[Resenha] Legião
Sinopse:
A história começa dez anos depois do exorcismo de Regan MacNeil, a jovem menina endiabrada que Linda Blair incorporou no cinema. Só que agora o sobrenatural ganha também uma pegada de romance policial.
O detetive (e cinéfilo nas horas vagas) William F. Kinderman volta à cena, investigando uma série de assassinatos brutais — entre eles, a crucificação de um garoto de apenas doze anos. O modus operandi dos crimes parece indicar a assinatura mórbida do assassino em série Geminiano. Mas como solucionar um caso em que o principal suspeito está morto há mais de uma década?
O que eu achei?
Em 'Legião', livro de William Peter Blatty, lançado pela DarkSide, seguimos por uma investigação de assassinatos horrendos e absurdamente misteriosos, todos com o detetive Kinderman a frente.
Nesta que é a verdadeira continuação de 'O Exorcista', também de Blatty, reencontramos o policia e o padre Dyer, já conhecidos do outro livro. Mas, se em O Exorcista, a investigação policial era uma parte tímida e não muito relevante, em Legião ela é toda a base da história.
Os assassinatos seguem o padrão de um inimigo conhecido, O Geminiano, que morrera décadas antes. Contudo, marcas e sinais indicam que ele pode estar mais próximo do que se imagina.
A história é repleta de questionamentos por parte de Kinderman, um questionador da vida e cinéfilo assumido. Questões existências são abordadas por ele a todo o tempo, e não somente da existência humana, mas também da Divina. Sempre faminto por respostas e explicações, ele divaga por várias vezes em questões como a origem do mundo, os desejos e motivações humanos e de onde tudo surgiu. Sabemos que ouve um princípio, mas o que deu início ao início? Kinderman se mostra quase um filósofo, questionando Deus e a maldade no mundo, sendo ele quase um ser angustiado em busca de uma luz.
Há um certo humor em suas falas, onde, desenfreado, fala o que pensa até que chegue ao assunto abordado, e por vezes - se prestarmos bastante atenção -, vemos que algumas das coisas que ele fala, que parecem aleatórias, se ligam em algum ponto da sua investigação. Além disso, há muitas questões sobre a mente humana, principalmente a neurologia, uma vez que parte da história envolve pacientes de uma ala psiquiátrica, abordando a loucura como parte dos questionamentos de Kindermand. E é aí onde tudo começa.
Há reencontros inusitados, e a luta de Kinderman para entender o mundo se debate com sua descrença e confusão ante tudo o que surge em seu caminho: perdas, sinais, pessoas que surgem... O Geminiano.
Será possível que ele estivesse vivo? Ou algo além da nossa compreensão estaria agindo de forma tão cruel? É um jogo de gato e rato, onde sempre que Kinderman parece estar perto de alguma pista importante, algo acontece e vira de cabeça para baixo todas as certezas do policial, o levando por um caminho com mais mistérios do que antes.
Bem, a história - as vezes meio arrastada - é realmente muito boa, do tipo que faz pensar e questionar o que se está lendo, como se os pensamentos fossem seus. Contudo, e é óbvio, não chegou aos pés de seu antecessor. Sim, são gêneros e abordagens diferentes, contudo, algo na escrita de Legião deixou a desejar se comparado com O Exorcista. Porém, ainda assim, o livro consegue ter suas qualidades.
William Peter Blatty - que recentemente completou um ano de falecido - soube unir o gênero policial ao suspense sobrenatural de forma muito boa, explorando a angústia quando se enfrenta o que parece ser inexplicável.
Os assassinatos seguem o padrão de um inimigo conhecido, O Geminiano, que morrera décadas antes. Contudo, marcas e sinais indicam que ele pode estar mais próximo do que se imagina.
A história é repleta de questionamentos por parte de Kinderman, um questionador da vida e cinéfilo assumido. Questões existências são abordadas por ele a todo o tempo, e não somente da existência humana, mas também da Divina. Sempre faminto por respostas e explicações, ele divaga por várias vezes em questões como a origem do mundo, os desejos e motivações humanos e de onde tudo surgiu. Sabemos que ouve um princípio, mas o que deu início ao início? Kinderman se mostra quase um filósofo, questionando Deus e a maldade no mundo, sendo ele quase um ser angustiado em busca de uma luz.
Há um certo humor em suas falas, onde, desenfreado, fala o que pensa até que chegue ao assunto abordado, e por vezes - se prestarmos bastante atenção -, vemos que algumas das coisas que ele fala, que parecem aleatórias, se ligam em algum ponto da sua investigação. Além disso, há muitas questões sobre a mente humana, principalmente a neurologia, uma vez que parte da história envolve pacientes de uma ala psiquiátrica, abordando a loucura como parte dos questionamentos de Kindermand. E é aí onde tudo começa.
Há reencontros inusitados, e a luta de Kinderman para entender o mundo se debate com sua descrença e confusão ante tudo o que surge em seu caminho: perdas, sinais, pessoas que surgem... O Geminiano.
Será possível que ele estivesse vivo? Ou algo além da nossa compreensão estaria agindo de forma tão cruel? É um jogo de gato e rato, onde sempre que Kinderman parece estar perto de alguma pista importante, algo acontece e vira de cabeça para baixo todas as certezas do policial, o levando por um caminho com mais mistérios do que antes.
Bem, a história - as vezes meio arrastada - é realmente muito boa, do tipo que faz pensar e questionar o que se está lendo, como se os pensamentos fossem seus. Contudo, e é óbvio, não chegou aos pés de seu antecessor. Sim, são gêneros e abordagens diferentes, contudo, algo na escrita de Legião deixou a desejar se comparado com O Exorcista. Porém, ainda assim, o livro consegue ter suas qualidades.
William Peter Blatty - que recentemente completou um ano de falecido - soube unir o gênero policial ao suspense sobrenatural de forma muito boa, explorando a angústia quando se enfrenta o que parece ser inexplicável.
Não li nenhum dos dois, porém seu que O Exorcista é realmente bom! Já esse, parece ter algumas coisas interessantes, como os questionamentos e assuntos abordados, justamente por nos fazer refletir, gosto de livros que interajam com o leitor dessa maneira! Sempre digo que os livros da DarkSide são ótimos, porque são mesmo! haaha, melhor editora, para mim! <3
ResponderExcluirO Exorcista é MARAVILHOSO (prefiro inclusive). Mas são questionamentos existênciais e teológicos (na vdd mais cristãos, visto a religião abordada) diferentes, mas próximas entre si. Dois lados da mesma moeda (uma moeda meio sinistra)
ExcluirGostei da resenha, nunca tinha ouvido falar desse livro! Será que dá pra ler ele sem ter lido "O Exorcista"? Porque confesso que não tenho coragem de ler não. Eu gosto de sobrenatural e terror, mas o Exorcista eu não me animo não.
ResponderExcluirOlha, faz um anos e um pouco mais que li O Exorcista, então não sei até que ponto é necessário ler esse antes de Legião. Mas ainda assim, eu consegui acompanhar a história perfeitamente. Acho que o ponto mais importante são as personagens que voltam aqui MAS agr enquanto eu escrevo isso me lembrei que precisa ler sim kkkkk (meu Deus! Quede as vírgulas?) Então, é preciso sim. Existe um link muuuito importante entre eles. Dsclpa kkk
ExcluirEsse tema foi ótimo, ne? Amo terror!
ResponderExcluirComecei O Exorcista na época que comprei, mas por algum motivo pausei a história e não retomei. Sua resenha me deu vontade de recomeçar a leitura <3
Beijos!
Every Little Book