[Lista] 10 livros que contam a história da ditadura brasileira


"O Governo João Goulart – As Lutas Sociais no Brasil

Esta obra reflete o espírito de uma época muito conturbada e difícil, em que ainda se lutava pela restauração das liberdades democráticas contra o regime discricionário 
vigente no Brasil. Escrita entre fins de 1976 e primeiro semestre de 1977, ela constituiu a primeira tentativa de desmistificar, em termos acadêmicos, o golpe de 
Estado que o implantara em 1964. O autor valeu-se não apenas de pesquisa em fontes primárias, ou impressas, como de depoimentos dos mais diversos personagens que 
participaram da ascensão e queda do governo João Goulart.


Trilogia Ditadura
A Ditadura Envergonhada, A Ditadura Escancarada, A Ditadura Derrotada e A Ditadura Encurralada


Publicada entre 2002 e 2004, a série foi escrita com base em pesquisas em um acervo com mais de 15 mil itens, que vão desde notas manuscritas até áudios inéditos e relatórios governamentais. Cada um dos volumes trata de momentos específicos do regime. “Ditadura Envergonhada”, por exemplo, fala dos momentos iniciais do período. Lançada em nova edição pela Intrínseca, a obra também está disponível em e-book.



Marighella


Cuidado, que o Marighella é valente, disse Cecil Borer, diretor do Dops do Rio, antes de despachar uma equipe para capturá-lo em seguida ao golpe de 64. Depois de nove anos de apuração, chega às livrarias a aguardada biografia de Marighella, o guerrilheiro intrépido, bem-humorado e sedutor. Seu autor é o premiado jornalista Mário Magalhães, por muitos anos repórter especial e ombudsman da Folha de S. Paulo. 
A narrativa percorre a vida, a obra e a militância do controverso mulato baiano que foi deputado federal, poeta e estrategista da guerrilha no Brasil. Passagens pela prisão, resistência à tortura, assaltos a bancos (e a um trem pagador), tiroteios, espionagem internacional, tudo é apresentado em ritmo de thriller, com revelações desconcertantes. 
A biografia de Carlos Marighella (1911-69) é também um livro sobre a história política entre as décadas de 1930 e 60. Por isso, figuras como Fidel Castro, Getúlio Vargas, Carlos Lamarca, João Goulart, Che Guevara, Luiz Carlos Prestes, Carlos Lacerda e Olga Benario aparecem como coadjuvantes de luxo. 
Vigiado pela CIA e monitorado pelo KGB, Marighella conseguiu se manter ativo ao longo de seus quase quarenta anos de militância, mesmo quando procurado internacionalmente. No mundo inteiro, personalidades o apoiaram, como Jean-Paul Sartre, Glauber Rocha, Jean-Luc Godard, Augusto Boal, Joan Miró e Luchino Visconti. Em paralelo ao trabalho de campo, Marighella publicou livros e textos que se tornaram clássicos em dezenas de idiomas, como o Minimanual do guerrilheiro urbano.

1968: O Ano Que Não Terminou
0 anos de rebeldia, 30 anos de um livro clássico. Edição especial com prefácio inédito do autor e caderno de fotos.Neste clássico da não ficção nacional que já vendeu mais de 300 mil exemplares, o jornalista e romancista Zuenir Ventura conta, com a urgência das grandes reportagens e com a sofisticação da alta literatura, como transcorreu no Brasil o ano que, através do mundo, iria se tornar lendário por conta de manifestações estudantis contra o sistema. O famoso Maio de 1968 começou com dois meses de antecedência no Brasil. Mais precisamente em 28 de março, quando a PM invadiu o restaurante estudantil Calabouço, no centro do Rio de Janeiro, e matou Edson Luis Lima Souto, de 18 anos, com um tiro à queima-roupa no peito. A reação da sociedade civil à truculência da ditadura militar, no enterro acompanhado por 50 mil pessoas e na famosa Passeata dos Cem Mil, realizada em junho, estabeleceu a rota de colisão que culminaria com a decretação do nefando Ato Institucional nº 5 no dia 13 de dezembro daquele ano tornado mitológico.A partir dali, não haveria mais a encenação de democracia que vigorara desde o golpe de 1964: o governo do general Arthur da Costa e Silva deteria nas mãos todos os poderes e não se furtaria a usá-los, fosse cassando, exilando, prendendo ou até matando de forma clandestina. Vinte e um anos se passariam até que um presidente civil eleito democraticamente chegasse ao Palácio do Planalto – Fernando Collor de Mello, que também democraticamente, em 1992, seria impedido de governar pelo Congresso, acusado de corrupção – e a normalidade fosse restaurada na vida nacional.

Os Carbonários
Carbonário: [Do italiano carbonaro, carvoeiro]s.m. 1. membro de uma sociedade secreta e revolucionária que atuou na Itália, França e Espanha no princípio do século XIX. 2. membro de qualquer sociedade secreta e revolucionária. “[Quatro décadas depois], o 68 e os anos de chumbo que a ele sucederam são como cenas de um filme antigo, histórias desbotadas, quase implausíveis, conquanto deveras acontecidas àquela outra pessoa que fui. Sinto-me a muitos anos-luz do guerrilheiro Felipe com seus 19 anos e sua intrincada mescla de revolta e pulsão de ser herói, viver a aventura da nossa geração, que depois, como disse Alex Polari, se cortou com cacos de sonho. Não me desconforta esse passado, também não me enaltece.” - Alfredo Sirkis Considerada a melhor história dos anos de chumbo, vencedora do Prêmio Jabuti, a narrativa de Sirkis se refere a um período de 43 meses, entre outubro de 1967 e maio de 1971. Um relato sobre o movimento estudantil de 1968 e seu esmagamento pelo regime militar; como um jovem secundarista se torna um guerrilheiro urbano; o sequestro dos embaixadores da Alemanha e da Suíça e a libertação de 110 presos políticos; as façanhas e os dilemas de Carlos Lamarca; a crise e a destruição da guerrilha. Um testemunho real, eletrizante e cheio de suspense.


1964 - o Golpe Que Derrubou Um Presidente
Os 50 anos do golpe, abordados por dois dos maiores historiadores brasileiros da atualidade Um panorama de como se instaurou a ditadura civil-militar no Brasil e seus desdobramentos. Pelas mãos de Jorge Ferreira e Ângela de Castro Gomes, é possível entender melhor esse conturbado período da história, que rendeu ao país duas décadas de repressão e tantas injustiças. Numa linguagem objetiva, sem exageros acadêmicos ou notas de rodapé excessivas, que tornem o texto menos atraente para o grande público, os autores destacam personagens e momentos que marcaram o período, relembrando falas de personalidades e trechos de jornais que noticiaram o Golpe.


Sem Vestígios - Revelações de um Agente Secreto da Ditadura Militar Brasileira
Prepare-se para uma experiência chocante: Carioca, o agente secreto da ditadura militar cuja trágica história é contada neste livro, vai fazer você descer aos porões mais revoltantes da ditadura militar brasileira, principalmente na fase da guerra suja contra os grupos de esquerda, nos anos 70.







Ditadura À Brasileira - 1964-1985 A Democracia Golpeada À Esquerda e À Direita 
Um livro fundamental para quem quer entender as peculiaridades da ditadura brasileira.

Com seu estilo coloquial, direto e despojado, e após polemizar em torno do comportamento do Poder Judiciário e do escândalo político no livro Mensalão, Marco Antonio Villa agora desmistifica a ditadura brasileira, tanto em sua duração como em seus efeitos. Narra aqui a história desse período de maneira simples e objetiva, com o intuito de ser claro e transparente.


Os Bispos Católicos e A Ditadura Militar Brasileira
A ditadura militar e a espionagem sobre os bispos opositores Paulo César Gomes mostra como uma rede de espionagem nacional vigiou os bispos católicos que faziam oposição aos desmandos dos governos militares no Brasil. Baseado em documentos inéditos e até recentemente secretos, o autor reconstitui como a aliança entre os militares e a igreja católica, que apoiou o Golpe em 1964, começou a se deteriorar e como essa dissenção contribuiu para a redemocratização do país. Este trabalho aborda questões delicadas, mas o faz de maneira serena e bem fundamentada – como, aliás, sempre ocorre com os livros destinados a permanecer. • Paulo César Gomes é historiador, pesquisador do Grupo de Estudos sobre a Ditadura Militar da UFRJ e doutorando em História pela mesma instituição. • “Pesquisando os arquivos da chamada ‘comunidade de informações’, garimpados por mão segura e olhar aguçado, dialogando com a melhor literatura sobre o assunto, Paulo César Gomes reconstitui esta trama complexa – recoberta e dissimulada por grossas camadas de memória –, apanhada em seus meios-tons e matizes diferenciados, tortuosa e contraditória como a vida. É o que faz deste livro um trabalho de História.” – Daniel Aarão Reis, historiador.


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