[News] Mergulhando em ritmos brasileiros e na ancestralidade africana, Zilá Lima lança o álbum ‘Cantando Memórias’, dia 12 de outubro
Mergulhando em ritmos brasileiros e na ancestralidade africana, Zilá Lima lança o álbum ‘Cantando Memórias’, dia 12 de outubro
Com capa de Elifas Andreato, a cantora e compositora do Rio de Janeiro propõe uma viagem musical em 13 faixas autorais, que trazem a África, heroínas negras e a raiz afro-brasileira como principais inspirações
Capa do disco ‘Cantando Memórias’ - Arte de Elifas Andreato
PRÉ-SAVE/OUÇA AGORA: https://orcd.co/
Uma viagem musical que tem os ritmos brasileiros e a herança cultural africana como maiores inspirações. Este é o primeiro álbum da cantora, compositora e berimbalista do Rio de Janeiro, Zilá Lima, “Cantando Memórias”, lançado pela Kuarup, e que chega nas plataformas de música dia 12 de outubro, Dia de Nossa Senhora Aparecida, sincretizada também como a Iabá Oxum das religiões de matriz africana, reverenciada pela artista.
Em seu primeiro disco, Zilá apresenta 13 canções autorais - com produção musical de Celsinho Silva, arranjos de Rogério Souza e músicos como Bebê Kramer, Eduardo Neves, Jefferson Lescowich, João Camarero e João Lyra -, que trazem como temas a diáspora africana, as manifestações culturais afro-brasileiras e a espiritualidade, atravessados por ritmos como samba, samba de roda, canção praieira, ijexá e até afro-choro e afro-bossa, criando um caldeirão cheio de tempero musical, que exalta a ancestralidade.
LANÇAMENTO: O lançamento será celebrado com um show no dia 21 de outubro, às 12h, no Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos, Gamboa, RJ. A entrada é gratuita após o “Circuito Histórico de Herança Africana”, caminhada que a entidade promove na área conhecida como Pequena África.
Outro destaque do álbum é a capa, assinada pelo designer Elifas Andreato e que tem como cerne a figura do pensador angolano, imagem de origem Tchokwe e símbolo da cultura nacional de Angola, que representa a sabedoria, a experiência de longos anos vividos e o conhecimento dos segredos da vida. Andreato, um dos mais tarimbados criadores de capas de discos da MPB, deixou a arte pronta antes de falecer, em 2022, sendo este um dos seus últimos trabalhos.
Uma viagem musical pelas histórias e memórias ancestrais
A maioria das canções de “Cantando Memórias” foram compostas primeiro com o berimbau, instrumento que acompanha Zilá desde muito cedo, quando aos 12 anos, começou a praticar capoeira e a conhecer suas tradições, rituais e cantigas. Foi a capoeira que a levou a compor, inspirada pelas histórias que a sua mãe, nascida e criada na região onde se situava o Quilombo dos Palmares, em Alagoas, contava, nutrindo a artista com memórias ancestrais e histórias de escravizados passadas por gerações.
“Desde menina sinto uma grande necessidade de me fazer presente nas lutas antirracista e pela liberdade religiosa. Encontrei na música o melhor jeito de passar esta mensagem. Esse disco é parte da minha vontade de transformar em poesia e som, as histórias que sempre ouvi e que me nutriram de amor e de respeito pela cultura originária africana”, afirma a artista, que também integra a Comissão Estadual da Verdade da Escravidão Negra no Brasil (CEVENB), da OAB-RJ, e que também é servidora do Arquivo Nacional.
Zilá Lima em foto de Alessandra Tolc
“Flor D’Água”, um “afro-choro” em parceria com Saulo Ligo, fala sobre o encontro com a própria essência, a ancestralidade e sobre o necessário mergulho interior para que o melhor possa emergir. A canção, escolhida para ser a música de trabalho, também faz referência à Iabá Oxum, que tem seu dia comemorado na data do lançamento do álbum.
Os orixás das religiões de matriz africana aparecem com frequência em “Cantando Memórias”, bem como recortes afetivos e históricos de memórias do povo negro. “Foi no Valongo”, por exemplo, apresenta uma narrativa sobre a história do Cais do Valongo, no Rio de Janeiro.
“No álbum, chamo a atenção para a riqueza cultural afro-brasileira. Também reverencio as religiões de matriz africana e suas importantes figuras e entidades, além de heroínas e grandes mulheres da nossa história. Sinto que trazer à luz o que nos foi negado na escola é uma importante missão”, explica Zilá, que tem como referências nomes como Paulo César Pinheiro, Baden Powell, Dona Ivone Lara, Roque Ferreira, Dorival Caymmi, Cartola e o canto ancestral de Clementina de Jesus.
Outro destaque do disco é a faixa “Saudade”, uma “afro-bossa” que relembra a trajetória da rainha africana Nzinga Mbandi Kia Mbandi, conhecida como Rainha Ginga, além da música “Conceição Evaristo”, que homenageia a premiada escritora e uma das heroínas da luta antirracista.
Do início ao fim, “Cantando Memórias” propõe uma espécie de viagem, que começa com a primeira faixa, “Ô de Casa”, um samba de roda que remete à travessia atlântica África-Brasil, e que termina com “Vou Voltar Pra Angola”, samba que descreve o sonhado retorno. A faixa-bônus “Mãe África” é um ijexá que homenageia a África como a mãe do mundo, onde a humanidade surgiu, encerrando a viagem musical proposta pela artista e homenageando importantes mulheres negras de todos os tempos.
Apesar do ritmo alegre na maioria das músicas, o álbum traz potentes reflexões em suas letras.
““Cantando Memórias" é um disco com muito samba e ritmos brasileiros. As músicas, além de trazerem mensagens positivas, propõem reflexões intensas sobre a história do povo negro e as nossas heranças culturais. É um convite a dançar, a ser feliz e também a refletir. É um chamamento para nos engajamos na luta contra o racismo, a favor da liberdade religiosa e pelo direito de todos conhecerem a verdadeira história africana e afro-brasileira”, conclui.
FICHA TÉCNICA - CANTANDO MEMÓRIAS:
Composições, produção executiva e fonográfica, berimbau e voz: Zilá Lima
Produção musical e percussão: Celsinho Silva
Arranjo e violão 6 cordas: Rogério Souza
Acordeão: Bebê Kramer
Baixo e baixo acústico: Jefferson Lescowich
Baixo: Guto Wirtti
Bandolim: Luis Barcelos
Cavaquinho: Jorge Filho
Cuíca: Marcos Esguleba
Flauta: Eduardo Neves
Pandeiro: Eduardo Silva EDUARDO SILVA
Percussão: Netinho Albuquerque e Paulino Dias
Piano: Adriano Souza
Trompete: Aquiles de Moraes
Viola: João Lyra
Violão 7 cordas: João Camarero
Direção de coro: Estela Manfrinato
Coro: Alcides Junior, Estela Manfrinato, Mery Hellize e Saulo Ligo
Gravação: Sérgio Vieira de Lima Neto - Estúdio Araras, RJ.
Gravação do coro, mixagem e masterização: Celso Rocha, Estúdio Apache, SP.
Gravação do coro: Ramon Saci - Natural Music Studio, SP
Assessoria de Imprensa: Mario Camelo / Prisma Colab
Composição “Flor D’Água”: parceria com Saulo Ligo
Composição “Vou Voltar Pra Angola”: parceria com Tony César
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SERVIÇO - SHOW:
Zilá Lima no Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos
Local: IPN - R. Pedro Ernesto, 32-34 - Gamboa, Rio de Janeiro.
Data: 21 de outubro de 2023 (sábado)
Horário: 12h
Duração: 80 minutos
Capacidade: 80 lugares
Grátis. Livre.
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