’)
Aos Pés (2009, 18’)
O Sabiá (2011, 15’)
O Guri (2011, 94’)
Glauco do Brasil (2015, 90’)
Em 97 Era Assim (2017, 94’)
A Vida Extra-Ordinária de Tarso de Castro (2018, 90’)
Grupo de Bagé (2018, 75’)
Legalidade (2019, 122’)
Trinta Povos (2020, 78’)
Hamlet (2022, 87')
Sobre Anti Filmes
A Anti Filmes é uma empresa gaúcha dedicada à produção e difusão do audiovisual brasileiro, com filmes e séries de documentário e ficção premiados no Brasil e no exterior. Dentre as produções realizadas, destacam-se filmes de Zeca Brito, como "Glauco do Brasil", "A Vida Extra-ordinária de Tarso de Castro", "Grupo de Bagé", "Trinta Povos", "Hamlet" e obras criadas pelo cineasta Frederico Ruas, como o longa-metragem "TERRAQUEOS - Vestígios de uma Era Digital", e a série "A Benção".
Sobre Boulevard Filmes
Boulevard produziu curtas, longas e telefilmes. Dentre eles, se destacam os longas de ficção “Amor, Plástico e Barulho” (Indie Lisboa 2015, Festival de Brasília 2014, Mostra SP 2014), “Açúcar” (IFFR- Festival Internacional de Cinema de Rotterdam 2018, Festival do Rio, Mostra SP) e os documentários “Libelu – Abaixo a Ditadura”, de Diógenes Muniz (Melhor Filme Festival É Tudo Verdade 2020)e “A Vida Extra-Ordinária de Tarso de Castro”, de Leo Garcia e Zeca Brito (Festival do Rio e Mostra SP 2017).
Sobre Donna Features
Donna Features nasceu com projetos em busca do feminino em suas dimensões poética, política e resiliente, como nos documentários "The Breeding Shed" (2022) e "O Tempo das Chuvas" e "Voto de Esperança” (em pós-produção). Fundada pela documentarista Celina Torrealba e o produtor Sergio Carpi, a empresa é produtora associada de longas internacionais, entre eles "Wasp Network - Prisioneiros da Guerra Fria" (2019) de Olivier Assayas, e "O Farol" (2018) de Robert Eggers, em coprodução com a A24. Também é realizadora de "Dama da Floresta" em produção.
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