[News] Um dos artistas mais modernos da Áustria ganha cinebiografia em 19 de julho
Um dos artistas mais provocativos do século 20 terá
cinebiografia lançada no Brasil dia 19 de julho. Distribuído pela Cineart,
“EGON SCHIELE – MORTE E DONZELA”, de Dieter Berner, traz a história do
austríaco conhecido por seu brilhantismo e por ser um sedutor implacável.
Baseado no livro de Hilde Berger “A Morte e a Donzela”, o longa traz Noah
Saavedra no papel do protagonista.
- Quando eu estava no Ensino Médio, Egon Schiele foi um
“insight”. Foi incrível quando, de repente, todos os meus colegas de classe
decidiram que ele era o melhor pintor de todos. Ele era o pintor da nossa
geração. Eu só vi filmes sobre ele depois, e fiquei muito insatisfeito com
eles. O romance de Hilde Berger e o jeito como ela abordou a figura de Egon,
que sempre foi fascinante, foi o que me deu a grande dica. Nós sempre
escrevemos roteiros juntos, mas, inicialmente, ela disse que não seria um
roteiro, que já era um romance. Nós começamos a trabalhar nisso, e a nossa
abordagem consistia em tentar definir quais experiências nos trariam mais para
perto desse pintor e nos diriam o que e o porquê de ele pintar – conta o
diretor.
Berner disse ainda que, apesar de ser um admirador do trabalho
de Schiele, nunca havia pensado em fazer um filme sobre o artista. “Foi só
quando eu conheci a figura dele através de Hilde Berger, que a relação entre o
homem e seu trabalho ficou clara. Só depois disso eu comecei a gostar da ideia
de fazer um filme sobre isso, que é, contar a história do que as pinturas podem
significar para alguém”, revela.
Segundo Berner, a partir da leitura do livro, foi possível
entender que Schiele usava os desenhos como forma de fuga da realidade. “Era a
sua maneira de entender o mundo, e, de alguma forma, lidar com ele”.
E, diante de um personagem com tantas particularidades, o
diretor sabia da dificuldade que enfrentaria na escolha do ator protagonista.
“Eu sabia desde o início que seria muito difícil encontrar alguém que fosse
jovem e, ao mesmo tempo, tivesse a experiência de vida necessária para retratar
um personagem tão complicado. É por isso que começamos bem cedo com o elenco”,
revela.
Um ponto-chave no meu conceito era poder representar jovens, não
os atores que interpretam os jovens, mas os atores que são realmente jovens
diante das câmeras. Eu sabia desde o início que seria muito difícil encontrar
alguém que fosse jovem e, ao mesmo tempo, tivesse a experiência de vida
necessária para retratar um personagem tão complicado. É por isso que começamos
bem cedo com o elenco. Por fim, vimos que seria necessário usar não-atores ou
alguém recém-saído da escola de interpretação.
A escolha pelo modelo Noah Saavedra foi um risco que diretor resolveu
correr. “Ele sequer conseguia juntar duas frases no começo, mas tinha aquela
energia especial, aquela aura que eu associo a Schiele. Ele realmente acabou
querendo se tornar um ator, foi para a escola de atuação e, finalmente, passou
no exame de admissão da famosa Ernst Busch School, em Berlim. Ele também cursou
dois semestres do curso de pintura e desenho na Academia de Belas-Artes de
Viena, para que pudesse fazer os próprios desenhos no filme. Em outras
palavras, consegui encontrar um jovem que fosse capaz de trazer essa energia
essencial para interpretar o caráter excepcional de Egon Schiele”, elogia.
SINOPSE
Jovem, talentoso, sedutor. Egon Schiele é um dos artistas mais
provocativos de Viena no início do século XX. Sua vida e obra são impulsionados
pelas mulheres que o cercam: Gerti, sua irmã e primeira musa. E Wally, seu
grande amor de apenas 17 anos, imortalizada na famosa pintura “Morte e a
Donzela”. Com seu estilo radical, Egon atrai artistas ousados como Gustav
Klimt, mas causa um escândalo na sociedade local. Para defender sua arte, ele
está disposto a sacrificar seu amor. E até sua vida.
FICHA TÉCNICA
Diretor: Dieter Berner
Roteiro: Hilde Berger e Diete Berner
Elenco: Noah Saavedra, Maresi Riegner, Valerie Pachner, Larissa
Aimee Breidbach, Marie Jung, Elisabeth Umlauft, Thomas Schubert, Daniel
Sträßer, Cornelius Obonya, André Jung, Nina Proll, Wolfram Berger e Luc Feit
Direção de Fotografia : Carsten Thiele
Direção de Arte: Götz
Weidner, vsk
Edição: Robert Hentschel
Música André Dziezuk
Figurino: Uli Simon
Maquiagem: Béatrice Stephany
Nenhum comentário