[Resenha] O Urso e o Rouxinol
Sinopse:Guerra dos tronos encontra Mitologia nórdica, bestseller de Neil Gaiman, neste conto de fadas ambientado na Rússia medieval. Romance de estreia da norte-americana Katherine Arden, que morou dois anos em Moscou, O urso e o rouxinol mistura aventura, fantasia e mitologia ao acompanhar a jornada da jovem Vasya, criada, junto aos irmãos, num vilarejo próximo de uma floresta, e que cresceu ouvindo de sua ama contos e lendas sobre criaturas que vivem nas matas e que precisam receber oferendas para manter o mal adormecido em seu interior. Mas a chegada de Anna, madrasta de Vasya vinda da capital, de hábitos católicos, e de um padre ortodoxo que resolve instituir as práticas cristãs no vilarejo, provoca uma mudança na rotina da menina e abre as portas para uma terrível catástrofe. Sensível e determinada, Vasya é a única que consegue enxergar e conversar com esses seres fantásticos e torna-se a última esperança para salvar o povoado onde nasceu da destruição.
O que eu achei?
No rigoroso inverno da Rússia, a jovem Vasilisa é uma menina diferente de todas que já se viu. Orfã de mãe, ela carrega em seu sangue a promessa de poderes herdados de sua vó, poderes esses que sua mãe pouco tinha. Era uma criança muito aguardada. Porém, sua chegada não foi tão bem-vinda assim.
Vasilisa - ou Vasya - era capaz de ver e falar com todos os espíritos que habitavam tanto a sua casa quando o bosque. Espíritos ligados a proteção e a natureza, que não eram necessáriamente bons ou maus. Mas tudo desandou quando sua madrasta chegou, portando a mesma capacidade. E muito pior ficou com a chegada do padre Konstantin. Um tempo de medo, manipulação e forças despertando teve início.
Neste livros, mergulhamos no folclore russo num inverno desmedido, que ocupa a maior parte do tempo da história - visto que é importantíssimo para os acontecimentos. Vasya é uma jovem destemida, determinada e com um senso de justiça inigualável, e que ama sua família acima de tudo, sendo capaz de fazer os maiores sacríficios. Foi uma das personagens mais apaixonantes que já li, sendo ela a jovem impetuosa que é numa época em que as mulheres deveriam ser submissas ao extremo.
O encanto desse livro - acredito eu - fica no folclore que nos é apresentado, onde cada ser possui uma finalidade, personalidade e missão em sua existência. Não apenas nos é apresentada a cultura russa, nós a vemos ganhar vida junto a Vasya e sua familía, que se encontram em meio ao perigo eminente: o despertar de um inimigo poderosíssimo.
Há uma questão muito forte presente nessa história que me fez gostar bastante de acompanhá-la: o fanatismo religioso. Tanto a madrasta quando o padre são cristãos fervorosos, e sua fé desmedida deixa de ser redentora e passa a ser opressora e violenta. O medo é imposto para que alcancem a salvação; suas crenças antigas devem ser abandonadas e devem adorar apenas a Deus. E nesse momento, nesse caminho, nessa fé cega que coloca o próprio padre em perigo, é que tudo começa a desandar.
Alguns devem se perguntar "o que o urso e o rouxinol têm a ver com a história?" Bem, não posso contar muito sobre isso, apenas que representam espíritos que serão de extrema importância para a trajetória de Vasya, que tem como dever impedir o despertar de um ser capaz de matar qualquer um para saciar seus desejos.
O urso, simbolo de força, mas também de regressão pela sua fúria desmedida.
O rouxinol, o elo entre o amor e a morte.
Vasya é uma jovem empoderada que lutará contra todas as regras impostas a si, e não irá se curvar nem irá se deixar abater por ordem de ninguém, nem mesmo de seu pai. Decidida a proteger sua família, ela irá de peito aberto enfrentar os demônios mais perigosos que habitam o bosque que ela tanto conhece e ama. Mas ela não estará sozinha. Vasya encontrará auxílios inusitados, mas que serão de extrema importância. E muito poder.
Agora, quem a ajudará e o que representam cada animal e ser nessa história, vocês terão que descobrir sozinhos nessa aventura linda, onde vemos o desabrochar de uma jovem alma livre, num tempo de regras rígidas e imposições indiscutíveis.
Vasilisa - ou Vasya - era capaz de ver e falar com todos os espíritos que habitavam tanto a sua casa quando o bosque. Espíritos ligados a proteção e a natureza, que não eram necessáriamente bons ou maus. Mas tudo desandou quando sua madrasta chegou, portando a mesma capacidade. E muito pior ficou com a chegada do padre Konstantin. Um tempo de medo, manipulação e forças despertando teve início.
Neste livros, mergulhamos no folclore russo num inverno desmedido, que ocupa a maior parte do tempo da história - visto que é importantíssimo para os acontecimentos. Vasya é uma jovem destemida, determinada e com um senso de justiça inigualável, e que ama sua família acima de tudo, sendo capaz de fazer os maiores sacríficios. Foi uma das personagens mais apaixonantes que já li, sendo ela a jovem impetuosa que é numa época em que as mulheres deveriam ser submissas ao extremo.
O encanto desse livro - acredito eu - fica no folclore que nos é apresentado, onde cada ser possui uma finalidade, personalidade e missão em sua existência. Não apenas nos é apresentada a cultura russa, nós a vemos ganhar vida junto a Vasya e sua familía, que se encontram em meio ao perigo eminente: o despertar de um inimigo poderosíssimo.
Há uma questão muito forte presente nessa história que me fez gostar bastante de acompanhá-la: o fanatismo religioso. Tanto a madrasta quando o padre são cristãos fervorosos, e sua fé desmedida deixa de ser redentora e passa a ser opressora e violenta. O medo é imposto para que alcancem a salvação; suas crenças antigas devem ser abandonadas e devem adorar apenas a Deus. E nesse momento, nesse caminho, nessa fé cega que coloca o próprio padre em perigo, é que tudo começa a desandar.
Alguns devem se perguntar "o que o urso e o rouxinol têm a ver com a história?" Bem, não posso contar muito sobre isso, apenas que representam espíritos que serão de extrema importância para a trajetória de Vasya, que tem como dever impedir o despertar de um ser capaz de matar qualquer um para saciar seus desejos.
O urso, simbolo de força, mas também de regressão pela sua fúria desmedida.
O rouxinol, o elo entre o amor e a morte.
Vasya é uma jovem empoderada que lutará contra todas as regras impostas a si, e não irá se curvar nem irá se deixar abater por ordem de ninguém, nem mesmo de seu pai. Decidida a proteger sua família, ela irá de peito aberto enfrentar os demônios mais perigosos que habitam o bosque que ela tanto conhece e ama. Mas ela não estará sozinha. Vasya encontrará auxílios inusitados, mas que serão de extrema importância. E muito poder.
Agora, quem a ajudará e o que representam cada animal e ser nessa história, vocês terão que descobrir sozinhos nessa aventura linda, onde vemos o desabrochar de uma jovem alma livre, num tempo de regras rígidas e imposições indiscutíveis.
Idon!
ResponderExcluirDifícil ver um livro com ambientação na Russia, principalmente um livro de fantasia que traz a história da dinastia de uma família e uma personagem que convíve com seres fantásticos.
Achei todo enredo muito interessante e fiquei curiosa pela leitura.
Desejo uma ótima semana, cheia de luz e paz!
“Que o novo ano que se inicia seja repleto de felicidades e conquistas. Feliz ano novo!” (Desconhecido)
cheirinhos
Rudy
1º TOP COMENTARISTA do ano 3 livros + Kit de papelaria, 3 ganhadores, participem!
Gosto bastante de livros que se passem em outros países que não os EUA e o Brasil! É muito raro ler algum livro assim! Não conheço nada sobre a Rússia e, com esse livro, dá para conhecer um pouco mais sobre esse país e sua cultura(folclore)! O que mais achei interessante nessa história foi isso dos espíritos e estou querendo saber o que o título tem a ver com o livro!
ResponderExcluirPreciso de ajuda
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