[Programação] Shows de 14 a 21 de fevereiro

 Confira a programação de shows da semana:

                         Teatro Bradesco
Monarco, lançamento do CS Monarco de todos os tempos convida Alcione e Zeca Pagodinho. Quinta, dia 14, ás 22h.De 80 a 150 reais.


Um novo disco de Monarco – o primeiro em quatro anos – é sempre motivo para nos lembrar que “agoniza, mas não morre” é mais do que um verso de Nélson Sargento devotado ao samba. Não qualquer samba, ou samba da moda, ou samba confeitado, ou samba para inglês ver, e sim samba daqueles que, como dizia Noel Rosa, exprimem dois terços do Rio de Janeiro. Monarco – o cidadão Hildmar Diniz, carioca de Cavalcanti, 85 anos feitos no último agosto – é hoje o mais legítimo representante de um samba que se mantém vivo, resistindo às agonias eventualmente impostas pelo tempo e pelas novidades.

A história de vida de Monarco coincide com a das últimas sete décadas da história do samba. Embora ele tenha feito seu primeiro aos 12 anos, quando morava em Nova Iguaçu, foi aos 16, ao se mudar para Osvaldo Cruz, que as coisas começaram a acontecer. Ali. Monarco conheceu a turma de bambas da Portela, quis ser um deles (“Se eu fiz um samba em menino, porque não posso fazer outro agora?”). Ainda era um dos meninos que seguravam a corda que abraçava a escola durante os desfiles, quando, em homenagem a Francisco Santana, autor do hino da Portela, Monarco compôs “Retumbante vitória”. Um samba tão bom que Natal, presidente da escola, abriria para Monarco as portas da ala dos compositores. O samba seria usado como “esquenta”, primeiro nos ensaios e depois, com o título “Passado da Portela”, na abertura dos desfiles.

Entre os talentos que Monarco encontrou em Osvaldo Cruz, havia um em especial, compositor maior, figura emblemática: Paulo da Portela. Seria o primeiro ídolo do futuro sambista. Um dia, inconformado com uma truculência de Manuel Bambambã (que o impediu de levar os mangueirenses Cartola e Heitor dos Prazeres para uma visita à Portela), Paulo deixou a escola e mudou-se para a Lira do Amor, em Bento Ribeiro. Com isso, Monarco perdeu a chance de aprender com seu ídolo os primeiro segredos do samba. Recorreu a Manacéia, discípulo de Paulo, que lhe passou muito do que aprendera com o mestre. Quando Paulo da Portela morreu, em 1949, Monarco ainda sonhava com um lugar entre os compositores, o que só teria dois anos depois. 

Enquanto isso, ganhava a vida em ocupações várias. Foi camelô, vendedor de peixe, guardador de carro, operário faz-tudo da ABI, onde escovou muita mesa de bilhar para Heitor Villa-Lobos jogar e assustou o presidente Herbert Moses ao sair sambando do elevador. Cada vez melhor, sozinho ou em parceria com gente boa do meio, Monarco foi crescendo. Jamais teria samba-enredo nos desfiles da Portela, até hoje a maior campeã do carnaval carioca, mas tornou-se dos mais inspirados criadores dos sambas de quadra que fizeram a fama da escola.

O primeiro disco solo só aconteceu em 1976, 26 anos depois de entrar para a ala de compositores. Já tinha sido diretor de harmonia e se tornado companheiro de Manacéia, Alvaiade, João da Gente, Rufino, Aniceto, Candinho, Mijinha, Argemiro, Lonato, Colombo, Picolino, Waldir 59, Zé Kéti, Candeia, Wilson Moreira e tantos mais.

Monarco é hoje o capitão desta formidável nau chamada Velha Guarda da Portela, criada por Paulinho da Viola em 1970. Ele e Casquinha são os únicos remanescentes do grupo, logo imitado e ainda símbolo da resistência do samba àquelas tais agonias. Gravar novo disco é atestado dessa coragem. Sobretudo para quem já ouvir falar tantas vezes na “morte do samba”, a ponto de ter a gravação de samba seu negada a Jamelão pelos produtores, por motivo que o próprio Jamelão resumiu num conselho:

–– Faz um iê-iê-iê, Monarco. 

Emociona ouvi-lo recontar sua história. Entre outras razões, porque ele intercala cada capítulo da narrativa com um samba cantado com aquela voz forte, áspera, expressiva, inconfundível, lindamente negra, que faz dele o melhor intérprete de si mesmo. O novo disco, segundo Monarco, tem até canções que falam de tristezas, mas “foi feito num mar de alegria”. O filho, Mauro Diniz, produziu, fez os arranjos, tocou cavaquinho em todas as faixas e dividiu com o pai a autoria de seis delas. É Monarco quem diz: “Mauro sabe para onde eu vou, conhece os caminhos, descobre o acorde certo, é mais que um parceiro”. Mauro só não participou da escolha do repertório, todas as músicas (menos uma) foram selecionadas pelo próprio Monarco. A exceção é “Obrigado pelas flores”, incluída a pedidos do pessoal da Biscoito Fino, uma singela homenagem a Dona Ivone Lara.7

Carnaval palavra cantada, dia 16, sábado, às 14h e dia 17, domingo, às 15h. De 80 a 180 reais.

 A apresentação de carnaval do grupo Palavra Cantada chega ao Teatro Bradesco Rio. O show “Carnaval Palavra Cantada!!!” (com três exclamações mesmo!) acontece dias 16 e 17 de fevereiro.


A primeira exclamação vem da alegria das canções de sucesso da dupla Paulo e Sandra que as crianças vão ouvir com arranjos diferentes em que os trompetes e saxfones gritarão bem alto! A segunda exclamação vem das novas canções feitas especialmente para essa data tão comemorada em todo o país em que adultos e crianças se pintam, se fantasiam e brincam juntos o tempo todo! E a terceira exclamação vem da plateia: as pequenas colombinas e pierrôs, piratas, princesas, cães, leões, esqueletos, bruxas, unicórnios, chefes de cozinha, mulher- Gato, muitos homens-aranhas, que fazem um show a parte!


O show “Carnaval Palavra Cantada!!!” teve sua estreia em 2008 e já virou tradição. Tudo é feito para a família se sentir bem confortável e feliz. Sempre que possível, as casas de espetáculos são adaptadas para a criação de um salão para que a criançada brincar à vontade com seus saquinhos de confetes e serpentinas. Os arranjos viajam nos ritmos brasileiros e exploram a percussão como chave da atenção das crianças, que continuam hipnotizadas e cantando junto cada verso das antigas e novas canções. A banda é formada por Daniel Ayres, Julia Pittier, Michelle Abu, Danilo Penteado, Flávia Maia, Sidmar Vieira, Denilson Martins, Eduardo Boletti e Catarina Bruggemann.

O frenético Dancin´Days 2019, dia 18, segunda, às 21h, dia 19, terça às 18h e 21h e dia 20, quarta, às 19h. De 75 a 160 reais.

A aura mítica em torno da Frenetic Dancing´Days Discotheque se mantem. Após ser um marco na noite carioca, com apenas quatro meses de funcionamento, a boate renasceu em forma de musical e, mais uma vez, a magia se fez. Grande sucesso da temporada teatral carioca 2018, ‘O Frenético Dancin´Days’ já foi visto por mais de 40 mil pessoas e retorna para celebrar o verão carioca, a partir de 05 de janeiro, no Teatro Bradesco Rio. Nelson Motta (ao lado de Patrícia Andrade) assinou o texto com a absoluta propriedade de quem foi um dos fundadores da boate e viveu toda a agitação que marcou o Rio naquela época. O musical resgata esse clima de celebração da vida, de sentir a felicidade bater na porta e conta a história da Frenetic Dancing´Days Discotheque, boate idealizada, em 1976, pelos amigos Nelson Motta, Scarlet Moon, Leonardo Netto, Dom Pepe e Djalma. Deborah Colker aceitou o desafio e fez sua estreia na direção teatral, além de assinar as coreografias, ao lado de Jacqueline Motta. A realização é das Irmãs Motta e Opus e produção geral de Joana Motta.
Autor de musicais consagrados como ‘Elis, a musical’, ‘Tim Maia- Vale Tudo, o musical’ e ‘S´imbora, o musical – a história de Wilson Simonal’, Nelson Motta afirma que nunca foi tão feliz com um espetáculo. “Esse musical é uma festa, as pessoas ficam enlouquecidas na plateia, parece que estamos mesmo voltando aos tempos da boate. É uma alegria imensa”, festeja. Eu sabia da potência, da força do Dancin´Days, de como ele mudou a cidade. A boate chegou com esse caráter libertário, lá as pessoas eram livres, podiam ser como elas são. Isso tem uma grande força política, social, filosófica, artística. Não há nada como o livre arbítrio, estar em um lugar onde você vai ser quem você é”, afirma Deborah. 
O musical é uma superprodução, com 17 atores e sete bailarinos, escolhidos através de audições, à exceção de Érico Brás (Dom Pepe)e Stella Miranda (Dona Dayse), uma das mais importantes atrizes de musicais do país, convidados especialmente para o projeto. O elenco é formado ainda por: Ariane Souza (Madalena), Bruno Fraga (Nelson Motta), Cadu Fávero (Djalma), Franco Kuster (Léo Netto), Ivan Mendes (Inácio/Geraldo), Renan Mattos (Catarino), Karine Barros (coro/stand in feminino), Larissa Venturini (Scarlet), Natasha Jascalevich (Bárbara),  além das Frenéticas: Carol Rangel (Edyr de Castro), Ester Freitas (Dhu Moraes), Ingrid Gaigher (Lidoca), Julia Gorman (Regina Chaves), Larissa Carneiro (Leiloca) e Ludmila Brandão (Sandra Pêra).
Deborah Colker (premiada na Rússia com o Prix Benois de la Danse, considerado o Oscar da Dança) assina também as coreografias (ao lado de Jacqueline Motta) e tem ao seu lado uma ficha técnica de peso: Gringo Cardia (cenografia e direção de arte), Maneco Quinderé (desenho de luz), Alexandre Elias (direção musical), Fernando Cozendey (figurinos) e Max Weber (visagismo). Passarão pelo palco os principais personagens que marcaram não apenas a história da boate, mas da cultura nacional.
Os cenários e figurinos recriam a atmosfera disco, mas com uma identidade própria. “A minha inspiração foi a estética de como as pessoas se comportavam na época e o quão ousadas eram no vestir”, explica Fernando Cozendey. “O desafio foi trazer o shape 70 atualizado, criar algo que ainda provocasse espanto, alegria e libertação para um público em 2018. O espetáculo para mim é sobre transgressão de ser, vestir, dançar, existir”, acrescenta.
A direção musical de Alexandre Elias também acompanha o espírito da época e inova ao trazer um DJ pilotando a música ao vivo. “Quando a Joana Motta me convidou para esse projeto, ela veio com essa “sacada” que iríamos contar a história de uma discoteca e que devíamos ter um DJ. E, no caso do Dancing´Days, o DJ Dom Pepe era uma das figuras centrais”. Para construir os arranjos, Alexandre Elias passou meses pesquisando e optou pela técnica dos samples. “Estamos usando tecnologia de ponta nessa área, misturei elementos dos arranjos originais, que são clássicos presentes na nossa memória afetiva, com ideias minhas e da direção, para chegarmos ao resultado final”, explica Alexandre.
Dance sem parar
A noite carioca fervia nos anos 70, quando a casa foi criada para inaugurar também o Shopping da Gávea. A cena disco estava explodindo em Nova York, mas ainda não tinha acontecido no Brasil. O Dancin´Days foi inaugurado em 05 de agosto de 1976 e marcou a chegada da discoteca no país. Lady Zu, Banda Black in Rio, Tim Maia, a pista da boate fervia. Na casa, se apresentaram nomes como Rita Lee (ainda com o Tutti-Frutti), Raul Seixas, Gilberto Gil. “Eu adoro dançar, eu adoro dança, tudo que se movimenta. E para dançar você precisa de música. E música boa é a junção perfeita. E não tem como o Dancin´Days não ter isso, é uma música muito boa, é a melhor. É um iluminismo!”, celebra Deborah.
Nada causou tanta sensação quanto o surgimento das Frenéticas. Contratadas inicialmente como garçonetes, elas também faziam uma breve apresentação durante a madrugada. O sucesso foi imediato: Leiloca, Sandra Pera, Lidoca, Edyr, Dhu Moraes e Regina Chaves logo abandonaram as bandejas e assumiram os holofotes. Elas foram o primeiro grupo contratado da multinacional Warner, que estava aportando no Brasil. O país inteiro cantou ‘Dancin´Days’, ‘Perigosa’, ‘O Preto que satisfaz’ (abertura da novela ‘Feijão Maravilha’, da TV Globo), entre tantas outras.
“As Frenéticas foram obra do acaso e, claro, do talento de seis garotas que eram atrizes desempregadas, começaram como garçonetes do Dancin´Days e, no fim da noite, cantavam quatro músicas. Foi um estouro! o Dancin lotava só para ver as Frenéticas, que se tornaram as rainhas da discoteca no Brasil”, aponta Nelson.
A boate funcionou por apenas quatro meses, pois o contrato era limitado ao período que antecedia a abertura do Teatro dos Quatro. Ela celebrava um Rio e um país que conseguiam ser livres, apesar da ditadura militar. A casa reunia famosos e anônimos, hippies e comunistas, todas as tribos com o único objetivo de celebrar a vida. O sucesso foi tamanho que a casa foi reaberta no Morro da Urca e inspirou a novela ‘Dancin´Days’, de Gilberto Braga, que tinha a música homônima das Frenéticas como tema de abertura. O país inteirou caiu na gandaia e entrou na festa.
E é justamente esta celebração que estará de volta a partir do dia 24 de agosto. O espetáculo relembrará grandes clássicos da discoteca como ‘I love the nightlife’, ‘You make me feel might real’, ‘We are Family’, ‘Y.M.C.A’, ‘Stayin´alive’, além de clássicos das Frenéticas e grandes sucessos nacionais da época, com
o ‘Marrom Glacê’ e ‘A noite vai chegar’, entre outros. O Rio de Janeiro voltará a sorrir!


                          Circo Voador
Teresa Cristina e Samba que elas querem com abertura de Slam das Minas,dia 15, sexta, às 22h. 40 a meia ou solidária e 80 a inteira.

Sexta, 15 de fevereiro, o Circo vai ser palco de uma grande celebração da música negra. A cantora TERESA CRISTINA e o grupo SAMBA QUE ELAS QUEREM apresentam pela primeira vez na lona o elogiado (e emocionante) show ‘Um Sorriso Negro’. Na abertura, a poderosa batalha de poesia do Slam das Minas.
Uma das vozes de maior destaque no samba, Teresa celebra a história do samba com um palco todo feminino: “A mulher precisa resgatar esse protagonismo e deixar esse posto de coadjuvante entregue pela história. O meu encontro com elas (Samba Que Elas Querem) aconteceu muito naturalmente. Vai ser lindo!” afirma a cantora.
Formado por oito musicisitas da porra e que a gente já considera pacas, o Samba Que Elas Querem nasceu justamente com o desejo de colocar o sexo feminino como protagonista no ambiente do samba. E o desejo já vem se tornando realidade, pois o grupo tem se destacado (e muito!) no cenário carioca, com direito a rodas disputadíssimas pela cidade. Não tinha como esse encontro não ser lindo, né?
Com direção musical da própria Teresa, o show é uma grande viagem pela história do samba, baseda nos principais compositores negros como Dona Ivone Lara, Lecy Brandão, Jovelina Pérola Negra, Wilson Moreira, Candeia, Cartola, só pra citar alguns. No repertório, pérolas atemporais que vão colocar a Lona cantando em peso:  ‘Alvorada’, ‘Axé de Ianga’, ‘Zé do caroço’ e ‘Sorriso Negro’.

Jão, sábado, dia 16, às 22h. 60 a meia ou solidária e 120 a inteira.

A revelação do pop brasileiro finalmente faz sua estreia na lona. Sábado, 16 de fevereiro, Jão apresenta músicas do seu primeiro disco ‘Lobos’ e mostra porque virou um fenômeno dentro e fora da internet.
Natural de Américo Brasiliense, no interior de São Paulo, Jão foi descoberto na internet e logo começou a produzir o próprio repertório e jogar na rede. Em junho do ano passado, ele desbancou nomes como Baco Exu do  Blues e IZA ao ganhar o Prêmio MTV Miaw e, dois meses depois, lançou “Lobos”, seu primeiro álbum, que nasceu após o enorme sucesso dos primeiros singles “Imaturo” e “Vou Morrer Sozinho”.
Nesse début no Circo, ele traz uma nova fase da turnê ‘Lobos’, a ‘Lobos 2.0’, em que junta seus hits com músicas nunca antes mostradas ao vivo como  ‘Fim do Mundo’.

                        Fundição Progresso
Blcoo do Silva,sexta, dia 15, às 22h. 70 a meia e 140 a inteira.

Orquestrando a Lapa,com Alceu Valença,Maestro Spok e Orquestra Voadora, sábado,dia 16, às 22h. De 60 a 300 reais.


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