[Resenha] O Dragão do Rei, da autora Di Acordi


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Sinopse:
Karamel Adariani morreu. Teve sua cabeça arrancada do corpo de acordo com as leis de um reino opressor. Seu cadáver foi atirado em uma vala, refletindo seu valor para o mundo e sua importância para as pessoas. Ela era uma ninguém.
Porém, ela despertou, e essência que a fazia humana estava quebrada, tornando-a o monstro assassino que todos conheciam.
Richard Duas-Luas era Rei de Himinn, o maior dos reinos de Lífio. Carregava em seu sobrenome não somente uma referência às duas luas do céu galduriano, como também o peso da herança do primeiro de seus ancestrais, Richard, O Unificador. Himinn se tornara um reino livre e de todos os povos graças à mão bondosa de seu antepassado. E Richard lutava, dia após dia, para ser digno daquilo que nascera para se tornar. Contudo, quando sua amada rainha adoece, o homem se vê afogado pelo desespero de perdê-la. Para salvar Charlotte, o rei cruzará todos os limites de seu bom senso e procurará por respostas nos locais e pessoas mais perigosos de Lífio.
No momento em que a Degolada pisa em terras himinnianas, todos são condenados. Karamel era um demônio de fogo e somente Richard possuía poder para mantê-la na linha. Poder este que se manifestava através de um dragão.


Disponível como e-book na plataforma digital da Amazon, o livro O Dragão do Rei, o primeiro da Trilogia Épico de Dragões, aborda a fundo a mitologia dessas criaturas, trazendo a personagem principal, Karamel Adariani, como uma mulher de grande destaque que se viu transformada em uma criatura sanguinária após ser assassinada e revivida. Sua presença é marcante em toda a trama, e a sua força é evidenciada através de profundas cenas de ação que focam bastante nas suas emoções e em detalhes. Não o suficiente, ainda há a presença de diversos seres mágicos presentes em livros com essa temática, como bruxas, magos, leopardos, corvos e muitos outros.

Detalhes, inclusive, é uma das maiores qualidades do livro. A forma como a autora descreve os cenários, os acontecimentos e os pensamentos é feita com maestria, trazendo uma enorme riqueza de informações que ilustram muito bem a imagem desejada na mente do leitor, principalmente pelo fato de que, por ser um livro com poucos personagens, os de mais relevância consigam ter um grande espaço durante a narrativa. Isso colabora para que compreendamos melhor seus pontos de vistas e possamos, de certo modo, entrar na pele de cada um, descobrindo diferentes maneiras de se enxergar uma mesma situação.

Karamel é uma personagem dúbia, que pode, ao mesmo tempo, despertar a raiva e a empatia do leitor, por sua natureza ser destrutiva e assassina. Esta, por sua vez, foi provocada por outras pessoas, o que a torna, apesar de tudo, uma das maiores vítimas da trama. O apelido de Degolada é uma comprovação disso. No decorrer dos eventos, somos capazes de entendê-la melhor e torcer para que seus planos deem certo. O outro protagonista, Richard, considerado um excelente rei pela sua população, começa a sentir seu chão desmoronar quando sua amada esposa, Charlotte, fica doente e procura, desesperadamente, pela ajuda de Karamel para salvá-la. Suas impulsivas atitudes também comprovam que ele também é ambíguo, estando sujeito a diversas interpretações. É a partir desse fato que a trama se desenrola, sendo constantemente repleta de reviravoltas que nos fazem mudarmos o tempo inteiro as nossas teorias sobre o futuro dela.


Com um final de tirar o fôlego e um gancho excelente para o desenvolvimento da continuação, intitulada A Alma da Árvore, O Dragão do Rei vale a pena ser lido por aqueles que são apaixonados por dragões e histórias de Fantasia, ou aqueles que possuem interesse em conhecerem mais obras do gênero. A saga de Karamel é extremamente promissora, e acredita-se que os novos arcos terão muito mais de outros reinos e, consequentemente, outras criaturas a ser mostrado. 

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