[Resenha] Tempestade de Guerra
Sinopse: Mare Barrow aprendeu rápido que, para vencer, é preciso pagar um preço muito alto. Depois da traição de Cal, ela se esforça para proteger seu coração e continuar a lutar junto aos rebeldes pela liberdade de todos os vermelhos e sanguenovos de Norta. A jovem fará de tudo para derrubar o governo de uma vez por todas — começando pela coroa de Maven.
Mas nenhuma guerra pode ser vencida sem ajuda, e logo Mare se vê obrigada a se unir ao garoto que partiu seu coração para derrotar aquele que quase a destruiu. Cal tem aliados prateados poderosos que, somados à Guarda Escarlate, se tornam uma força imbatível. Por outro lado, Maven é guiado por uma obsessão profunda e fará qualquer coisa para ter Mare de volta, nem que tenha que passar por cima de tudo — e todos — no caminho.
O que eu achei:
Victoria Aveyard retorna ao topo dos mais vendidos com o aclamado desfecho da série A Rainha Vermelha. Antes de iniciar, vale ressaltar que a resenha não contém spoilers. Particularmente eu li o livro com um pesar enorme e com uma dúvida: "leio rápido demais para saber de uma vez o que acontece?" ou "leio com calma pois sei que não haverão outros e vou sentir falta de uma das minhas histórias favoritas?". Enfim cheguei a um meio termo e me joguei de cara nessa conclusão que não poderia utilizar outra palavra para descrever a não seja épica.
Após os acontecimentos de Prisão do Rei você fica completamente sem ter ideia do que pode acontecer porque Aveyard encerrou a história de uma forma que você só tem noção de que uma guerra da pior escala está por vir, e que vai muito além dos poderes dos personagens, o conflito de interesses é algo que move muito mais os pilares dessa tempestade que está por vir. Tempestade de Guerra começa de uma forma que me frustrou um pouco pois a autora vai cozinhar você para só aplicar tudo o que ela guarda no momento exato.
Esta parte da história vai começar com um ritmo bem mais lento, da mesma forma que começa Prisão do Rei, e somente a partir da página 100 você conta com momentos mais emocionantes. Dessa vez quem narra a história além de Mare e Evangeline mais uma vez, agora com várias pontas soltas na história, precisaremos de mais olhares para narrar de fato os acontecimentos e fica a cargo de Íris, a prometida de Maven, Cal e o próprio Maven, e isso é algo que me instigou muito a ler o livro. Como é de fato a cabeça de Maven? Será que ele tem salvação depois de tudo o que sua mãe o causou? Esse é apenas um dos poucos fatores que só aumenta too o clímax do livro.
Com alianças formadas e muitos interesses divergentes, a autora vai nos narrar uma história que particularmente não conseguiria imaginar. Com personalidades fortes movidas pelo ódio e orgulho, o livro toma seus momentos tensos de uma forma surreal e de uma forma que Aveyard nunca aplicou em seus outros livros.
O livro é completamente equilibrado, nos momentos que você pode chegar a julgar mais calmos no começo tem todo um propósito no decorrer da história. Vemos algumas pontas soltas sendo atadas e aquela sequência de plot twsist que te faz cair o queixo e que no final você vai se perguntar se de fato acabou. Não só de batalhas e banho de sangue é composto Tempestade de Guerra. Neste livro o lado político casou-se muito bem com os momentos mais intensos, de forma que você tem sua pausa para respirar e absorver tudo o que aconteceu e acompanhar tudo o que está prestes a se acontecer politicamente falando.
O desenvolvimento dos personagens até este momento da história é algo surreal, mas dentro do mesmo livro podemos perceber ainda maiores mudanças em alguns deles e muitas de suas atitudes vão nos surpreender em diversos momentos. Atitudes como estas que no final nos fará acreditar que Tempestade de Guerra não é de fato o último livro da série, e Victoria Aveyard nos deixa com a pulga atrás da orelha mais uma vez.
Por Leonardo Alves
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