[News] Cena inédita de Zama, novo filme de Lucrécia Martel
Com distribuição da
Vitrine Filmes e coprodução de Vania Catani, da Bananeira Filmes, “ZAMA”, de
Lucrecia Martel, retrata a trajetória de Zama (Daniel Giménez Cacho), um
oficial da Coroa Espanhola nascido na América do Sul que aguarda uma carta do
Rei autorizando-o a se transferir da cidade em que vive estagnado para um lugar
melhor.
Para garantir a
transferência, Zama se ver forçado a aceitar todas as ordens e tarefas que são
passadas por consecutivos governantes ao longo dos anos. Quando percebe que a
tal carta não vai chegar, ele decide se unir a um grupo de soldados em busca de
um perigoso bandido. Em cena inédita, o
grupo de soldados descansa e conversa antes de continuar viagem. O longa estreia
dia 29 de março nos cinemas.
- O passado no nosso
continente é borrão confuso. Nós o fizemos assim para não termos que pensar na
propriedade da terra, o espólio sobre o qual o abismo da América Latina foi
fundado, embaraçando a gênese da nossa própria identidade. Assim que começamos
a olhar para o passado, sentimos vergonha. ZAMA mergulha fundo no tempo da vida
dos homens mortais, esta breve existência que nos foi concedida, ao longo da
qual nós deslizamos ansiosos para o amor, esmagando exatamente aquilo que
poderia ser amado, adiando o significado da vida como se o dia mais importante
fosse um que ainda não chegou, ao invés de ser hoje. E, mesmo assim, o próprio
mundo que parece decidido a nos destruir, torna-se a nossa própria salvação:
quando perguntados se queremos viver mais, sempre respondemos sim – explica a
diretora.
Lucrecia Martel é um
dos maiores nomes do cinema contemporâneo, seus filmes anteriores, A Mulher sem
Cabeça e A Menina Santa, tiveram estreia mundial no Festival de Cannes, e O
Pântano, no Festival de Berlim. ZAMA teve estreia mundial no Festival de
Veneza, foi indicado ao Goya, ganhou prêmio da crítica no Festival de Roterdã
2018 e, recentemente, foi indicado ao Prêmio Sur 2017, uma das
principais premiações argentinas, em 11 categorias, entre elas, melhor filme,
melhor diretor, melhor ator e melhor direção de arte – com a brasileira Renata
Pinheiro. Coproduzido com o Brasil, o filme já passou pelos Festival do Rio
2017, 41ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e X Janela Internacional
de Cinema, no Recife.
SINOPSE
Zama, um
oficial da Coroa Espanhola nascido na América do Sul, aguarda uma carta do Rei
que deverá autorizá-lo a se transferir da cidade em que vive estagnado para um
lugar melhor. Sua situação é delicada: ele deve se certificar de que nada
ofusque sua realocação e se vê forçado a aceitar submissamente todas as tarefas
que lhe são confiadas por consecutivos governadores que vêm e vão enquanto, ele
fica para trás. Os anos passam e a carta do Rei nunca chega. Quando Zama
percebe que tudo está perdido, se junta a um grupo de soldados que saem perseguindo um perigoso bandido.
Cena:
SOBRE A DIRETORA:
Nascida na
Argentina, a cineasta Lucrecia Martel tem colocado seu trabalho na comunidade
internacional do cinema. ZAMA (2017) é seu quarto filme após escrever e dirigir
A MULHER SEM CABEÇA (La Mujer Sin Cabeza, 2008), A MENINA SANTA (La Niña Santa,
2004) e O PÂNTANO (La Ciénaga, 2001). Os filmes da diretora têm sido aclamados
nos mais importantes festivais de cinema: Cannes, Berlim, Veneza, Toronto, New
York, Sundance e Rotterdam, entre outros. Uma retrospectiva do seu trabalho tem
sido amplamente exibida em festivais de cinema e instituições renomadas como as
universidades de Harvard e Berkeley ou no London Tate Museum. Ela tem formado
parte em júris oficiais de Berlim, Cannes, Veneza, Sundance e Rotterdam, e já
ministrou aulas ao redor do mundo.
SOBRE A BANANEIRA
FILMES:
Fundada em 2000 pela
produtora Vania Catani, a Bananeira Filmes é uma das mais prestigiadas empresas
produtoras de cinema no Brasil, onde a característica principal são os filmes
de grande rigor artístico. Produziu mais de 20 longas e cinco curtas em 15 anos
de existência. Somados, seus filmes já foram exibidos em aproximadamente 400
festivais, em 48 países e receberam mais de 180 prêmios.
Entre eles, destaque
para Narradores de Javé, com direção de Eliane Caffé, e A festa da menina
morta, de Matheus Nachtergaele, selecionado no Festival de Cannes em 2008; O
Palhaço, do diretor Selton Mello, que levou mais de 1,5 milhão de pessoas e foi
escolhido para representar o Brasil na disputa por uma vaga no Oscar de melhor
filme estrangeiro.
Em 2016, a Bananeira
lançou o suspense Mate-me por favor, primeiro longa da diretora carioca Anita
Rocha da Silveira, que teve estreia mundial no Festival de Veneza. Em 2017,
lançou Deserto, de Guilherme Weber, e O Filme da minha vida, terceira parceria
com Selton Mello. Para 2018 estão programadas as estreias de ‘Todos os Paulos
do Mundo”, de Rodrigo de Oliveira e Gustavo Ribeiro, uma homenagem aos 80 anos
do grande artista Paulo José, e Serial Kelly, de René Guerra, apresentando Gaby
Amarantos no papel principal.
Suas coproduções La
playa (Colômbia), El Ardor (Argentina) e Jauja (Argentina), tiveram estreia
internacional no Festival de Cannes. Zama (Argentina), da argentina Lucrecia
Martel estreou em Veneza este ano.
SOBRE A VITRINE
FILMES:
Em sete anos, a
Vitrine Filme distribuiu mais de 100 filmes. Entre seus maiores sucessos estão
“Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, que alcançou mais de 200 mil espectadores; “O
Som ao Redor”, de Kleber Mendonça Filho, considerado pelo New York Times um dos
melhores filmes de 2012; o Americano “Frances Ha”, indicado ao Globo de Ouro em
2014; “Califórina”, filme de estreia de Marina Person, selecionado para o
Festival de Tribeca; “Mãe Só Há Uma”, de Anna Muylaert, diretora do premiado
“Que Horas Ela Volta?”; “Aquarius”, segundo longa de Kleber Mendonça Filho, que
competiu no Festival de Cannes e levou 360 mil espectadores aos cinemas
brasileiros; e o documentário “Cinema Novo”, que ganhou o prêmio “Olho de Ouro”
também no festival de Cannes. Em 2017, a distribuidora lançou “O Filme da Minha
Vida”, terceiro filme como diretor de Selton Mello e que já levou mais de 250
mil pessoas aos cinemas.
Nenhum comentário