[News] Livro, que será lançado no Brasil, tem ilustrações baseadas em esculturas de cerâmica criadas pela autora e transformadas em modelos autorais de inteligência artificial

 

Foto de Gene Kogan



Apaixonada por arte e inteligência artificial, a artista visual Vanessa

Rosa vai lançar seu livro infantil, “A Carta de Verdelis”, na Bienal

Internacional do Livro de São Paulo.

Morando nos Estados Unidos desde 2020, ela retorna ao Brasil para

apresentar a obra de ficção científica voltada para leitores a partir

dos 9 anos. O livro, que será lançado pela editora Arte do Tempo, novo

selo da Viajante do Tempo, apresenta os Pequenos Marcianos, personagens

encantadores que sofreram mutações para se adaptar a um ambiente em

mudança. Eles nos mostram uma visão em que a tecnologia e a natureza

coexistem em perfeita harmonia e a consciência humana vive em sintonia

com todos os seres vivos. Os Pequenos Marcianos nos convidam a sonhar

com um amanhã, onde a mais avançada tecnologia brota da própria

natureza, como uma flor futurista em um jardim cósmico.


As ilustrações do livro, baseadas em esculturas de cerâmica criadas pela

própria autora e transformadas por ela em modelos autorais de

inteligência artificial, dão vida a esse mundo de Pequenos Marcianos,

onde não existe diferença entre o que é high-tech e o que é orgânico -

tudo faz parte da mesma teia da vida.


O livro compartilha a mesma temática e personagem da animação "Little

Martians: Dear Human, My Muse", curta-metragem da artista que já ganhou

mais de sete prêmios em festivais internacionais de cinema. Desde 2023,

Vanessa é artista em destaque na galeria de arte e inteligência

artificial da Nvidia com o universo de ficção científica dos Pequenos

Marcianos, evidenciando o caráter inovador de seu trabalho.

Durante a Bienal, Vanessa vai expor as esculturas no estande da editora

Viajante do Tempo e está ansiosa para interagir com o público e outros

artistas. “Eu queria contar a história de origem de Verdelis de uma

forma acessível. Ficção científica para crianças é um campo que precisa

crescer muito. Esta nova geração vai crescer com Inteligência Artificial

e quase não há narrativas que vão além do cenário de catástrofe ou da IA

como robôs perigosos. Meu maior objetivo é apresentar uma visão de

futuro cheio de esperança, em que tecnologia e natureza se complementam,

a vida da Terra floresce através do sistema solar e a consciência humana

não é mais desconectada dos outros seres vivos”, comenta Vanessa, que já

almeja voos mais altos para seu trabalho. “Quero continuar esta

história, enquanto série, e aproveitar para divulgar conceitos

científicos de vanguarda para um público amplo de uma forma lúdica.

Estou conversando com alguns cientistas sobre a possibilidade de

colaboração”, completa.


Formada em História da Arte pela UERJ, Vanessa Rosa começou sua carreira

no Rio de Janeiro, em 2010, pintando murais com grafite cheios de

história e cultura. Com o passar do tempo, a pintura totalmente livre

seguiu um outro caminho: uma mistura de várias mídias. Seu trabalho

evoluiu para contos de história mundial e intercâmbio cultural, de

azulejos portugueses, geometria sagrada islâmica, porcelana chinesa ao

estudo de etnomatemática e padrões dentro de sociedades indígenas. Em

2020, durante a pandemia, Vanessa mergulhou na ficção científica e se

mudou para a “Mars College”, um experimento artístico no deserto da

Califórnia que parece outro planeta. Foi lá que nasceram os Pequenos

Marcianos.


Em sua trajetória, Vanessa já fez pinturas murais, exposições e outros

projetos por todo o mundo. Alguns dos mais importantes incluem: o

universo de ficção científica 'Pequenos Marcianos', apresentado na

Nvidia AI Art Gallery (2023-2024); a série de livros de história da arte

‘Os Mundos de Diana' (2020); exposições em espaços culturais de grande

prestígio como o Gray Area (São Francisco 2022) e o palácio de Bückeburg

(2024); um mural em grande escala para a Pioneer Works (Nova York,

2017); e uma comissão para a ONU Mulheres (2014).






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