[Primeiras Impressões] Nunca Olhe para Dentro


Nem sempre a vida é colorida como um quadro ou suave como uma pincelada, às vezes é o contrário de tudo isso. Depois de perder os pais em um acidente de carro aos oito anos de idade, a única coisa que Betina precisa fazer é encontrar o responsável por ter destruído sua família na noite que daria início à sua próspera carreira como pintora. Agora longe dos pincéis e das paletas, ela está focada em terminar a primeira graduação e procurar na justiça um pouco de consolo para o caos que o seu passado ainda traz. Ao lado de seus amigos e sob o teto de uma tia que a detesta, ela perceberá de que cores as pessoas são feitas, e do quanto é realmente necessário olhar para dentro de tudo aquilo que a assombra, mesmo que para isso precise passar por uma inesperada decepção.
Uma das vantagens de ser parceiro de autores é ler suas histórias antecipadamente. O ruim? Bom, sofremos por elas antes também, e neste caso eu estou sofrendo por “Não olhe para dentro” desde que a autora publicou a capa no grupo do Facebook. Se alguém aí conseguir ver esta capa e não morrer de vontade de ler logo na sequencia por favor se manifeste, pois juro que acho que isso é impossível!
É com um acidente de carro que o livro começa, e nele nossa protagonista tem 8 anos. Nesta noite, sua vida feliz e colorida se torna preta. Ao comemorar em família a primeira exposição em que seus quadros foram expostos, o acidente acontece. Um carro vem na direção deles, e ao tentar desviar o carro acaba sendo arremessado em um lago, e por algum milagre ela consegue sobreviver, mas infelizmente ela é a única.

Doze anos se passam e todas as sextas feiras Betina vai ao lago onde aconteceu a tragédia, aquele é seu cemitério particular, lugar onde ela ainda se permite sofrer mesmo depois de tantos anos que sua vida mudou radicalmente, afinal após ficar órfã ela ficou sob a responsabilidade da irmã de sua mãe, lê-se bruxa má, que logo nos primeiros dias destruiu seus instrumentos de pintura e disse que ela nunca mais pintaria um quadro. Mal sabia ela que mesmo sem pintar, as cores nunca sairiam de dentro dela, ela sempre enxerga os sentimentos como cores, mesmo que agora o máximo que consiga alcançar seja o cinza.

O título do livro faz referência a uma caixa, na qual Betina guarda as lembranças de tempos felizes e o entalhe Nunca Olhe para Dentro, é um aviso para não abri-la jamais, olhar tudo aquilo simplesmente seria doloroso demais. Ela focará no futuro e em sua missão: encontrar o responsável pelo “acidente” que nunca foi encontrado e ficou impune por ter destruído o mundo colorido de Betina.

A leitura é completamente fluida e intensa, cada capítulo a autora Amanda Ághata Costa nos instiga a ler mais, e como eu só li uma amostra estou contando os segundos para o seu lançamento na Amazon, nesta terça 03/10, sei que vou devorar cada página e estou louca de curiosidade para saber onde esta história vai levar, já tenho várias teorias nesta cabecinha aqui, e assim que ler venho contar mais detalhadamente para vocês na resenha.

Um comentário:

  1. May, muito obrigada por ter trazido as primeiras impressões e ter aceitado olhar para dentro da história da Betina. ♥ Espero que goste do restante do livro! Beijos!

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