[Crítica] Mulher Maravilha
Treinada desde cedo para ser uma guerreira imbatível, Diana Prince (Gal Gadot) nunca saiu da paradisíaca ilha em que é reconhecida como princesa das Amazonas. Quando o piloto Steve Trevor (Chris Pine) se acidenta e cai numa praia do local, ela descobre que uma guerra sem precedentes está se espalhando pelo mundo e decide deixar seu lar certa de que pode parar o conflito. Lutando para acabar com todas as lutas, Diana percebe o alcance de seus poderes e sua verdadeira missão na Terra.
O que eu achei?
Confesso que no meio de toda a animação para ver Diana Prince nas telonas, tinha uma pitada de receio, pois li em algum lugar que, assim com o filme em questão, suas possíveis sequências seriam todas históricas. Sendo assim minha cabeça foi direto a Capitão América – O Primeiro Vingador (eu sei que é da Marvel, se acalma), outro filme que se passa durante a Segunda Guerra Mundial, logo bateu aquela preocupação de que o resultado fosse algo parecido vezes o infinito. Se isso é verdade não sei dizer, mas o que posso é: não importa; se qualquer continuação manter-se ao nível ou superá-lo, com certeza teremos um futuro muito próspero no universo DC, independente da linha temporal.
O que já era difícil após Batman Vs Superman torna-se praticamente impossível: não há mais como não relacionar a imagem da Mulher Maravilha a Gal Gadot, que continua estonteante no papel. Quanto à origem da personagem, é utilizada do universo dos Novos 52 da DC Comics, onde sua mãe deitou-se com Zeus, o deus dos deuses, e assim deu a luz à semideusa Diana. Ao longo do filme é feita tentativa de desmentir essa origem, desfocá-la para outra também possível, mas no fim é restaurada sua concreticidade.
O ponto alto do filme — sem deixar de lado os quesitos de storytelling e visuais do filme — é, sem sombra de dúvida, o emprego de diversos questionamentos de excruciante relevância a um filme de super-heroína, tipo de filme este que é considerado apenas para o público. Mas Mulher Maravilha é muito mais que isso. Como Diana nunca havia posto os pés fora de Temiscira, sua terra natal, ao ser levada por Steve Trevor (Chris Pine) ao “mundo dos homens”, sua visão relativamente inocente traz à tona questões não só feministas, como já eram de se esperar dada a predominância (incrível) do poder feminino, mas também sexuais (sua tia, Antíope [Robin Wright de House of Cards], possui um romance com outra mulher) e até mesmo humanitárias, com Diana enfatizando o quanto era desumano as nações deixarem seus soldados definharem nos fronts de batalha.
Embora o romance de Diana e Steve seja legal, gostosinho de acompanhar, o mais importante é que Diana não o permite rebaixá-la a alguém que precisa de proteção. Por só haverem mulheres em Temiscira, as Amazonas não sofreram a opressão histórica da figura masculina, logo os veem como iguais e não superiores. Desse modo, os costumes de Diana tanto culminam em cenas engraçadíssimas de “falta de modos” numa sociedade conservadora quanto uma crítica às donzelas em perigo, fazendo até mesmo um paralelo à figura do par romântico coadjuvante, que agora é um homem.
Uma única reclamação que posso fazer, mas que não afeta muito do desenvolvimento do filme, é a falta de ligação com os demais filmes do universo, já existentes ou que virão. Mulher Maravilha é algo único e totalmente centrado em si mesmo, sem permitir grandes influências externas se não uma pequena cena ao início do filme. Então digo logo: não, não tem nenhuma cena pós-créditos. O que, particularmente, considero uma oportunidade perdida, pois depois de um filme tão grandioso e especial em tantos sentidos, um link para a Liga da Justiça seria fechar com chave de ouro.
Muito se duvidou que do que Patty Jenkins, diretora do filme, poderia fazer com a história de Diana — houve inclusive rumores que seu trabalho deixava muito a desejar e acabaria como um fracasso a mais na conta da DC Comics —, porém, com efeitos visuais incríveis (exceto pelo 3D, que não serve de muita coisa), o humor necessário para quebrar o clima sombrio proposto pelos filmes anteriores da produtora e uma protagonista que não deve nada a ninguém, muito menos a seus companheiros de Liga, posso dizer, e todos os demais presentes que bateram palmas comigo após o término da sessão vão concordar, que Mulher Maravilha é o ápice da DC até o momento.
Confesso que no meio de toda a animação para ver Diana Prince nas telonas, tinha uma pitada de receio, pois li em algum lugar que, assim com o filme em questão, suas possíveis sequências seriam todas históricas. Sendo assim minha cabeça foi direto a Capitão América – O Primeiro Vingador (eu sei que é da Marvel, se acalma), outro filme que se passa durante a Segunda Guerra Mundial, logo bateu aquela preocupação de que o resultado fosse algo parecido vezes o infinito. Se isso é verdade não sei dizer, mas o que posso é: não importa; se qualquer continuação manter-se ao nível ou superá-lo, com certeza teremos um futuro muito próspero no universo DC, independente da linha temporal.
O que já era difícil após Batman Vs Superman torna-se praticamente impossível: não há mais como não relacionar a imagem da Mulher Maravilha a Gal Gadot, que continua estonteante no papel. Quanto à origem da personagem, é utilizada do universo dos Novos 52 da DC Comics, onde sua mãe deitou-se com Zeus, o deus dos deuses, e assim deu a luz à semideusa Diana. Ao longo do filme é feita tentativa de desmentir essa origem, desfocá-la para outra também possível, mas no fim é restaurada sua concreticidade.
O ponto alto do filme — sem deixar de lado os quesitos de storytelling e visuais do filme — é, sem sombra de dúvida, o emprego de diversos questionamentos de excruciante relevância a um filme de super-heroína, tipo de filme este que é considerado apenas para o público. Mas Mulher Maravilha é muito mais que isso. Como Diana nunca havia posto os pés fora de Temiscira, sua terra natal, ao ser levada por Steve Trevor (Chris Pine) ao “mundo dos homens”, sua visão relativamente inocente traz à tona questões não só feministas, como já eram de se esperar dada a predominância (incrível) do poder feminino, mas também sexuais (sua tia, Antíope [Robin Wright de House of Cards], possui um romance com outra mulher) e até mesmo humanitárias, com Diana enfatizando o quanto era desumano as nações deixarem seus soldados definharem nos fronts de batalha.
Embora o romance de Diana e Steve seja legal, gostosinho de acompanhar, o mais importante é que Diana não o permite rebaixá-la a alguém que precisa de proteção. Por só haverem mulheres em Temiscira, as Amazonas não sofreram a opressão histórica da figura masculina, logo os veem como iguais e não superiores. Desse modo, os costumes de Diana tanto culminam em cenas engraçadíssimas de “falta de modos” numa sociedade conservadora quanto uma crítica às donzelas em perigo, fazendo até mesmo um paralelo à figura do par romântico coadjuvante, que agora é um homem.
Uma única reclamação que posso fazer, mas que não afeta muito do desenvolvimento do filme, é a falta de ligação com os demais filmes do universo, já existentes ou que virão. Mulher Maravilha é algo único e totalmente centrado em si mesmo, sem permitir grandes influências externas se não uma pequena cena ao início do filme. Então digo logo: não, não tem nenhuma cena pós-créditos. O que, particularmente, considero uma oportunidade perdida, pois depois de um filme tão grandioso e especial em tantos sentidos, um link para a Liga da Justiça seria fechar com chave de ouro.
Muito se duvidou que do que Patty Jenkins, diretora do filme, poderia fazer com a história de Diana — houve inclusive rumores que seu trabalho deixava muito a desejar e acabaria como um fracasso a mais na conta da DC Comics —, porém, com efeitos visuais incríveis (exceto pelo 3D, que não serve de muita coisa), o humor necessário para quebrar o clima sombrio proposto pelos filmes anteriores da produtora e uma protagonista que não deve nada a ninguém, muito menos a seus companheiros de Liga, posso dizer, e todos os demais presentes que bateram palmas comigo após o término da sessão vão concordar, que Mulher Maravilha é o ápice da DC até o momento.
Trailer:
Postado por Julio Gabriel
Que filme! Ainda estou toda me tremendo tamanha a grandiosidade desta produção!
ResponderExcluirAo contrário do mundo, acredito eu, gosto de filmes assim sem ligações.
Gal e Chris atuaram lindamente, sou suspeita pq adoro os dois né.
Adorava a série. Mas não tenho o hábito de ler os quadrinhos. O filme é o mais esperado. E, aproveitando o embalo, bem que a Netflix poderia passar o seriado com a Linda Carter.
ResponderExcluirEu, particularmente, fiquei bem satisfeita com o filme da Patty Jenkins. Como fan das HQs, posso dizer que foi uma adaptação bem fiel à era do George Pérez.
ResponderExcluirO trailer ficou um arraso, com certeza será o melhor filme do ano.
ResponderExcluirEstou ansiosa para ver <3
Minha heroína favorita com certeza
beijos
Gal Gadot é maravilhosa e com talento. Sinceramente os filmes de ação não são o meu gênero preferido, mas devo reconhecer que Mulher Maravilha superou minhas expectativas, é um dos melhores filmes do super-heróis é uma história sobre sacrifício, empoderamento feminino e um sutil lembrete para nós, humanos, do que somos capazes de fazer uns com os outros, adorei está história, por que além das cenas cheias de ação extrema e efeitos especiais, realmente teve um roteiro decente, elemento que nem todos os filmes deste gênero tem. É impossível não se deixar levar pelo ritmo da historia. Eu recomendo muito e estou segura de que se converterá numa das minhas preferidas.
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