[Resenha] O Último Suspiro
Sinopse: “Ele é o encontro perfeito. Ela é sua próxima vítima.”Quando o corpo torturado de uma jovem é encontrado em uma lixeira, com os olhos inchados e as roupas encharcadas de sangue, a Detetive Erika Foster é uma das primeiras a chegar na cena do crime. O problema é que, desta vez, o caso não é dela.Enquanto luta para garantir seu lugar na equipe de investigação, Erika rapidamente encontra uma ligação desse assassinato com um crime não solucionado de uma jovem quatro meses antes. Jogadas em um local semelhante, as duas mulheres têm feridas idênticas e uma incisão fatal na artéria femoral.Procurando suas vítimas nas redes sociais a partir de um perfil falso, o assassino ataca jovens bonitas escolhidas aleatoriamente.Então, uma outra garota é sequestrada… Erika e sua equipe têm que chegar antes que ela se torne a próxima vítima. Mas como a Detetive Foster pegará um assassino que parece não existir?Eletrizante, tenso e impossível de largar, O último suspiro fará você correr para a última página.
O que eu achei?
A Detetive Inspetora Chefe Erika Foster retorna para mais uma investigação
que ira tira o descanso dela e de todos ao seu redor em “O Último Suspiro”, de
Robert Bryndza. Nessa nova investigação, um homem escolhe suas vítimas através de
um perfil falso em uma rede social, e abandona os corpos em latões de lixo pela
cidade.
A relação que tenho com a escrita de Bryndza é de amor e ódio, já que a
forma como ele escreve e mantem a atmosfera de seus livros e suas história, tal
como constrói suas personagens, oscila muito, não somente de um livro para o
outro, mas também no desenvolvimento individual dos títulos.
Apesar de ter se mostrado ainda um pouco imaturo na criação de diálogos,
Bryndza se mostrou muito mais coeso nesse novo título. As personagens estão muito
mais complexas e com um leque emocional muito mais amplo, sendo isto explorado
de forma mais interessante. Como sempre, temos três núcleos: investigação,
assassino e vítimas. E todos eles estão muito bem conectados, trabalhando com
muito mais eficácia tanto as relações intrapessoais quanto interpessoais.
A história pesa bem mais no drama do que nos títulos anteriores,
principalmente com a nossa protagonista Erika Foster. Aqui a encontramos muito
mais vulnerável e emotiva, mas sem perder sua impetuosidade e destreza. Ela
está mais aberta e humana, e não somente a máquina incontrolável que ela era, o
que deu a história contornos muito mais interessantes d que apenas a caça a um
assassino. E, além disso, foi interessante ver a evolução de Foster não somente
como investigadora, mas como pessoa, superando traumas pessoais pesadíssimos.
A investigação soube montar uma atmosfera crescente de tensão, principalmente
por nos deixar quase às cegas quanto às motivos e inspirações para seus crimes.
Tudo foi criado de forma meio gótica, com um senso de humor meio ácido, o que
torna a personalidade do assassino muito mais assustadora. O desenrolar da investigação
em alguns momentos pecou em criar expectativas, mas o final compensou muito
essas pequenas falhas.
“O Último Suspiro” trás novidades incríveis para o elenco de
personagens, com perdas e ganhos nesse meio, uma história hipnotizantes e uma
crítica muito interessante às redes sociais e como usamos dela para divulgarmos
nossa vida – e como isso pode ser usado contra nós, da pior forma possível. Será que nas redes sociais, todos realmente são
quem dizer ser?
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