[News]Criadora de obra textual imprescindível e que transborda a escrita

 

Criadora de obra textual imprescindível e que transborda a escrita

 

Dona de longa trajetória acadêmica com estudos em teatro, performance, literatura e nas manifestações das culturas da diáspora africana, Leda Maria Martins é autora de obra fundamental para compreender as diferentes maneiras de se construir e transmitir conhecimento, além das textualidades escritas.

 

 


 

A busca pelo saber nos movimenta. É uma dinâmica permanente que não se dá em apenas uma direção, mas onde quer que o aprendizado seja evocado. Este constante desenvolvimento do conhecimento, em que passado e futuro habitam o presente, agregando os saberes daqueles que vieram antes de nós e já se foram, daqueles que nos acompanham lado a lado e daqueles todos que ainda não nasceram, é a mais intensa manifestação da ancestralidade. É nessa ancestralidade presentificada que reina a poeta, dramaturga, professora e reinadeira Leda Maria Martins, homenageada pelo programa Ocupação Itaú Cultural.

 

Cercada de música desde a infância, apaixonada por matemática, Rainha de Nossa Senhora das Mercês da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário do Jatobá e, “primeiro, uma poeta”, ela tem uma longa e frutífera trajetória acadêmica, com estudos em teatro, performance, literatura e nas múltiplas manifestações das culturas da diáspora africana.

 

Movida constantemente pelo desejo de aprender, seja pelos saberes da escola, como professora, aluna e pesquisadora, seja pelos saberes da tradição banto, presentes nos cânticos, nos ritmos e nas performances do Reinado, Leda produziu uma obra fundamental para compreendermos as diferentes maneiras de se construir e transmitir conhecimento, para além das textualidades escritas. Sua obra trabalha conceitos como os de oralituras, afrografias, encruzilhadas, corpo-tela e tempo espiralar, convidando-nos a pensar epistemologias marginalizadas pelo processo colonial europeu – que recusa, em seu esforço de dominação, as tradições textuais da oralidade e da corporeidade.

 

Itaú Cultural

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