[Crítica Musical] Man Of The Woods
“Man Of The Woods”, quinto álbum de estúdio de Justin Timberlake chegou a nós com a proposta de expor o lado interiorano do cantor, nos levanto junto dele, de volta as suas raízes. O título do álbum também faz referencia ao nome do primeiro filho do cantor com a atriz Jessica Biel, o pequeno Sila, cujo nome significa “o homem da floresta”.
O álbum traz um Timberlake mais experimentador na questão dos estilos musicais. Basicamente o álbum continua com a pegada R&B e pop já comuns do artista durante sua carreira. Contudo, agora elementos do country, funk e soul foram adicionados ao trabalho, dando uma sonoridade um pouco nova e bem diferenciada dos trabalhos anteriores – e é muito clara a influência de artistas como Jackson 5 e Prince nesse trabalho, tanto nas melodias quanto na forma de cantar.
O álbum até agora possui três singles lançados, com estilos bem diferentes entre si. “Filthy”, o primeiro single, é um eletro-funk futurista; “Supplies”, o segundo single, é um R&B pop; “Say Something”, que conta com a participação de Chris Stapleton, pende para country rock. Bem, só pelas faixas liberadas na divulgação podemos ver que o álbum se mostra bem mais amplo e complexo na questão de sonoridade.
Eu poderia falar de faixa a faixa do álbum, o que funcionaria para explicar bem o que eu percebi desse álbum, mas isso tornaria o texto extremamente logo. Então vou tentar expor de forma mais direta. O álbum parece ser uma forma de tentar unir as estilos passados já experimentados pelo cantor, com elementos mais modernos e estilos novos, visando – talvez- um novo rumo mais amplo, musicalmente falando. Contudo, apesar dessas influencias serem facilmente percebidas, o álbum falta de uma coesão entre as faixas e com o conceitos geral do trabalho.
Algumas faixas são muito bem produzidas e apresentam uma melodia ou um beat bem interessante, mas pecam por falta de uma letra que complemente ou signifique algo a mais; outras, possuem letras boas, mas sonoramente não alcançam o esperado.
O funk e o groove foram muito bem explorados em faixas como “Midnight Summer Jam” e “Montana”; o country, aliado ao estilo próprio do cantor, foi certeiro em “Say Something” (que é uma das minhas favoritas), mas falhou “The Hard Stuff”.o que me parece é que, aqui e alí, ou algo está faltando na faixa, ou tem algo desnecessário acontecendo – como, pro exemplo, a intro de “Midnight Summer Jam”, que parece totalmente fora de contexto, e a faixa “Hers (Interlude)” e os segundos finais de “Flannel”, que parecem tentar dar um conceito mais pessoal, mas soam completamente forçados e desconexos quando comparados ao todo.
O álbum volta e meia parece estar se perdendo em si mesmo, indo e vindo de estilos, sem se conectar com nenhum, e as faixas parecem um pouco mal organizadas. Como eu disse, o álbum parece pegar um pouco de cada um dos estilos dos álbuns anteriores do cantor, e às vezes isso é bem nítido. Na faixa título, por exemplo, é possível notar um pouco do estilo de “The 20/20 Experience” (2013), mas falha ao trazê-lo para o conceito do álbum – visto que essa é a faixa mais importante do álbum e que deveria sintetizar todo o significado do projeto. “Filthy” tem a sonoridade mais próxima de “FutureSex/LoveSounds” (2006), mas também falha por exagero. “Breeze Off The Pond” remete ao debut do cantor, “Justified”(2002), mais pop.
O álbum não é de todo ruim. “Montana” é uma das melhores faixas do álbum, juntamente com “Say Something” e “Livin' Of The Land”, que também são as que mais tem conexão ao conceito de “voltar às raízes”. “Wave” talvez seja uma das mais divertidas, com uma pegada mais relaxada, uma dais faixas que você se imagina numa praia se divertindo e tal – o que mostra o quão destoante algumas faixas podem ser.
Mas o maior problema do álbum é que algumas faixas tem potencial, mas acabam se perdendo em si. Ou seja, dentro de uma única faixa, você tem algo que pode odiar e algo que pode amar, mas não é capaz de fazer com que você se conecte inteiramente com ela. Até mesmo a última faixa, “Young Man”, uma das mais emocionais e com a letra mais pessoal e emotiva, falta a profundidade emocional no canto e parece destoar em som-voz. Simplesmente parece não combinar.
No geral, o álbum parece tentar demais e abraçar tudo ao mesmo tempo, sem digerir como que cada elemento pode ser aproveitado ao máximo. Talvez a base sobre a qual o álbum e tudo sobre ele foi criada não tenha sido bem planejada, fazendo com que o trabalho tenha se tornado muito aquém da capacidade do cantor, que é um entertainer de primeira e soube e explorar estilos específicos muito bem em seus álbuns anteriores.
Tracklist:
01. Filthy
02. Midnight Summer Jam
03. Sauce
04. Man Of The Woods
05. Higher, higher
06. Wave
07. Supplies
08. Morning Light (feat. Alicia Keys)
09. Say Something (feat. Chris Stapleton)
10. Hers (Interlude)
11. Flannel
12. Montana
13. Breeze Off the Pond
14. Livin' Off the Land
15. The Hard Stuff
16. Young Man
Justin Timberlake - Say Something (Official Video) ft. Chris Stapleton
Official Music Video directed by Arturo Perez Jr. - La Blogothèque
O álbum traz um Timberlake mais experimentador na questão dos estilos musicais. Basicamente o álbum continua com a pegada R&B e pop já comuns do artista durante sua carreira. Contudo, agora elementos do country, funk e soul foram adicionados ao trabalho, dando uma sonoridade um pouco nova e bem diferenciada dos trabalhos anteriores – e é muito clara a influência de artistas como Jackson 5 e Prince nesse trabalho, tanto nas melodias quanto na forma de cantar.
O álbum até agora possui três singles lançados, com estilos bem diferentes entre si. “Filthy”, o primeiro single, é um eletro-funk futurista; “Supplies”, o segundo single, é um R&B pop; “Say Something”, que conta com a participação de Chris Stapleton, pende para country rock. Bem, só pelas faixas liberadas na divulgação podemos ver que o álbum se mostra bem mais amplo e complexo na questão de sonoridade.
Eu poderia falar de faixa a faixa do álbum, o que funcionaria para explicar bem o que eu percebi desse álbum, mas isso tornaria o texto extremamente logo. Então vou tentar expor de forma mais direta. O álbum parece ser uma forma de tentar unir as estilos passados já experimentados pelo cantor, com elementos mais modernos e estilos novos, visando – talvez- um novo rumo mais amplo, musicalmente falando. Contudo, apesar dessas influencias serem facilmente percebidas, o álbum falta de uma coesão entre as faixas e com o conceitos geral do trabalho.
Algumas faixas são muito bem produzidas e apresentam uma melodia ou um beat bem interessante, mas pecam por falta de uma letra que complemente ou signifique algo a mais; outras, possuem letras boas, mas sonoramente não alcançam o esperado.
O funk e o groove foram muito bem explorados em faixas como “Midnight Summer Jam” e “Montana”; o country, aliado ao estilo próprio do cantor, foi certeiro em “Say Something” (que é uma das minhas favoritas), mas falhou “The Hard Stuff”.o que me parece é que, aqui e alí, ou algo está faltando na faixa, ou tem algo desnecessário acontecendo – como, pro exemplo, a intro de “Midnight Summer Jam”, que parece totalmente fora de contexto, e a faixa “Hers (Interlude)” e os segundos finais de “Flannel”, que parecem tentar dar um conceito mais pessoal, mas soam completamente forçados e desconexos quando comparados ao todo.
O álbum volta e meia parece estar se perdendo em si mesmo, indo e vindo de estilos, sem se conectar com nenhum, e as faixas parecem um pouco mal organizadas. Como eu disse, o álbum parece pegar um pouco de cada um dos estilos dos álbuns anteriores do cantor, e às vezes isso é bem nítido. Na faixa título, por exemplo, é possível notar um pouco do estilo de “The 20/20 Experience” (2013), mas falha ao trazê-lo para o conceito do álbum – visto que essa é a faixa mais importante do álbum e que deveria sintetizar todo o significado do projeto. “Filthy” tem a sonoridade mais próxima de “FutureSex/LoveSounds” (2006), mas também falha por exagero. “Breeze Off The Pond” remete ao debut do cantor, “Justified”(2002), mais pop.
O álbum não é de todo ruim. “Montana” é uma das melhores faixas do álbum, juntamente com “Say Something” e “Livin' Of The Land”, que também são as que mais tem conexão ao conceito de “voltar às raízes”. “Wave” talvez seja uma das mais divertidas, com uma pegada mais relaxada, uma dais faixas que você se imagina numa praia se divertindo e tal – o que mostra o quão destoante algumas faixas podem ser.
Mas o maior problema do álbum é que algumas faixas tem potencial, mas acabam se perdendo em si. Ou seja, dentro de uma única faixa, você tem algo que pode odiar e algo que pode amar, mas não é capaz de fazer com que você se conecte inteiramente com ela. Até mesmo a última faixa, “Young Man”, uma das mais emocionais e com a letra mais pessoal e emotiva, falta a profundidade emocional no canto e parece destoar em som-voz. Simplesmente parece não combinar.
No geral, o álbum parece tentar demais e abraçar tudo ao mesmo tempo, sem digerir como que cada elemento pode ser aproveitado ao máximo. Talvez a base sobre a qual o álbum e tudo sobre ele foi criada não tenha sido bem planejada, fazendo com que o trabalho tenha se tornado muito aquém da capacidade do cantor, que é um entertainer de primeira e soube e explorar estilos específicos muito bem em seus álbuns anteriores.
Tracklist:
01. Filthy
02. Midnight Summer Jam
03. Sauce
04. Man Of The Woods
05. Higher, higher
06. Wave
07. Supplies
08. Morning Light (feat. Alicia Keys)
09. Say Something (feat. Chris Stapleton)
10. Hers (Interlude)
11. Flannel
12. Montana
13. Breeze Off the Pond
14. Livin' Off the Land
15. The Hard Stuff
16. Young Man
Justin Timberlake - Say Something (Official Video) ft. Chris Stapleton
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