[News] Filme ¨Diários de classe¨ divulga trailer e cartaz
Racismo, machismo,
desigualdade social,
preconceito e precariedade da educação são alguns dos temas abordados neste
documentário. Em “Diários de Classe”, os diretores Maria Carolina e Igor Souza
abordam como todas essas questões refletem na educação de jovens e adultos
periféricos
em um sistema que os
ignora historicamente. Porquê de essas mulheres - que representam os mais de 13
milhões de brasileiros analfabetos - estarem na classe de aula em sua vida
adulta? Qual seria o motivo que as afastou durante tanto tempo da escola?
Nas salas de aula
de uma penitenciária e em
escolas da periferia de Salvador são apresentadas três personagens que guiam o
filme: Tifany Moura, Vânia Costa e Maria José Santana. As falas e história
destas mulheres negras e ignoradas por uma sociedade estruturalmente racista
são diferentes nos mais
diversos aspectos, mas na montagem, o filme estabelece uma consciência sutil do
elo que conecta a experiência de cada uma destas personagens.
Tifany está em
sua trajetória de
descoberta com a transsexualidade; Vânia é mãe, encarcerada e tenta aprender o
Código Penal para se defender no tribunal; e Maria José tenta conciliar seu
emprego de doméstica com os estudos. Ao mesmo tempo que as histórias têm em
comum a
exclusão de oportunidade
e o preconceito derivados de relações de poder e opressão, “Diários de Classe” revela
mulheres com uma disposição extraordinária para refletir e agir contra estas
posições sócio-históricas forçosamente impostas.
Além disso, a
obra observa também as
dificuldades de se aprender e ensinar. Os professores assumem papéis que vão
além de educadores, são conselheiros e incentivadores de que seus alunos se
livrem das amarras que a sociedade os impõem.
Neste ponto, o filme levanta uma reflexão urgente diante das
recentes Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Ensino
Médio aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação, uma vez que se prevê a
realização de até 20% da carga horária do Ensino Médio na modalidade de
Educação à Distância (EaD) e, no caso da Educação para Jovens e Adultos (EJA),
essas
escolas onde o filme se
passa, se permite que até 80% do curso seja extra-presencial. Isto é,
praticamente se extingue os encontros presenciais e provocadores também
responsáveis pela formação crítico sobre a realidade que esses alunos das EJA’s
estão inseridos.
A diretora Maria
Carolina explica que o
objetivo do filme é “contar a história de vida dessas pessoas e o que as
levaram a estar dentro da sala de aula já adultas, atrás de aprender aquilo que
lhes foi roubado na infância, os estudos”. Igor Souza, diretor, complementa
“houve
uma prontidão por parte
da equipe para se adaptar às situações e uma compreensão por parte das
personagens da possibilidade de ampliação de suas vozes”.
O filme participou do 50º Festival de Brasília, 2º Mostra de
Cinema Contemporâneo do
Nordeste, 7º Olhar de
Cinema - Festival Internacional de Curitiba
e é a segunda vez que os diretores trabalham junto em uma
produção, sendo a
primeira o curta de
animação “Entroncamento” (2015).
Com produção da
Lanterninha Produções e
distribuição da Elo Company, “Diários de Classe” estreia dia
07 de março
em 20 salas de 19 cidades do país pelo Projeta às 7, parceria da
distribuidora
com a Cinemark que abre
uma nova janela para o cinema nacional.
SINOPSE
“Diários
de Classe” acompanha o
cotidiano de três mulheres – uma jovem trans, uma mãe encarcerada e uma
empregada doméstica –, estudantes de centros de alfabetização para adultos em
Salvador. Embora trilhem caminhos distintos, suas trajetórias coincidem nos
preconceitos
e injustiças sofridos
cotidianamente. O documentário em estilo direto aposta no recorte espacial da
sala de aula a fim de se aprofundar no dia a dia dessas personagens, revelando
suas tentativas diárias de contornar o apagamento sistemático de suas
existências.
FICHA
TÉCNICA
Direção
- Maria Carolina da Silva
e Igor Souza
Assistente
de Direção - Érika
Saldanha
Montagem
– Iris de Oliveira e
Maria Carolina da Silva
Fotografia
- Gabriel Teixeira
Produção
Executiva - Maria
Carolina da Silva e Sylvia Abreu
Direção
de Produção - Érika
Saldanha
Finalização
de imagem e som -
Cinemática Audiovisual
Supervisor
de Pós-Produção - José
Augusto De Blasiis
Patrocínio
- Arte em Toda Parte ano
III
Produção
- Lanterninha Produções
Finalização
- Cinemática Audiovisual
Distribuição
- Elo Company
NOTA DOS DIRETORES:
“Ao mesmo tempo
em que também encontramos
histórias de mulheres fortes, guerreiras, que ainda que privadas de suas
liberdades, estavam ali dentro da escola, a maioria ainda aprendendo a ler e
escrever. Acredito que não exista uma única forma de ser mulher, somos muitas e
diversas. Mas vivemos
todas em uma sociedade que nos quer submissas e cativas e encontrar essas
mulheres, com histórias tão diferentes da minha, foi unir forças, criar laços e
afirmar que não estamos sozinhas”
Maria
Carolina, janeiro de 2019:
“Perceber que
uma narrativa se dá
dentro de seu potencial de transformação pessoal e não na hierarquia social,
mostra que nenhuma vida é ordinária quando se tem a autonomia de construir a
sua própria ordenação de mundo.”
Igor
Souza, janeiro de 2019
OS
DIRETORES:
Maria
Carolina
Formada
no Bacharelado
Interdisciplinar em Artes, Maria Carolina é cineasta, produtora, montadora e
roteirista. A artista está na área do audiovisual desde 2003. Atua com
documentário, animação e ficção live action, tendo dirigido três curtas
metragens: o documentário
“Santo de Casa”, a
animação “Entrocamento” e a ficção “Corte Seco”.
Em
2019, Maria lança seu
primeiro longa-metragem, o sensível “Diários de Classe”. Com uma direção
cuidadosa, o filme trata com força a trajetória de três mulheres em processo de
alfabetização, sendo uma presidiária, uma moça trans e uma empregada doméstica.
Igor
Souza
Formado
em Arquitetura, Igor
Souza atua como diretor audiovisual, diretor de arte, pintor e ilustrador. Em
2007 e 2009 esteve na França e na Alemanha, respectivamente, produzindo
cenários para montagens de espetáculos brasileiros e em 2008 recebeu o convite
para participar
como pintor da semana do
Brasil na Rússia (Moscou). Além das exposições individuais apresentadas em
Salvador, Igor expôs seus trabalhos em Berlim e teve publicado o livro-objeto
“TRES”.
Atualmente
dedica-se à produção
audiovisual, em parceria com Maria Carolina, sendo indicado ao Grande Prêmio do
Cinema Brasileiro 2017 com o curta metragem em animação “Entroncamento” e lança
em 2019 o seu primeiro longa documental “Diários de Classe”.
CRÍTICAS
E COMENTÁRIOS
“O filme é repleto
de questões cruciais e,
longe de se apresentar inchado na sua apresentação, deve suscitar ainda muitas
discussões futuras”.
A Tarde (setembro/2017)
“Diários de Classe,
plural como seu título,
oferece inúmeras camadas e temas. Como uma mestra consciente do quanto pode
aprender com os alunos, a direção se coloca totalmente à serviço dessas vozes
em geral caladas e ignoradas, fortalecendo-as”.
Adoro Cinema (junho/2018)
LANTERNINHA
PRODUÇÕES
Fundada em 2007
com o objetivo de
fornecer consultoria em gestão de projetos voltados para o desenvolvimento
sustentável, a empresa teve entre seus clientes a Bahia Mineração, o Banco
Mundial e a Fundação Instituto da Hospitalidade.
Um ano depois,
ampliou as suas
atividades incluindo a produção audiovisual em seu currículo, com a entrada da
sócia Maria Carolina. É então, que desenvolve seu primeiro projeto, o Projeto
Lanterninha, para formação de platéia para o cinema brasileiro a partir da
construção
de cineclubes. O programa
aconteceu entre 2008 e 2012 em 18 escolas públicas da rede estadual de ensino
da Bahia e, no decorrer desse tempo, a empresa troca seu nome para Lanterninha
Produções.
A produção em
animação vai acontecer em
2013 com a produção do curta “Entroncamento” e o início da parceria com o
artista Igor Souza. Os documentários chegam em 2015 com a realização de “Santo
de Casa”, um curta metragem que mergulha numa história de família durante uma
festa para Cosme e
Damião.
Atualmente, a
Lanterninha produz a
série “Aventuras de Ami”, em co-produção com a Movioca Contenct House, e faz a
circulação em festivais de cinema do seu primeiro longa metragem, o
documentário “Diários de Classe”, enquanto prepara a sua distribuição no
circuito comercial,
em parceria com a Elo
Company.
ELO
COMPANY
Empresa especializada
em produção e
distribuição audiovisual fundada por Ruben Feffer, Flavia Feffer e Sabrina
Nudeliman. No mercado há 13 anos, conta com uma estrutura completa de
desenvolvimento de conteúdo, curadoria, planejamento de distribuição e vendas
nacionais e internacionais.
São mais de 400 títulos
em seu lineup, entre eles “O Menino e o Mundo”, “S.O.S: Mulheres Ao Mar 2”, e o
documentário “Espaço Além: Marina Abramovic e o Brasil”, além de títulos de
importantes produtoras brasileiras, como RT Features, Paranoid e Ananã. Seu
longa mais recente é
"Tito e os Pássaros", exibido em grandes festivais como o de Annecy,
Toronto e Los Angeles, além de ser premiado no Anima Mundi e pré-indicado ao Oscar
de 2019.
Para o próximo ano, a Elo prevê lançar 30 títulos
nos cinemas, com destaque
para "Rio Santos", "Cravos", "Torre das Donzelas"
e "Mussum
– O Filme do
Cacildis".
A
Elo Company tem entre
seus principais objetivos conectar produções brasileiras com o mercado
internacional e desenvolver novos modelos de negócios, como o Selo ELAS e o
Projeta às 7. O Selo ELAS tem o intuito de fomentar projetos de longa-metragem
com direção
feminina e teve o seu
primeiro lançamento em 2018, com o filme "Amores de Chumbo". O
Projeta às 7, iniciativa em parceria com a Cinemark, também começou em 2018 com
o objetivo de ressaltar o cinema nacional e já lançou mais de 14 filmes dos
mais diversos gêneros
– do terror ao
documentário esportivo.
PROJETA
ÀS 7
Iniciativa
da Cinemark e Elo Company
que abre uma nova janela para o cinema brasileiro. Os filmes participantes são
de diversos gêneros, vindos de norte a sul do Brasil, dirigidos por homens e
mulheres consagrados ou iniciantes, e ganham sessões de pré-estreia de segunda
a sexta-feira, às 19h,
com preços especiais de R$ 12 e exibição simultânea em 20 salas de cinema em 19
cidades do Brasil: São Paulo (Shoppings Eldorado e Santa Cruz), Rio de Janeiro
(Downtown), Aracaju (Shopping Jardins), Belo Horizonte (Pátio Savassi),
Brasília
(Pier 21), Campinas
(Iguatemi), Campo Grande (Shopping Campo Grande), Cuiabá (Shopping Goiabeiras),
Curitiba (Shopping Miller), Goiânia (Shopping Flamboyant), Londrina (Boulevard
Londrina), Natal (Midway Mall), Porto Alegre (Barra Sul), Recife (Riomar),
Ribeirão
Preto (Novo Shopping),
Salvador (Salvador Shopping), Santos (Praiamar), São José dos Campos (Colinas)
e Vitória (Shopping Vitória).
Trailer:
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