[Crítica] A Glória e a Graça
O filme conta a história de Glória (Carolina Ferraz), travesti bem sucedida e feliz com suas conquistas mas que vive distante de Graça (Sandra Corveloni), sua irmã. Quando Graça descobre uma doença terminal, as duas vão tentar aproximar as famílias para reestabelecer as relações entre os primos.
O que eu achei?
É um dos melhores filmes brasileiros que já vi. Um drama bem elaborado,com personagens cativantes (e atores que fazem jus a eles), uma boa direção de arte e a trilha sonora complementam tanto as cenas alegres quanto as tristes.
Graça é uma mãe solteira, massagista ayurvédica, que mora num apartamento em Santa Teresa com seus filhos: Papoula, de 15 anos e Moreno, de 8.Cada um tem um pai diferente; o pai de Moreno morreu (o garoto não sabe e acha que ele simplesmente sumiu) enquanto o de Papoula nunca a assumiu como filha. Um dia, Graça vai ao médico e descobre que tem um aneurisma e que pode morrer a qualquer momento.Ela fica desesperada porque não tem ninguém a quem recorrer caso ela morra e precise de alguém para cuidar de seus filhos. Seus pais já morreram e sua única família é seu irmão, Luiz Carlos, que ela é afastada há 15 anos, devido a um conflito. Ela o procura e descobre que ele virou trans,virou uma mulher chamada Glória, dona de um restaurante.
A princípio, Glória diz para a irmã seguir em frente e se recusa a ajudá-los mas quando fica a par da situação, se compadece e decide se reaproximar da família. Os sobrinhos desenvolvem uma relação afetiva com a tia, especialmente Moreno e ela até entrega uma história que ela escreveu quando tinha a idade dele.Um dia, Glória vai buscar buscar Papoula na escola e a defende de algumas garotas que estavam fazendo bullying com ela. Os filhos não sabem da condição da mãe, por enquanto. Graça não teve coragem de revelar a verdade.
Eles contratam um advogado para passar a guarda para Glória.Pouco tempo depois, Graça é internada num hospital e Glória vai a uma festa. Quando ela sai e está andando na rua sozinha à noite, um homem num carro pára, convida-a para um passeio e ela aceita. Ao descobrir que ela é um travesti (ela ainda não fez a cirurgia de mudança portanto ainda tem o órgão sexual masculino), começa a agredi-la. Ela eventualmente consegue se defender e fugir mas toda ensaguentada e machucada, é socorrida e vai para o mesmo hospital onde Graça está. Glória a visita, elas fazem as pazes e dizem que se amam. Alguns dias depois, ela volta para casa aproveitar o tempo que resta.
Como o estado de Graça era terminal, a morte era algo certo para ela. O modo como o filme faz um emocionante retrato da reconciliação de uma família e de como nosso tempo na Terra é limitado e devemos aproveitá-lo com nossos entes queridos é emocionante. Cinema nacional em sua melhor apresentação.
Trailer:
Fico feliz que tenha curtido o filme. Pretendo ver. Acredito que o Brasil está produzindo boas obras cinematográficas.
ResponderExcluirBeijos,
Monólogo de Julieta.
Olá Paloma. Realmente, nossa indústria está crescendo. Assista e me diga o que acha.
ResponderExcluirBjs
Oi Clara,
ResponderExcluirO Brasil tem evoluído bastante em suas produções, achei a temática de drama familiar bem legal e estou curiosa para ver.
beijos