[Nerds & Geeks] Representatividade nas HQs
Ontem, dia 28 de junho, foi o Dia do Orgulho LGBT. Não sou LGBT mas apoio todas as formas de amor.Em homenagem à data, decidi fazer um post sobre personagens que simbolizam a representatividade nas histórias em quadrinhos da Marvel e da DC.
Já faz um tempo que ambas têm incluído personagens diversificados nas suas histórias. Alguns fans mais radicais se sente incomodados com essa variedade, ainda mais quando ela toca alguns personagens aclamados mas é importante ter personagens que representem as minorias como negros, mulheres, gays, trans, etc.
O Estrela Polar foi o primeiro herói a sair do armário. Publicado pela Marvel, Jean-Paul Beaubier era um esquiado profissional canadense que foi convidado a fazer parte da equipe Tropa Alfa . Ele já se relacionou com alguns outros heróis, como o Colossus, o Homem de Gelo e até pelo Hércules mas acabou se casando com Kyle na revista Astonishing X-Men 51. Estrela Polar já foi líder dos X-Men.
Questão
A personagem Reneé Montoya foi inicialmente criada para a série Batman: Animated Series, como uma detetive da polícia de Gotham, na seção de Unidades de Crimes Especiais. Consequentemente, ela estava sempre em contato com o Cavaleiro das Trevas. Quando a homossexualidade dela veio à tona, as vendas da revista caíram um pouco. Reneé acabou saindo da polícia devido à vários problemas com policiais corruptos e fez amizade com Vic Sage, identidade secreta do vigilante Questão. Eles combateram o crime juntos por alguns meses e Sage acaba revelando que tem câncer terminal. Depois que ele morre, ela assume a identidade do Questão.
Danielle Baptiste
A editora Top Cow, não é conhecida aqui no Brasil mas nos EUA é bem famosa, especialmente pela Witchblade, uma manopla poderosíssima ( me lembrou até das Jóias do Infinito do Thanos) que foi criada pelas forças primordiais do universo, masculina e feminina. Ela escolhe apenas mulheres como hospedeiras. Sara Pezzini, uma policial, foi a hospedeira pelo maior período de tempo mas quando engravida, descobre que poderia temporariamente transferir o poder da manopla para outra mulher. A escolhida foi Danielle Baptiste, uma jovem dançarina de Nova Orleans.que sonha com o artefato, vai dar uma caminhada e encontra a manopla durante uma visita a um antiquário. Sara entrega o poder a ela e Danielle empunha o poder por um tempo. Danielle é uma lésbica assumida.
Lizzie Bordello e as Piratas do Espaço
Criada pela cartunista brasileira Germana Viana, Lizzie Bordello é a capitã do navio,cozinheira, uma aventureira à la Robin Hood, pós-punk e educada na Escola de Phoddice para Moças de Cyber Cureide. Suas companheiras são Deus (sim, o nome é esse) melhor atiradora do quarteto, ex-criança prodígio, fã de Pam Grier e de filmes pornôs no geral; Fran, a especialista em comunicação, nerd assumida, mãe e fã de Tramsbrebous e a mais nova membro da gangue, Lambretinha, a hacker da turma, especialista em tecnologia.Juntas, elas vagam pelo espaço tendo várias aventuras. E há insinuações de romance lésbico entre Lizzie e Deus. Uma mistura bem louca de Star Trek com Doctor Who e Guia do Mochileiro das Galáxias.
Coagula
Kate Godwin, o nome verdadeiro de Coagula, era uma prostituta transexual dos anos 90 relativamente normal até ter relações com um homem chamado Rebis, que era o segundo Homem-Negativo da Patrulha do Destino (grupo de super-heróis da DC) e adquiriu o poder de coagular qualquer líquido e liquefazer qualquer objeto sólido. Ela tenta entrar para a Liga da Justiça mas é recusada;eles alegam que não saberiam lidar com os poderes dela mas a verdade é que não saberiam lidar com uma mulher tão poderosa quanto ela. Kate é uma mulher transgênera, fez a cirurgia para mudar de sexo e é lésbica, se relaciona com homens apenas para ter seu sustento.Ela acaba entrando para a Patrulha do Destino. A Liga a recusou por ser trans, mesmo sendo tão poderosa a ponto de ser capaz de derrotar um super-vilão que eles estavam tendo dificuldade em lidar. Para mostrar como a transfobia existe.
A criadora de Coagula é uma professora de inglês chamada Rachel Pollack e também é uma mulher trans. Ela escreve ficção científica, é especialista em cabala e tarô e ensina na New York State University.
Tendo visto todas essas personagens, podemos concluir que a representatividade das minorias é importante para empoderar as pessoas, dar a elas esperanças e sonhos. Defender a igualdade, pois todos somos seres humanos e temos direito ao devido respeito.Se uma pessoa afirmar algo do tipo ´´quadrinhos com gays são desncessários ou modinha´´ é uma forma de descaso à diferença não apenas no mundo imaginário das HQs mas também á vida real. Como disse um certo filósofo: ficção e realidade tem suas fronteiras muito tênues e em um determinado momento, se tornam um só.O confronto de um personagem torna-se a luta de um grupo. A ideia de protagonistas é essencial para expandir o progresso e propagar a aceitação dos grupos.
Outros tipos de representatividade nos quadrinhos incluem negros, como o Pantera Negra e etnias, como a Miss Marvel, Kamala Khan, islâmica, filha de imigrantes paquistaneses.
Oi Clara,
ResponderExcluirO mundo das HQs e da literatura está se abrindo cada vez mais, mostrando a diversidade. Adorei as sugestões.
Beijos
Oi Aichha,
ResponderExcluirEu tenho amigos de várias etnias e orientações sexuais, julgo o caráter, não a orientação de uma pessoa! Fico satisfeita em saber que curtiu as sugestões, já pode procurar algumas HQs. Bjs