[Resenha] Meio Mundo
Thorn Bathu não é uma garota comum. Mesmo tendo sido criada numa sociedade machista, ela vive para lutar e treina arduamente há anos. Porém, após uma fatalidade, ela é declarada assassina pelo mesmo mestre de armas que deveria prepará-la para as batalhas.Para fugir à sentença de morte, Thorn se vê obrigada a participar de um esquema do ardiloso pai Yarvi, ministro de Gettland. Ao lado dela se encontra Brand, um guerreiro que odeia matar, mas encara a jornada como uma chance de sustentar a irmã e conquistar o respeito de seu povo.A missão dos dois é cruzar meio mundo a bordo de um navio e buscar aliados contra o Rei Supremo, que pretende subjugar todo o Mar Despedaçado. É uma viagem desafiadora, em que Brand precisa provar seu valor e Thorn fará o necessário para honrar a memória do pai e se tornar uma verdadeira guerreira.Guiando os personagens por caminhos tortuosos em busca de amadurecimento e redenção, Joe Abercrombie mais uma vez nos maravilha com uma história grandiosa, que se sustenta sozinha por seu vigor, mas também dá continuidade à saga de Gettland e Yarvi. Finalista do prêmio Locus, Meio mundo deixará o leitor na expectativa do desfecho desta série épica.
O que eu achei?
Em MEIO MUNDO, segundo livro da trilogia "Mar
Despedaçado", temos como protagonista a jovem Thorn Bathu, uma menina
audaciosa, corajosa, destemida e rebelde, que sempre sonhou em ser guerreira
como seu pai. Após uma injustiça e um acidente trágico no quadrado de treino,
Thorn é julgada assassina e sentenciada à morte por apedrejamento.
Até que sua vida é poupada. Mas prendendo-a a um juramento. Nessa nova jornada, o foco está em Thorn Bathu e seu companheiro de treino, Brand, que fazem parte da tripulação da embarcação Vento Sul, do agora ministro, pai Yarvi.
Joe Abercrombrie volta com sua escrita impecável, seu mundo que consegue ser ao mesmo tempo fantástico e realista, com personagens tão verossímeis que é impossível não sentir algum tipo de conexão com eles; ou você ama ou odeia, não há maneira de ficar indiferente a eles. Pai Yarvi, que foi apresentado no primeiro livro, está agora mais maduro, inteligente e astuto do que nunca. Porém, mais soturno. O autor conseguiu manter a linearidade na persona dele, sem deixar pontos soltos. Na verdade, absolutamente todas as personagens são construídas com maestria, sem exageros nem falsidades.
Thorn, apesar de demonstrar muito potencial, peca em autocontrole e disciplina, que serão moldadas a força por Skifr, uma misteriosa mulher que fará parte da tripulação. A evolução e o amadurecimento de Thorn é lindo de se acompanhar; sua força aparente tornando-se força factual, forjada a muita luta, respeito e entrega. Brand, para mim, foi o personagem mais ambíguo e difícil. Não por ser chato ou tedioso, mas pela sua mente inquieta e suas inúmeras incertezas, sempre em busca de fazer o bem, sem saber o que esse bem é na verdade.
O autor construiu personalidades de forma realista, mostrando a verdadeira alma humana, mostrando que ninguém é essencialmente bom ou ruim. Um dos pontos que reparei nesse segundo livro - que passou despercebido - foi a construção da mitologia divina, que pode-se fazer um paralelo nítido com a mudança do politeísmo para o monoteísmo e a imposição dessa crença pelo Rei Supremo (no caso dessa história) a todos os outros reis.
O história é construída cheia de reviravoltas, mais uma vez mostrando a habilidade do autor de criar momentos complexos e cheios de significados, rica em filosofias e questionamentos pessoais e morais, que fazem o leitor se colocar na pele das personagens e questionarem sua própria moral. O que nos torna heróis? Será que fazer sempre o bem é a escolha certa?
Com um enredo que mistura momentos de tensão extrema, descontração e o inesperado companheirismo entre um grupo de pessoas extremamente diferentes, MEIO MUNDO conseguiu ser tão bom quanto - ou até melhor - que MEIO REI, o primeiro livro da trilogia.
Até que sua vida é poupada. Mas prendendo-a a um juramento. Nessa nova jornada, o foco está em Thorn Bathu e seu companheiro de treino, Brand, que fazem parte da tripulação da embarcação Vento Sul, do agora ministro, pai Yarvi.
Joe Abercrombrie volta com sua escrita impecável, seu mundo que consegue ser ao mesmo tempo fantástico e realista, com personagens tão verossímeis que é impossível não sentir algum tipo de conexão com eles; ou você ama ou odeia, não há maneira de ficar indiferente a eles. Pai Yarvi, que foi apresentado no primeiro livro, está agora mais maduro, inteligente e astuto do que nunca. Porém, mais soturno. O autor conseguiu manter a linearidade na persona dele, sem deixar pontos soltos. Na verdade, absolutamente todas as personagens são construídas com maestria, sem exageros nem falsidades.
Thorn, apesar de demonstrar muito potencial, peca em autocontrole e disciplina, que serão moldadas a força por Skifr, uma misteriosa mulher que fará parte da tripulação. A evolução e o amadurecimento de Thorn é lindo de se acompanhar; sua força aparente tornando-se força factual, forjada a muita luta, respeito e entrega. Brand, para mim, foi o personagem mais ambíguo e difícil. Não por ser chato ou tedioso, mas pela sua mente inquieta e suas inúmeras incertezas, sempre em busca de fazer o bem, sem saber o que esse bem é na verdade.
O autor construiu personalidades de forma realista, mostrando a verdadeira alma humana, mostrando que ninguém é essencialmente bom ou ruim. Um dos pontos que reparei nesse segundo livro - que passou despercebido - foi a construção da mitologia divina, que pode-se fazer um paralelo nítido com a mudança do politeísmo para o monoteísmo e a imposição dessa crença pelo Rei Supremo (no caso dessa história) a todos os outros reis.
O história é construída cheia de reviravoltas, mais uma vez mostrando a habilidade do autor de criar momentos complexos e cheios de significados, rica em filosofias e questionamentos pessoais e morais, que fazem o leitor se colocar na pele das personagens e questionarem sua própria moral. O que nos torna heróis? Será que fazer sempre o bem é a escolha certa?
Com um enredo que mistura momentos de tensão extrema, descontração e o inesperado companheirismo entre um grupo de pessoas extremamente diferentes, MEIO MUNDO conseguiu ser tão bom quanto - ou até melhor - que MEIO REI, o primeiro livro da trilogia.
Oi Irlan,
ResponderExcluirNão conhecia essa trilogia, gostei bastante pois parece cheia de ação e aventura. Livros cheios de reviravoltas sempre me prendem.
Beijos
Essa trilogia tem ação, aventura, misticismo, reviravoltas, romance, tem tudo de bom haha não vejo a hora de lançarem o último livro
ExcluirAmei o post! Como eu disse na minha resenha, gostei muito da protagonista e da forma como ela foi construída! Amei a enxurrada de referências ao primeiro livro e, claro: Yarviii! *-*
ResponderExcluirAbraços.
Alex, do Um Bookaholic. <3
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