[Crítica] Caça-Fantasmas
Piadas
científicas, aparições que reforçam a nostalgia dos anos 80, e um novo elenco
com novas piadas e nova história. Esse é o clima de o reboot traz para os
cinemas.
Sinopse:
Atualmente, uma respeitada professora da Universidade de Columbia, Erin Gilbert
(Kristen Wig) escreveu anos atrás um livro sobre a existência de fantasmas em
parceria com a colega Abby (Melissa McCarthy). A obra, que nunca foi levada a
sério, é descoberta por ser pares acadêmicos e Erin perde o emprego. Quando
Patty Tolan (Leslie Jones), funcionária do metrô de Nova Iorque, presencia
estranhos eventos no subterrâneo, Erin, Abby e Jillian Holtzmann (Kate
McKinnon) se unem e partem pela salvação da cidade e do mundo.
O
que achamos: Sabe toda aquela história despontada na década
de 80, com Bill Murray estrelando e tudo mais? Esqueça! O que temos aqui é um
enredo concreta, com pano de fundo não visto nos outros filmes da última franquia.
Com muitas referências e um enredo original, ‘Caça-Fantasmas’ consegue ser
divertido em muitos aspectos, e traz (quem sabe) uma nova era no cinema:
Empoderamento feminino.
Temos dois pontos chaves nesse filme: A entrada do novo
elenco e efeitos especiais. Melissa, Kristen, Leslie e Kate formam um dos
melhores times femininos que já assistimos no cinema. Cada uma tem sua
especialidade dentro do filme, o que consegue surpreender de forma diferente o
espectador. Não existe atriz passando por cima de atriz, são só quatro mulheres
que tem suas próprias piadas, que abordam com liberdade e que consegue criar um
ambiente agradável para a produção. A Sony – mesmo produtora que trouxe ‘O
Espetacular Homem-Aranha’ – não deixou a desejar no quesito de efeitos
especiais. Colorido, bem-feito e conjugado com as ações dos atores, criando uma
interação inteligente e bonita para todo o contexto.
Quando Chris Hemsworth entra em cena... Além de todos os
corações arrebatados pelo deus nórdico da Marvel, Kevin – sua personagem –
consegue ser totalmente o contrário do que imaginávamos! Além de ser um
completo tapado, idiota e burro, ele consegue ter um papel interessante, mas
não ofusca as mulheres do elenco principal. E é aqui que começamos ver o jeito
que os reboots estão trabalhando o debate que acerca redes sociais agora.
Caça-Fantasmas traz uma nova história, mas traz grandes referências. Foto: Divulgação. |
A história é algo novo, diferente de ‘Os Caças-Fantasmas’
e ‘Os Caça-Fantasmas II’. Invés de deuses querendo invadir a Terra e gosmas
fantasmagóricas causadas pelo mau humor dos cidadãos da cidade, aqui temos algo
inédito... Que vocês vão ter que ir ao cinema conferir, porque senão não tem
graça alguma!
Pontos negativos: Encerramento do filme, uma música
repetitiva, dois personagens pouco trabalhados na história. A cena que finaliza
é, simplesmente... Ficamos sem entender. O que podia ser um desfecho épico,
acaba por ser algo que corta algo no meio... Achamos que poderiam ter feito
algo melhor, antes de puxar os créditos. A trilha sonora também deixa a
desejar, pois a música tema dos primeiros filmes, ‘Ghostbusters’, toca em uma
nova versão remixada várias e várias vezes no filme, tornando-a um pouco
cansativa e maçante. E Leslie e Jillian são duas personagens que achamos que
deveriam ser melhor trabalhadas, não somente como a ‘alta-conhecedora’ de Nova
Iorque, e a engenheira louca, respectivamente. Gostaríamos de saber suas
histórias e vidas, antes de começaram a caçar fantasmas.
Enfim, recomendamos para todos aqueles que adoram uma
ficção científica bem humorada. É uma produção interessante, também, para
mostrar aos jovens um universo mais nerd, que participou da criação da mesma
cultura.
‘Caça-Fantasmas’ (Ghostbusters) estreia nesta
quinta-feira (14), em todo o Brasil!
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