[Lista] 5 livros com representatividade LGBT #LoveWins
Em comemoração do Dia Internacional da Luta Contra A Homofobia, Bifobia e Transfobia, decidi deixar o Reino Literário BR um pouquinho mais gay com recomendações de livros com representatividade LGBT. Representatividade é e sempre será um dos pontos mais importantes a serem discutidos; as minorias precisam — e merecem — ser vistas e sentirem-se vistas. Sendo assim, com o pouquinho de voz que esse blog me propicia, é claro que eu precisava prestar essa pequena homenagem ao meu povo. No Reino Literário BR, homofóbicos não passarão!
Simons Vs. A Agenda Homo Sapiens
Sinopse: Simon tem dezesseis anos e é gay, mas ninguém sabe. Sair ou não do armário é um drama que ele prefere deixar para depois. Tudo muda quando Martin, o bobão da escola, descobre uma troca de e-mails entre Simon e um garoto misterioso que se identifica como Blue e que a cada dia faz o coração de Simon bater mais forte. Martin começa a chantageá-lo, e, se Simon não ceder, seu segredo cairá na boca de todos. Pior: sua relação com Blue poderá chegar ao fim, antes mesmo de começar. Agora, o adolescente avesso a mudanças precisará encontrar uma forma de sair de sua zona de conforto e dar uma chance à felicidade ao lado do menino mais confuso e encantador que ele já conheceu.
Esse livro é um queridinho para agarrar e não soltar nunca mais! 'Simon Vs. A Agenda Homo Sapiens' mostra, muito verdadeiramente, como é ser gay na adolescência, apresentando dilemas facilmente relacionáveis e personagens apaixonantes. Às vezes até acho que Becky Albertalli é um garoto gay escondido na pele de uma mulher adulta tamanha a realidade que passa em sua escrita. Fofo até dizer chega — não que você vá querer que acabe.
Os Dois Mundos de Astrid Jones
Sinopse: "O movimento é impossível." É o que Astrid Jones, 17 anos, aprendeu na sua aula de filosofia. E, vivendo na pequena cidade em que mora, ela começa a acreditar que isso é mesmo verdade. São sempre as mesmas pessoas, as mesmas fofocas, a mesma visão de mundo limitada, como se estivessem todos presos em uma caverna, nunca enxergando nada além. Nesse ambiente, ela não tem com quem desabafar suas angústias, e por isso deita-se em seu jardim, olha os aviões no céu, e expõe suas dúvidas mais secretas aos passageiros, já que eles nunca irão julgá-la. Em seu conflito solitário, ela se vê dividida entre dois mundos: um em que é livre para ser quem é de verdade e dar vazão ao que vai em seu íntimo, e outro em que precisa se enquadrar desconfortavelmente em convenções sociais.
Sem deixar de ser um livro com temática gay, em 'Os Dois Mundos de Astrid Jones', a autora A. S. King trata sobre identidade como assunto mais relevante. Fala sobre ser verdadeiro consigo mesmo, mesmo quando não sabemos verdadeiramente quem somos. É a busca pelo que somos e o que nos faz assim. Sem contar que é um ótimo romance lésbico em um meio que impera os romances masculinos.
Dois Garotos se Beijando
Sinopse: Do lado de fora da escola, ao ar livre, rodeados por câmeras e por uma multidão que, em parte apoia e em parte repudia o que estão fazendo, Craig e Harry estão tentando quebrar o recorde mundial do beijo mais longo. Craig e Harry não são mais um casal, mas já foram um dia. Peter e Neil são um casal. Seus beijos são diferentes.
Avery acaba de conhecer Ryan e precisa decidir sobre como contar para ele que é transexual, mas está com medo de não ser aceito depois disso. Cooper está sozinho. Passa suas noites em claro, no computador, criando vidas falsas online e seduzindo homens que jamais conhecerá na vida real. Mas quando seus pais descobrem seu passatempo proibido, o mundo dele desaba. Cada um desses meninos tem uma situação diferente. Alguns contam com o apoio incondicional da família, outros não. Alguns sofrem com o bullying na escola, outros, com o coração partido. Mas bem no centro de todas essas histórias paralelas está o amor. E, através dele, a coragem para lutar por um mundo onde esse sentimento nunca seja sinônimo de tabu.
Avery acaba de conhecer Ryan e precisa decidir sobre como contar para ele que é transexual, mas está com medo de não ser aceito depois disso. Cooper está sozinho. Passa suas noites em claro, no computador, criando vidas falsas online e seduzindo homens que jamais conhecerá na vida real. Mas quando seus pais descobrem seu passatempo proibido, o mundo dele desaba. Cada um desses meninos tem uma situação diferente. Alguns contam com o apoio incondicional da família, outros não. Alguns sofrem com o bullying na escola, outros, com o coração partido. Mas bem no centro de todas essas histórias paralelas está o amor. E, através dele, a coragem para lutar por um mundo onde esse sentimento nunca seja sinônimo de tabu.
De todos, esse talvez seja o mais importante. Em uma narrativa que, por vezes, mais parece uma mensagem de gerações passadas aos jovens gays de atualmente, David Levithan tece diversas histórias que se conectam sutilmente para mostrar o que significa ser gay em diferentes meio de vivência. Muito mais que apenas um beijo entre dois garotos, esse livro é tanto uma mensagem extremamente necessária quanto um tapa na cara muito que bem merecido.
A Garota Dinamarquesa
Sinopse: Um simples favor que a esposa pede ao marido numa tarde fria, enquanto os dois pintam no ateliê. A modelo que vem posando para ela cancelou a sessão; ele se importaria de colocar as meias e os sapatos da moça, por alguns instantes, para que ela possa terminar o resto do retrato? “Claro”, diz ele.“O que você quiser.” Assim começa uma das mais passionais e incomuns histórias de amor do século XX. Inspirado na história real do pintor dinamarquês Einar Wegener e sua esposa californiana, este delicado retrato de um casamento nos desafia a refletir o que fazer quando alguém que amamos quer mudar. Einar passa a se vestir cada vez mais como Lili – uma espécie de alter ego feminino –, por quem Greta se vê estranhamente atraída, e à medida que Einar desaparece na lembrança, eles percebem que uma escolha terá de ser feita: Lili ou Einar. Tendo como pano de fundo o glamour e a decadência da Europa da década de 1920, A garota dinamarquesa retrata a quase esquecida história de amor entre um homem que descobre sua verdadeira sexualidade e uma mulher disposta a sacrificar tudo por ele.
Todo mundo provavelmente já assistiu ao filme por conta do Eddie Redmayne — não culpo ninguém, ele é maravilhoso mesmo — mas vejo muito pouca gente falando do livro, então tomei essa responsabilidade por mãos. A quem interessar possa, sim, o filme é bem fiel ao livro, mas isso não quer dizer que seja fiel à história de Lili. O próprio livro é apenas em parte fiel, tomando pontos específicos de sua vida e romanceando os entremeios a fim de contar a história de um casal que se amou até que não mais podia; um amor tão profundo e desprendido da reciproca tão ansiada. Mostra, maravilhosamente, como amar muitas vezes independe de ser amado de volta.
A Menina Submersa: Memórias
Sinospe: A Menina Submersa: Memórias é um verdadeiro conto de fadas, uma história de fantasmas habitada por sereias e licantropos. Mas antes de tudo uma grande história de amor construída como um quebra-cabeça pós-moderno, uma viagem através do labirinto de uma crescente doença mental. Um romance repleto de camadas, mitos e mistério, beleza e horror, em um fluxo de arquétipos que desafiam a primazia do “real” sobre o “verdadeiro” e resultam em uma das mais poderosas fantasias dark dos últimos anos. Considerado uma “obra-prima do terror” da nova geração, o romance é repleto de elementos de realismo mágico e foi indicado a mais de cinco prêmios de literatura fantástica, e vencedor do importante Bram Stoker Awards 2013.
Deixei esse livro por último, pois é provavelmente o mais diferente da lista; e um dos meus favoritos da vida. Com uma protagonista lésbica que namora uma transexual, 'A Menina Submersa' mistura elementos de thriller psicológico, horror e romance à prosa poética lindíssima da autora e o resultado é um dos livros mais mágicos que já li. Não é um livro fácil, desisti dele duas vezes antes de finalmente conseguir lê-lo de ponta à outra, mas garanto que o esforço vale muito a pena no fim. O tipo de livro que muda seu jeito de pensar para sempre.
E é isso! Ler esses livros foi como descobrir a mim mesmo, uma página de cada vez, e assim espero que vocês possam, quem sabe, sentirem-se representados neles assim como eu.
Postado por Julio Gabriel
Oi Júlio, adorei que tenha nos dado dicas de livros que retratam um assunto tão importante, e que precisa ser discutido abertamente.
ResponderExcluirChega de tanto preconceito!!!!
Estou começando a ler agora , A Menina Submersa.E espero adorar a leitura tanto quanto você.
E não li o livro A Garota Dinamarquesa, mas assisti sim o filme. E amei!
Espero ainda poder ler o livro.
Gostei de suas dicas! :)
Oi Janaina, que bom que gostou <3 E espero muito que você goste de A Menina Submersa, pois vejo muita gente comprando mais pela edição limitada lindíssima (que todos sabemos que não é limitada nada porque ainda tem pra vender a rodo nenon) sem realmente lê-lo. Depois me conta o que você achou!
ExcluirOi Julio,
ResponderExcluirBem pertinente suas indicações, um livro que é do tema e não vi na sua lista é "Eu te darei o Sol". Recomendo ;)
Beijos
Oi Aichha, ainda não li esse, mas já estou de olho nele há um tempinho, então obrigado pelo up na vontade <3 Quando tiver lido com certeza terá resenha aqui no blog e talvez eu inclua-o numa segunda lista que já estou planejando com outros livros que estariam inclusos nessa, mas não quis que ficasse muito grande logo de cara.
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