[News] Grandes álbuns do maior acervo da música brasileira agora disponíveis digitalmente - 22.06.2018
O pacote de lançamentos da Universal Music está repleto de álbuns clássicos e especiais, que chegam pela primeira vez ao formato digital, em plataformas como Spotify, Deezer, Apple Music e muito mais.
A festa começa com um dos primeiros registros do grupo Demônios da Garoa, que mostra sua versatilidade nesse trabalho lançado originalmente em 1958. O grande sambista Elton Medeiros tem seu primeiro disco solo relançado, em que se destaca a faixa "Pressentimento". A diva Maria Bethânia também está presente com seu belo álbum de 1969, com gravações de "Pra Dizer Adeus" e "Frevo Número Dois do Recife". Já Dori Caymmi mostra que seu canto e sua obra não negam a origem: o filho de Dorival tem talento de sobra. As cantoras Marisa e Márcia são lembradas com os principais trabalhos de suas carreiras: "Viagem" e "Ronda", respectivamente. O grande violeiro Elomar marca presença com seu primeiro disco, o clássico "...Das Barrancas do Rio Gavião". O uruguaio Taiguara também é destaque, com o álbum batizado com seu maior sucesso, "Hoje". O astro do reggae Edson Gomes comparece com "Reggae Resistência", enquanto os veteranos do Trio Parada Dura têm resgatado o disco "Luz da Minha Vida", com hits como "Herói da Madrugada". Já o grupo Mamonas Assassinas, que nos deixou há 22 anos, tem a coletânea "Atenção Creuzebek: A Baixaria Continua", com gravações ao vivo de seus hits e outras surpresas.
Para completar, dentro da série "Sem Limite", um dos nomes mais populares da nossa música tem sua obra resgatada: Evaldo Braga.
DEMÔNIOS DA GAROA - OS DEMÔNIOS DA GAROA (1958)
Em atividade desde os anos 1940, os Demônios da Garoa continuam firmes e fortes, atravessando gerações. Lançado em 1958, um dos primeiros álbuns do grupo paulista - ainda em sua formação original - traz uma das capas mais bem-humoradas da MPB: dois dos integrantes estão dentro de uma banheira, enquanto os outros três tiram onda com eles. O repertório, claro, é uma delícia. A divertida "Promessa do Jacob" abre o disco, seguida pela saudosista "Maloca dos Meus Amores", de Canarinho, cuja letra fala do progresso. O clima infantil de "O Parque Chegou" também acentua a versatilidade do grupo. "A Lei no Morro", cuja letra já dizia 60 anos atrás que "Lá no morro a ordem é ver e calar", é outro grande destaque do repertório, que já nasceu clássico.
Não deixe de ouvir: "A Lei no Morro"
ELTON MEDEIROS - ELTON MEDEIROS (1973)
Grande nome do samba, Elton Medeiros - que está com 87 anos - tem seu primeiro disco solo relançado em formato digital. O trabalho, que chegou às lojas em 1973, traz 12 faixas compostas pelo artista, sozinho ou com parceiros como Hermínio Bello de Carvalho, Zé Keti e Cartola. São joias do quilate de "Pressentimento" e o medley que une "Mascarada" e "O Sol Nascerá". O parceiro Cartola assina ainda a pouco conhecida "Sei Chorar", única do repertório em que Elton mostra apenas seu lado intérprete. Sem dúvida, um dos mais belos discos de samba já feitos.
Não deixe de ouvir: "Pressentimento"
MARIA BETHÂNIA - MARIA BETHÂNIA (1969)
Com uma bela capa, pintada pelo artista plástico Luiz Jasmim, a cantora Maria Bethânia lançou em 1969 um dos discos mais impactantes de sua carreira. Misturando a tradicional "Ponto do Guerreiro Branco" com músicas de Dorival Caymmi ("Dois de Fevereiro"), Edu Lobo ("Pra Dizer Adeus" e "O Tempo e o Rio"), Antônio Maria ("Frevo Número Dois do Recife" e "Preconceito", esta última feita com Fernando Lobo, pai de Edu) e Garoto ("Duas Contas"), a baiana já mostrava o drama de seu canto forte. O mano Caetano Veloso marca presença com "Onde Andarás", cuja letra foi feita pelo poeta Ferreira Gullar a pedido da cantora. Outra música de destaque é "Andança", que naquele mesmo ano também ganhou gravações de Elis Regina e de Beth Carvalho. Um repertório de primeira.
Não deixe de ouvir: "Dois de Fevereiro"
DORI CAYMMI - O CANTADOR
Filho de um dos maiores compositores de todos os tempos, Dori Caymmi não herdou apenas o timbre da voz, mas também a qualidade musical de Dorival. O álbum "O Cantador" traz alguns dos muitos clássicos do artista, a começar pela faixa-título. "Saveiros", "Alegre Menina" e "De Onde Vens" também estão presentes. Com a irmã Nana, ele recria "Estrada do Sol", de Tom Jobim e Dolores Duran. Com Danilo, o caçula da família, Dori canta "Peguei um Ita no Norte", uma das inúmeras pérolas deixadas pelo patriarca dos Caymmi.
Não deixe de ouvir: "O Cantador"
MARISA - VIAGEM
A cantora Marisa ficou conhecida como Gata Mansa, por conta do seu jeito calmo de falar. Com o bom gosto que marcou sua trajetória, encerrada aos 69 anos em 2003, a artista tem no álbum "Viagem" o grande momento de sua carreira. Afinal, a interpretação para a música de João de Aquino e Paulo César Pinheiro que batiza o disco virou o seu cartão de visitas. Com arranjos impecáveis, Marisa mistura músicas antigas, como "Ta-hí (Pra Você Gostar de Mim") e "Saia do Caminho", com composições dos "novatos" Joyce ("Perguntas"), Gonzaguinha ("Romântico do Caribe") e Luiz Carlos Sá, Zé Rodrix e Guarabyra ("Cadeira Vazia"). Uma intérprete como poucas.
Não deixe de ouvir: "Viagem"
MÁRCIA - RONDA
Assim como Marisa Gata Mansa ficou marcada por "Viagem", a cantora Márcia eternizou "Ronda". E é essa música de Paulo Vanzolini que dá nome ao álbum lançado por ela em 1977, com bela capa de Elifas Andreato, artista plástico que fez história na música com trabalhos para Clara Nunes ("Nação") e Chico Buarque ("Almanaque"). No repertório, destacam-se ainda os sambas "Chorei", de Eduardo Gudin, Paulo César Pinheiro e Mauro Duarte, "Outra Você Não Me Faz", de Dona Ivone Lara, e "Mesa Farta", de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito. Márcia também interpreta com sua voz afinadíssima a clássica "Cordas de Aço", de Cartola.
Não deixe de ouvir: "Ronda"
ELOMAR - ...DAS BARRANCAS DO RIO GAVIÃO
Aos 80 anos, o baiano Elomar continua encantando plateias Brasil afora com sua cantoria. Bebendo na fonte dos violeiros improvisadores, o artista criou grandes clássicos da música nordestina, como "O Pedido", "O Violeiro", "Retirada" e "Joana Flor das Alagoas", todos incluídos em seu álbum de estreia, "...Das Barrancas do Rio Gavião". Avesso ao mundo da TV, o cantor e compositor virou uma figura mítica, tal qual o conterrâneo João Gilberto. A aura de grande artista segue intacta, lotando as casas de espetáculo onde se apresenta.
Não deixe de ouvir: "O Pedido"
TAIGUARA - HOJE
O cantor e compositor Taiguara nasceu em Montevidéu, no Uruguai, mas veio para o Brasil ainda pequeno. Morto em 1996, com apenas 50 anos, deixou vários clássicos, entre eles “Hoje”, que abria e fechava o longa “Aquarius”, estrelado por Sônia Braga. A inclusão do artista na trilha do filme reacendeu o interesse por sua obra. Agora, o álbum que tem a emblemática canção como faixa-título está de volta. Lançado em 1969, “Hoje” traz outras duas composições do uruguaio, "Tributo a Jacob do Bandolim" e "Frevo Novo", esta última feita em parceria com Novelli e os irmãos Marcos e Paulo Sérgio Valle. O frevo também marca presença no medley que une "Carabina" e "Voltei Recife", de Luiz Bandeira, e "Atrás do Trio Elétrico", de Caetano Veloso. Ele ainda canta músicas de Dolores Duran ("Fim de Caso" e "Castigo"), Vinícius de Moraes ("Serenata do Adeus") e Tom Jobim ("Esquecendo Você").
Não deixe de ouvir: "Hoje"
EDSON GOMES - REGGAE RESISTÊNCIA
Um dos principais nomes do reggae no Brasil, Edson Gomes tem uma grande legião de fãs pelo Brasil, mesmo sem aparecer na mídia. Disco lançado em 1988, "Reggae Resistência" é um dos mais importantes de sua carreira. Faixas como "Sistema do Vampiro", "Viu", "Hereditário" e "História do Brasil" trazem mensagens fortes sobre questões sociais. Mas no peito do artista baiano também bate um coração apaixonado, como revela em músicas como "Malandrinha" e "Samarina", uma das mais conhecidas de sua trajetória. No doce balanço do reggae, Edson Gomes dá o seu recado.
Não deixe de ouvir: "Malandrinha"
TRIO PARADA DURA - LUZ DA MINHA VIDA
O Trio Parada Dura está em atividade desde o início dos anos 1970, produzindo um sucesso atrás do outro e influenciando as novas gerações. O álbum "Luz da Minha Vida", gravado por Creone, Barrerito e Mangabinha em 1982, é um dos mais bem-sucedidos dessa longa carreira. No disco, destacam-se faixas como "Herói da Madrugada", "Bicho Bom é Mulher", "Avenida Central", "Nossas Brigas" e "Um Milhão de Lágrimas". Para quem quiser conhecer a música sertaneja de raiz, é uma ótima pedida.
Não deixe de ouvir: "Herói da Madrugada"
MAMONAS ASSASSINAS - ATENÇÃO CREUZEBEK: A BAIXARIA CONTINUA
A banda Mamonas Assassinas teve uma trajetória meteórica. Entre o sucesso estrondoso do primeiro disco e o acidente aéreo que matou os cinco integrantes, passaram-se poucos meses. Em 1998, dois anos após a tragédia, foi lançada a coletânea "Atenção Creuzebek: A Baixaria Continua", com gravações ao vivo dos hits "Chopis Centis", "Vira-Vira", "Sabão Crá-Crá (The Mad Ku-Ku)", "Uma Arlinda Mulher" e "Robocop Gay", além de uma versão em espanhol de "Pelados em Santos", que virou "Desnudos em Cancún". O álbum trazia ainda a faixa "Joelho", do repertório da banda Utopia, embrião do Mamonas.
Não deixe de ouvir: "Joelho"
EVALDO BRAGA - SEM LIMITE
Morto em 1973, aos 27 anos, o cantor Evaldo Braga lançou pouquíssimos discos: três ao todo, sendo o último póstumo. Mas nem por isso deixou de se tornar um dos nomes de maior popularidade do Brasil. A coletânea "Sem Limite" reúne alguns dos muitos hits deixados pelo artista nascido em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Em uma época em que a palavra brega nem existia, ele deixou músicas como "Sorria, Sorria", "Tudo Fizeram pra Me Derrotar", "Eu Não Sou Lixo", A Cruz que Carrego", "Meu Delicado Drama", "Não Vou Chorar" e "Esconda o Pranto Num Sorriso", que a cantora Fernanda Takai resgatou em sua carreira solo. O vozeirão de Evaldo Braga permanece vivo no coração e nos ouvidos de seus muitos fãs.
Não deixe de ouvir: "Sorria, Sorria"
A festa começa com um dos primeiros registros do grupo Demônios da Garoa, que mostra sua versatilidade nesse trabalho lançado originalmente em 1958. O grande sambista Elton Medeiros tem seu primeiro disco solo relançado, em que se destaca a faixa "Pressentimento". A diva Maria Bethânia também está presente com seu belo álbum de 1969, com gravações de "Pra Dizer Adeus" e "Frevo Número Dois do Recife". Já Dori Caymmi mostra que seu canto e sua obra não negam a origem: o filho de Dorival tem talento de sobra. As cantoras Marisa e Márcia são lembradas com os principais trabalhos de suas carreiras: "Viagem" e "Ronda", respectivamente. O grande violeiro Elomar marca presença com seu primeiro disco, o clássico "...Das Barrancas do Rio Gavião". O uruguaio Taiguara também é destaque, com o álbum batizado com seu maior sucesso, "Hoje". O astro do reggae Edson Gomes comparece com "Reggae Resistência", enquanto os veteranos do Trio Parada Dura têm resgatado o disco "Luz da Minha Vida", com hits como "Herói da Madrugada". Já o grupo Mamonas Assassinas, que nos deixou há 22 anos, tem a coletânea "Atenção Creuzebek: A Baixaria Continua", com gravações ao vivo de seus hits e outras surpresas.
Para completar, dentro da série "Sem Limite", um dos nomes mais populares da nossa música tem sua obra resgatada: Evaldo Braga.
Em atividade desde os anos 1940, os Demônios da Garoa continuam firmes e fortes, atravessando gerações. Lançado em 1958, um dos primeiros álbuns do grupo paulista - ainda em sua formação original - traz uma das capas mais bem-humoradas da MPB: dois dos integrantes estão dentro de uma banheira, enquanto os outros três tiram onda com eles. O repertório, claro, é uma delícia. A divertida "Promessa do Jacob" abre o disco, seguida pela saudosista "Maloca dos Meus Amores", de Canarinho, cuja letra fala do progresso. O clima infantil de "O Parque Chegou" também acentua a versatilidade do grupo. "A Lei no Morro", cuja letra já dizia 60 anos atrás que "Lá no morro a ordem é ver e calar", é outro grande destaque do repertório, que já nasceu clássico.
Não deixe de ouvir: "A Lei no Morro"
ELTON MEDEIROS - ELTON MEDEIROS (1973)
Grande nome do samba, Elton Medeiros - que está com 87 anos - tem seu primeiro disco solo relançado em formato digital. O trabalho, que chegou às lojas em 1973, traz 12 faixas compostas pelo artista, sozinho ou com parceiros como Hermínio Bello de Carvalho, Zé Keti e Cartola. São joias do quilate de "Pressentimento" e o medley que une "Mascarada" e "O Sol Nascerá". O parceiro Cartola assina ainda a pouco conhecida "Sei Chorar", única do repertório em que Elton mostra apenas seu lado intérprete. Sem dúvida, um dos mais belos discos de samba já feitos.
Não deixe de ouvir: "Pressentimento"
MARIA BETHÂNIA - MARIA BETHÂNIA (1969)
Com uma bela capa, pintada pelo artista plástico Luiz Jasmim, a cantora Maria Bethânia lançou em 1969 um dos discos mais impactantes de sua carreira. Misturando a tradicional "Ponto do Guerreiro Branco" com músicas de Dorival Caymmi ("Dois de Fevereiro"), Edu Lobo ("Pra Dizer Adeus" e "O Tempo e o Rio"), Antônio Maria ("Frevo Número Dois do Recife" e "Preconceito", esta última feita com Fernando Lobo, pai de Edu) e Garoto ("Duas Contas"), a baiana já mostrava o drama de seu canto forte. O mano Caetano Veloso marca presença com "Onde Andarás", cuja letra foi feita pelo poeta Ferreira Gullar a pedido da cantora. Outra música de destaque é "Andança", que naquele mesmo ano também ganhou gravações de Elis Regina e de Beth Carvalho. Um repertório de primeira.
Não deixe de ouvir: "Dois de Fevereiro"
Filho de um dos maiores compositores de todos os tempos, Dori Caymmi não herdou apenas o timbre da voz, mas também a qualidade musical de Dorival. O álbum "O Cantador" traz alguns dos muitos clássicos do artista, a começar pela faixa-título. "Saveiros", "Alegre Menina" e "De Onde Vens" também estão presentes. Com a irmã Nana, ele recria "Estrada do Sol", de Tom Jobim e Dolores Duran. Com Danilo, o caçula da família, Dori canta "Peguei um Ita no Norte", uma das inúmeras pérolas deixadas pelo patriarca dos Caymmi.
Não deixe de ouvir: "O Cantador"
A cantora Marisa ficou conhecida como Gata Mansa, por conta do seu jeito calmo de falar. Com o bom gosto que marcou sua trajetória, encerrada aos 69 anos em 2003, a artista tem no álbum "Viagem" o grande momento de sua carreira. Afinal, a interpretação para a música de João de Aquino e Paulo César Pinheiro que batiza o disco virou o seu cartão de visitas. Com arranjos impecáveis, Marisa mistura músicas antigas, como "Ta-hí (Pra Você Gostar de Mim") e "Saia do Caminho", com composições dos "novatos" Joyce ("Perguntas"), Gonzaguinha ("Romântico do Caribe") e Luiz Carlos Sá, Zé Rodrix e Guarabyra ("Cadeira Vazia"). Uma intérprete como poucas.
Não deixe de ouvir: "Viagem"
Assim como Marisa Gata Mansa ficou marcada por "Viagem", a cantora Márcia eternizou "Ronda". E é essa música de Paulo Vanzolini que dá nome ao álbum lançado por ela em 1977, com bela capa de Elifas Andreato, artista plástico que fez história na música com trabalhos para Clara Nunes ("Nação") e Chico Buarque ("Almanaque"). No repertório, destacam-se ainda os sambas "Chorei", de Eduardo Gudin, Paulo César Pinheiro e Mauro Duarte, "Outra Você Não Me Faz", de Dona Ivone Lara, e "Mesa Farta", de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito. Márcia também interpreta com sua voz afinadíssima a clássica "Cordas de Aço", de Cartola.
Não deixe de ouvir: "Ronda"
Aos 80 anos, o baiano Elomar continua encantando plateias Brasil afora com sua cantoria. Bebendo na fonte dos violeiros improvisadores, o artista criou grandes clássicos da música nordestina, como "O Pedido", "O Violeiro", "Retirada" e "Joana Flor das Alagoas", todos incluídos em seu álbum de estreia, "...Das Barrancas do Rio Gavião". Avesso ao mundo da TV, o cantor e compositor virou uma figura mítica, tal qual o conterrâneo João Gilberto. A aura de grande artista segue intacta, lotando as casas de espetáculo onde se apresenta.
Não deixe de ouvir: "O Pedido"
O cantor e compositor Taiguara nasceu em Montevidéu, no Uruguai, mas veio para o Brasil ainda pequeno. Morto em 1996, com apenas 50 anos, deixou vários clássicos, entre eles “Hoje”, que abria e fechava o longa “Aquarius”, estrelado por Sônia Braga. A inclusão do artista na trilha do filme reacendeu o interesse por sua obra. Agora, o álbum que tem a emblemática canção como faixa-título está de volta. Lançado em 1969, “Hoje” traz outras duas composições do uruguaio, "Tributo a Jacob do Bandolim" e "Frevo Novo", esta última feita em parceria com Novelli e os irmãos Marcos e Paulo Sérgio Valle. O frevo também marca presença no medley que une "Carabina" e "Voltei Recife", de Luiz Bandeira, e "Atrás do Trio Elétrico", de Caetano Veloso. Ele ainda canta músicas de Dolores Duran ("Fim de Caso" e "Castigo"), Vinícius de Moraes ("Serenata do Adeus") e Tom Jobim ("Esquecendo Você").
Não deixe de ouvir: "Hoje"
Um dos principais nomes do reggae no Brasil, Edson Gomes tem uma grande legião de fãs pelo Brasil, mesmo sem aparecer na mídia. Disco lançado em 1988, "Reggae Resistência" é um dos mais importantes de sua carreira. Faixas como "Sistema do Vampiro", "Viu", "Hereditário" e "História do Brasil" trazem mensagens fortes sobre questões sociais. Mas no peito do artista baiano também bate um coração apaixonado, como revela em músicas como "Malandrinha" e "Samarina", uma das mais conhecidas de sua trajetória. No doce balanço do reggae, Edson Gomes dá o seu recado.
Não deixe de ouvir: "Malandrinha"
O Trio Parada Dura está em atividade desde o início dos anos 1970, produzindo um sucesso atrás do outro e influenciando as novas gerações. O álbum "Luz da Minha Vida", gravado por Creone, Barrerito e Mangabinha em 1982, é um dos mais bem-sucedidos dessa longa carreira. No disco, destacam-se faixas como "Herói da Madrugada", "Bicho Bom é Mulher", "Avenida Central", "Nossas Brigas" e "Um Milhão de Lágrimas". Para quem quiser conhecer a música sertaneja de raiz, é uma ótima pedida.
Não deixe de ouvir: "Herói da Madrugada"
A banda Mamonas Assassinas teve uma trajetória meteórica. Entre o sucesso estrondoso do primeiro disco e o acidente aéreo que matou os cinco integrantes, passaram-se poucos meses. Em 1998, dois anos após a tragédia, foi lançada a coletânea "Atenção Creuzebek: A Baixaria Continua", com gravações ao vivo dos hits "Chopis Centis", "Vira-Vira", "Sabão Crá-Crá (The Mad Ku-Ku)", "Uma Arlinda Mulher" e "Robocop Gay", além de uma versão em espanhol de "Pelados em Santos", que virou "Desnudos em Cancún". O álbum trazia ainda a faixa "Joelho", do repertório da banda Utopia, embrião do Mamonas.
Não deixe de ouvir: "Joelho"
Morto em 1973, aos 27 anos, o cantor Evaldo Braga lançou pouquíssimos discos: três ao todo, sendo o último póstumo. Mas nem por isso deixou de se tornar um dos nomes de maior popularidade do Brasil. A coletânea "Sem Limite" reúne alguns dos muitos hits deixados pelo artista nascido em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Em uma época em que a palavra brega nem existia, ele deixou músicas como "Sorria, Sorria", "Tudo Fizeram pra Me Derrotar", "Eu Não Sou Lixo", A Cruz que Carrego", "Meu Delicado Drama", "Não Vou Chorar" e "Esconda o Pranto Num Sorriso", que a cantora Fernanda Takai resgatou em sua carreira solo. O vozeirão de Evaldo Braga permanece vivo no coração e nos ouvidos de seus muitos fãs.
Não deixe de ouvir: "Sorria, Sorria"
Por Leonardo Alves
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