[Lista] 10 Livros nacionais com temática LGBTQ



Ainda com as nossas listas, hoje separamos dez livros nacionais com temática LGBTQ que vocês não podem deixar de conhecer. De obras clássicas até contemporâneas, tentamos abordar de forma mais abrangente o que há na nossa literatura dentro desse tema. Confiram:

Amora (Natália Borges Polesso)
Seria pouco dizer que os contos de Amora versam sobre relações homossexuais entre mulheres. Também estão aqui o maravilhamento, o estupor e o medo das descobertas. O encontro consigo mesmo, sobretudo quando ele ocorre fora dos padrões, pode trazer desafios ou tornar impossível seguir sem transformação. É necessário avançar, explorar o desconhecido, desestabilizar as estruturas para chegar, enfim, ao sossego de quem vive com honestidade.

Águas Turvas (Heider Caldeira)
'Águas Turvas' narra a trajetória de um jovem médico brasileiro que, radicado nos Estados Unidos, tem sua vida ligada a de uma tradicional família republicana norte-americana. Mistérios e desvios de caráter o envolvem e transformam. A história tem o objetivo de invocar os sentimentos do leitor através do amor entre o médico Gabriel e o executivo Justin.

O Terceiro Travesseiro (Nelson Luiz Carvalho)
Baseado em fatos reais, este romance desafia rótulos e hipocrisias, revelando os meandros de consciência de Marcus, um jovem comum da classe média paulistana. Com o melhor amigo Renato, descobre o amor e compreende que os dois precisarão encontrar o equilíbrio entre o que sentem e o que a família e a sociedade esperam deles, até que um terceiro personagem aparece. 

Apartamento 41 (Nelson Luiz Carvalho)
Depois de quinze anos de casamento, Leonardo decide sacrificar sua vida estável a fim de descobrir novos sentimentos e uma identidade verdadeira. Excluído dos padrões estabelecidos pela sociedade, o personagem deve enfrentar conflitos comuns a todos nós – Como encontrar novos parceiros? Que lugares freqüentar? –, acentuados pelo preconceito e pela falta do contato diário com o filho de cinco anos.

O Bom-Crioulo (Adolfo Caminha)
Uma grande amizade pode levar ao crime? Ou existia algo mais entre Amaro e Aleixo? Que papel Carolina exercia entre os dois? Um marco do romance naturalista, o livro traz a história de amor entre Amaro, um escravo fugido que se torna marinheiro, e Aleixo, um jovem grumete. Ambientada no porto do Rio de Janeiro, no século 19, o autor baseou-se fatos reais e ousou abordar o tema do homossexualismo, escandalizando o público de sua época. 

O Preço De Ser Diferente (Mônica De Castro)
Quando a sociedade estabeleceu um modelo de normalidade, criou uma guerra antropológica com a natureza humana. A diversidade natural é real e em torno dela age a funcionalidade da ecologia, que trabalha em favor do progresso de todos. Cada um de nós é único, com um temperamento original relativo às necessidades essenciais do progresso pessoal e coletivo.

Mil Rosas Roubadas (Silviano Santiago)
O crítico e ficcionista Silviano Santiago recria a história de uma amizade apaixonada entre dois rapazes. No ano de 1952, dois rapazes se encontram em Belo Horizonte à espera do mesmo bonde. O acaso os transforma em amigos íntimos. Passam-se sessenta anos. Numa tarde de 2010, Zeca, então produtor cultural de renome, agoniza no leito do hospital. Ao observá-lo, o professor aposentado de História do Brasil entende que não perde apenas o companheiro de vida, mas seu possível biógrafo. Compete-lhe inverter os papéis e escrever a trajetória do amigo inseparável. Encantam-se na juventude com o charme de Vanessa, tutora literária. Com Marília, aprendem a ouvir o jazz de Ma Raney e se envolvem em impossível triângulo amoroso. Distanciam-se: um faz doutorado em Paris, o outro, jornalismo em São Paulo. Reencontram-se no Rio de Janeiro, mas se afastam pelo estilo de vida: do mundo das drogas e do rock'n'roll, Zeca ridiculariza o acadêmico realizado e infeliz. Escrito na tradição literária mineira, Mil rosas roubadas se informa na poesia memorialista de Carlos Drummond, na prosa de Ciro dos Anjos e de Fernando Sabino. Corajoso, Silviano Santiago reúne fragmentos de um discurso amoroso para tematizar mais uma vez a homoafetividade - já presente nos livros Stella Manhattan e Keith Jarrett no Blue Note. Se Zeca é seu personagem principal, são muitos os coadjuvantes do mundo pop e erudito, como Vladimir Nabokov, Dorothy Parker, Paulo Autran e Keith Richards. Além de pôr em xeque os limites entre ficção e memória, biografia e autobiografia, este romance à clef oferece ainda o rico testemunho de uma época e de uma amizade excepciona

1+1 - A Matemática do Amor (Vinícius Grossos/Augusto Alvarenga)
Lucas e Bernardo são dois garotos, melhores amigos um do outro de toda a vida. De repente, recebem a notícia de que Bernardo irá se mudar com a família para outro país. Nesse momento, cada um a seu modo, percebe como valiosa era aquela amizade, algo que não queriam perder... Bernardo reage mal e se revolta. Lucas tenta transformar cada dia que resta com o amigo na melhor experiência de suas vidas. Ele escreve uma lista de coisas para fazer e pretende cumprir uma por uma, em todos os detalhes. Mas, a cada dia, o fantasma da separação os assombra com um cronômetro lembrando que o tempo se esgota e, ainda assim, os dois passam por grandes momentos juntos. Então, os meninos percebem que há algo mais entre eles... um sentimento profundo, que não conseguem explicar e tornam todas aquelas experiências ainda mais intensas. Mas o que fazer com tudo isso quando se tem apenas 16 anos?

Singular (Thati Machado)
Noah sempre quis ser um garoto. Exatamente desse jeito. Com ponto final depois do substantivo masculino. Bom, ao menos era assim que as outras pessoas viam a situação. Para Noah, ele era um garoto. Novamente: ponto final. Durante toda uma vida Noah se sentiu deslocado, diferente, estranho. Era como se ele fosse um pacote que precisava vir acompanhado de cuidados e explicações. O que ele não sabia ? mas estava prestes a descobrir ? é que era único. Era singular. Como muitos garotos ? com ponto final ? Noah também esperava encontrar alguém com quem dividir absolutamente tudo. E enquanto isso não acontecia, ele achou que seria uma excelente ideia curtir o carnaval na cidade maravilhosa. Ele só não esperava que a terra de clima quente e pessoas calorosas pudesse lhe oferecer muito mais

Dias de Ira (Roldão Arruda)
Em 1986, uma série de misteriosos assassinatos assustou a cidade de São Paulo. Um decorador, um psiquiatra, um diretor de teatro e um professor figuravam numa longa lista de mortos. Todos eram homossexuais. Todos foram brutalmente assassinados com métodos que levaram a polícia a apostar na existência de um serial killer. ''Dias de Ira'' descreve aquele período, especialmente a vida e morte dos assassinados. Narra a caçada, a prisão e o julgamento do jovem bonito e de modos marcadamente viris que foi apontado como o autor dos crimes. Associa o suspense característico de um thriller policial a descrições sobre o momento político, hábitos da comunidade gay e o impacto da epidemia de AIDS, sobretudo a forma como foi utilizada para revitalizar antigos preconceitos

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