[Crítica] Robin Hood - A Origem
Sinopse: O jovem Robin de Loxley volta de uma guerra e se revolta contra o xerife de Nottingham e suas injustas políticas. Então, ele se junta a John, um sobrevivente mouro que o treina e traça planos para criar uma revolução, roubando dinheiro dos ricos e distribuindo pelos pobres. Assim surge Robin Hood.
O que eu achei?
Robin Hood é uma lenda famosa. Como toda lenda, existem várias versões, mas que possuem a mesma base: um “ladrão do bem” que rouba o dinheiro dos ricos para dividir entre os pobres. A lenda é da Era Medieval na Inglaterra, no tempo em que havia muitas disputas de terras e muitos impostos cobrados por aqueles que estavam no poder. Apesar de ser considerado como lenda, registros históricos mostram que realmente Robin Hood existiu, só não se sabe ao certo se todas as características e histórias contadas nas versões da lenda são verdadeiras.
Lendas à parte, o novo filme de Robin Hood conta uma história um pouco diferente do que estamos acostumados, uma vez que a ideia parece ser, como o nome já diz, apresentar uma origem do anti-herói. Assim, “Robin Hood – A Origem” é bem diferente de outros filmes como “As Aventuras de Robin dos Bosques” (1938), “Robin Hood” da Disney (1973), “Robin Hood - O Príncipe dos Ladrões” (1991) e “Robin Hood” (2010).
O enredo do filme se resume a como Robin de Loxley se tornou Robin Hood. Ele (Taron Egerton) era um rico plebeu que morava num enorme solar na região de Nottingham e não tinha muito o que fazer (pelo menos é essa a impressão que ficou). Um dia conheceu uma jovem chamada Marian (Eve Hewson) tentando roubar um de seus cavalos para ajudar a família. O tempo passa, eles ficam juntos, mas uma carta de convocação para o exército da região separa os dois. Ao voltar da guerra, Robin se revolta devido a alguns acontecimentos e se junta com um ex-inimigo chamado John (Jamie Foxx) que deseja acabar com a guerra e as injustiças. Assim, ele aprimora suas habilidades com o arco e flecha e, juntos, traçam planos para roubar dinheiro do xerife (Ben Mendelsohn) e da igreja. Além dos atores supracitados, “Robin Hood – A Origem” ainda conta com Jamie Dornan, Tim Minchin, Paul Anderson XVIII e Fahrid Murray Abraham no elenco.
Se tem algo que não falta ao filme é ação. Diversas batalhas e perseguições prendem a atenção do espectador. Entretanto, o longa falha ao mostrar quase todas as batalhas através de arcos e flechas e quase sem aparecer espadas, a principal arma de combate na época. Claro que a Inglaterra era uma boa fabricante de arcos na Era Medieval, mas não lutava apenas com essas armas, como aparece no filme.
Por se tratar da Idade Média e não dos dias atuais, o filme peca feio no figurino. As roupas são muito bem feitas – e isso não é um elogio. Não existiam máquinas na época para se produzir roupas perfeitas.
Para não falar somente em pontos negativos, os diálogos são bons e algumas piadas são introduzidas de modo sutil para animar o espectador, o que funciona.
Além de mostrar os problemas do xerife, o filme também apresenta um lado obscuro da igreja dessa época, que se interessava por poder, terras, guerras e promiscuidade. E outro ponto explorado é a política de que o próprio país em guerra com outro acaba ajudando financeiramente, por trás dos panos, o inimigo.
Enfim, o filme contém detalhes negativos, mas não é tão ruim quanto à maioria da crítica mostra. Pode ser encarado como um filme de ação e com outra visão da lenda de Robin Hood.
Data de estreia no Brasil: 29 de novembro de 2018. Assista ao trailer:
Escrito por Victor Monteiro
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