[Resenha] Comer Rezar Amar
Introdução by Maisa:
Eu poderia posta n-coisas diferentes, mas este livro realmente me emocionou muito e tocou minha alma, mas eu acabei não resenhando este livro, nem sei o motivo, mas quando li a resenha do Irlan, decidi que ia colocá- la neste dia em especial. O Natal é tempo de repensar nossas vidas e este livro e fez pensar demais sobre tudo na minha vida. Um feliz Natal a todos e uma ótima resenha!
Sinopse:
Em torno dos 30 anos, Elizabeth Gilbert enfrentou uma crise da meia-idade precoce. Tinha tudo que uma americana instruída e ambiciosa teoricamente poderia querer - um marido, uma casa, um projeto a dois de ter filhos e uma carreira de sucesso. Mas em vez de sentir-se feliz e realizada, foi tomada pelo pânico, pela tristeza e pela confusão. Enfrentou um divórcio, uma depressão debilitante e outro amor fracassado, até que se viu tomada por um sentimento de liberdade que ainda não conhecia. Foi quando tomou uma decisão radical - livrou-se de todos os bens materiais, demitiu-se do emprego, e partiu para uma viagem de um ano pelo mundo - sozinha.
Resenha:
“Tudo passa. Depois de algum tempo, tudo acaba passando.”
Encontramos, no inicio dessa jornada, uma Elizabeth perdida, atormentada, angustiada e enrolada até o pescoço em seus próprios problemas acumulados, afundada numa vida amarga e melancólica; presa em um casamento empurrado com a barriga por ela e seu marido... Marido esse que irá se tornar, depois de um longo, penoso, extenuante e tortuoso divorcio, seu ex-marido.
Elizabeth ainda se envolve com o jovem ator David, o que acaba por tornar um “provável futuro conto de fadas” em mais um inferno astral, emocional e psicológico.
Decidida a mudar de vida, ela decide passar um ano visitando três países, em busca de três desejos pessoais: Itália, pelo prazer; Índia, pela devoção; Indonésia, pelo equilíbrio. Entretanto, o que ela obtêm nessa jornada vai muito além do planejado.
Com uma escrita cativante, fluida e despretensiosa, a jornalista e protagonista de sua própria historia, Elizabeth Gilbert, discorre sobre sua vida de maneira desmedida, sem meias palavras, sem medos e sem pudor, expondo sua vulnerabilidade de forma franca e aberta, com pitadas de humor e sarcasmo.
Em COMER, a primeira parte do livro, temos a mulher atormentada por seus problemas, por seus fantasmas, que luta contra si mesma dia após dia enquanto vive em um dos lugares mais lindos, sensuais e glutões do planeta – Itália. A busca do prazer aqui está longe da parte carnal; o prazer é sensorial: visão e paladar. A regra é não ter regra. Aproveitar as belezas históricas, se deslumbrar com a cidade, e saborear (lê-se devorar) a culinária. E, acima de tudo, se envolver com a língua italiana que ela acha tão sexy, voluptuosa e envolvente.
Esta é a parta mais dolorosa do livro, onde Elizabeth ainda se encontra atormentada pelo fracasso de seu casamento, seu divorcio que suga toda sua força (e dinheiro), e sua depressão que insiste em voltar com força.
Já em REZAR, no retiro de sua Guru na Índia, ela busca a arte da devoção e da elevação espiritual. Talvez, uma das partes mais emocionais do livro, onde ela descobre que para aliviar o fardo de sua vida agora bagunçada, tudo o que ela precisa fazer é seguir com afinco sua jornada espiritual, visitando dentro de si mesma cada pedaço esqueci e deixado para trás, para perdoar e amar... O que lhe custa horas e mais horas de meditação e controle de seu corpo, mente e alma.
Os conceitos religiosos dessa parte transcendem o significado cristão comum de Deus e do divino tão distantes de nós, não apenas por ser uma experiencia real e pessoal da autora, mas por mostrar que Deus não está unicamente conosco, mas também está em nós, como nós. Sim, está é a minha parte favorita do livro, já que me identifico tanto com as questão demonstradas e abordadas nele – e não pela religião. Aqui temos a busca comum a todos que seguem alguma religião de elevação espiritual e conexão com Deus, através do amor, do perdão e da devoção.
Em AMAR, a parte final, ela está na Indonésia, e volta a encontra o xamã que visitou em uma viagem a trabalho. Lá, já dona de si, ela busca o equilíbrio entre os prazeres da terra e o contato com o divino. Um lugar paradisíaco, repleto de pessoas simpáticas, e um amor a vista fazem dessa parte do livro o momento inesperado de sua vida, onde as coisas acontecem de surpresa; onde os espaços em branco são preenchidos com gratidão e sabedoria.
Ainda há muita religiosidade nessa parte do livro, principalmente no inicio, tendo ela se tornado discípula do xamã Ketut (e sua mais fiel amiga), que lhe ensinara outros tipo de meditações, que lhe ajudou a ter coragem e aceitar os problemas da vida de forma simples: se der pra corrigir, corrija; se não, sorria (até com o seu fígado) e faço o melhor que estiver ao seu alcance.
Elizabeth é uma nova mulher, liberta de todas as suas aflições, de todos os demônios e fantasmas que atormentavam sua vida. Está livre de sua antiga persona, que era por demais controladora, inquieta, intensa... a membrana permeável de todos os sentimentos dos outros. Agora ela era ela, e mais ninguém. Alguns quilos mais pesadas (depois de Ítalia), mas, ainda assim, mais leve do que nunca.
Há em cada parte do livro (COMER, REZAR, AMAR) explicações históricas e sócio-culturais que nos faz entender o porque da escolha dela por cada lugar que passou e como a vida nesses lugares são marcadas por tradições e costumes, e ainda, como tudo isso influenciou em tua jornada.
Ainda existem pessoas incríveis que cruzam o seu caminho, tão importante para sua evolução e crescimento – tanto pessoal quanto espiritual – quanto foram cada um dos países que visitou. Momentos de aprendizagem, gratidão, boas ações e muito mais, que ajudaram a fixar na medula de sua alma (se é que isso existe) tudo o que aprendeu de mais sagrado em sua jornada.
Aqueles que não conhecem o livro, podem pensar que a idéia, o conceito, que a autora trouxe nele é muito ambicioso, muito caro, mas para os leitores mais atentos, o livro é, de fato, um guia para aqueles que desejam mudar de vida (mas sem aquele tom de auto-ajuda). Os métodos são comuns a todo ser humano, mesmo no quesito religioso (se você que buscar Deus de forma sincera, honesta e com verdade, basta dedicar-se a Ele de coração), é são aplicáveis ao nosso dia-a-dia, se simplificados (Não é preciso necessariamente ir até a Itália para se comer bem nem até a Índia para encontrar Deus).
Em seu plano de busca por evolução pessoal, que começou com a ideia de “eu”, Elizabeth foi capaz de mudar a vida de todos que conheceu, e encontrou muito mais do que jamais pensou encontrar.
Esta é a parta mais dolorosa do livro, onde Elizabeth ainda se encontra atormentada pelo fracasso de seu casamento, seu divorcio que suga toda sua força (e dinheiro), e sua depressão que insiste em voltar com força.
Já em REZAR, no retiro de sua Guru na Índia, ela busca a arte da devoção e da elevação espiritual. Talvez, uma das partes mais emocionais do livro, onde ela descobre que para aliviar o fardo de sua vida agora bagunçada, tudo o que ela precisa fazer é seguir com afinco sua jornada espiritual, visitando dentro de si mesma cada pedaço esqueci e deixado para trás, para perdoar e amar... O que lhe custa horas e mais horas de meditação e controle de seu corpo, mente e alma.
Os conceitos religiosos dessa parte transcendem o significado cristão comum de Deus e do divino tão distantes de nós, não apenas por ser uma experiencia real e pessoal da autora, mas por mostrar que Deus não está unicamente conosco, mas também está em nós, como nós. Sim, está é a minha parte favorita do livro, já que me identifico tanto com as questão demonstradas e abordadas nele – e não pela religião. Aqui temos a busca comum a todos que seguem alguma religião de elevação espiritual e conexão com Deus, através do amor, do perdão e da devoção.
Em AMAR, a parte final, ela está na Indonésia, e volta a encontra o xamã que visitou em uma viagem a trabalho. Lá, já dona de si, ela busca o equilíbrio entre os prazeres da terra e o contato com o divino. Um lugar paradisíaco, repleto de pessoas simpáticas, e um amor a vista fazem dessa parte do livro o momento inesperado de sua vida, onde as coisas acontecem de surpresa; onde os espaços em branco são preenchidos com gratidão e sabedoria.
Ainda há muita religiosidade nessa parte do livro, principalmente no inicio, tendo ela se tornado discípula do xamã Ketut (e sua mais fiel amiga), que lhe ensinara outros tipo de meditações, que lhe ajudou a ter coragem e aceitar os problemas da vida de forma simples: se der pra corrigir, corrija; se não, sorria (até com o seu fígado) e faço o melhor que estiver ao seu alcance.
Elizabeth é uma nova mulher, liberta de todas as suas aflições, de todos os demônios e fantasmas que atormentavam sua vida. Está livre de sua antiga persona, que era por demais controladora, inquieta, intensa... a membrana permeável de todos os sentimentos dos outros. Agora ela era ela, e mais ninguém. Alguns quilos mais pesadas (depois de Ítalia), mas, ainda assim, mais leve do que nunca.
Há em cada parte do livro (COMER, REZAR, AMAR) explicações históricas e sócio-culturais que nos faz entender o porque da escolha dela por cada lugar que passou e como a vida nesses lugares são marcadas por tradições e costumes, e ainda, como tudo isso influenciou em tua jornada.
Ainda existem pessoas incríveis que cruzam o seu caminho, tão importante para sua evolução e crescimento – tanto pessoal quanto espiritual – quanto foram cada um dos países que visitou. Momentos de aprendizagem, gratidão, boas ações e muito mais, que ajudaram a fixar na medula de sua alma (se é que isso existe) tudo o que aprendeu de mais sagrado em sua jornada.
Aqueles que não conhecem o livro, podem pensar que a idéia, o conceito, que a autora trouxe nele é muito ambicioso, muito caro, mas para os leitores mais atentos, o livro é, de fato, um guia para aqueles que desejam mudar de vida (mas sem aquele tom de auto-ajuda). Os métodos são comuns a todo ser humano, mesmo no quesito religioso (se você que buscar Deus de forma sincera, honesta e com verdade, basta dedicar-se a Ele de coração), é são aplicáveis ao nosso dia-a-dia, se simplificados (Não é preciso necessariamente ir até a Itália para se comer bem nem até a Índia para encontrar Deus).
Em seu plano de busca por evolução pessoal, que começou com a ideia de “eu”, Elizabeth foi capaz de mudar a vida de todos que conheceu, e encontrou muito mais do que jamais pensou encontrar.
acho o tipo de livro perfeito para ler entre um livro mais pesado e outro. algo mais leve. o filme não me agrado muito mas acho que os ensinamentos do livro podem ser bem bacanas!
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