[Resenha] Operação Miami
Sinopse: Toda semana, centenas de milhões de dólares em dinheiro chegam no Aeroporto Internacional de Miami, enviados por bancos alemães para a reserva federal. Um grupo seleto de trabalhadores pegas as malas na alfândega e leva até carros-forte. Ruban Betancourt sempre seguiu as regras. Mas depois que o banco tomou sua casa e seu restaurante, ele chegou ao limite. Betancourt e sua esposa merecem mais do que a vida os oferece, fazendo com que ele engendre um plano arriscado para conquistar coisas melhores. Com a ajuda de um funcionário do aeroporto, ele e seu cunhado, Jeffrey, junto com dos ex-presidiários, surpreendem os carros-forte e fogem com US$ 7,4 milhões. O agente do FBI Andie Henning é designado para investigar o roubo, depois de ser transferido de Seattle para Miami, seguindo o velho ditado siga o dinheiro . O vício de drogas de Jeffrey o leva a uma boate de strippers em Gold Rush. Um dos ex-presidiários, Pinky Perez, não esconde de ninguém sua ambição de construir seu próprio clube de swinge. Por outro lado, certinho Ruban está desesperado para não dar nenhuma pista do roubo. Mas o agente Hening não é o único na cola desses bandidos. No meio do caos de Miami, esses ladrões acidentais se veem em uma situação inesperada... Correndo o risco de serem pegos rapidamente.
O que eu achei?
“Operação Miami” foi a minha primeira experiência com a escrita de James Grippando, e me surpreendeu demais a forma como ele construiu toda a narrativa, costurou os acontecimentos e plantou os plot-twists.
A história nos dá dois pontos de vista: a dos criminosos, um grupo amador que decide roubar o carregamento de dinheiro de um avião, e o da polícia que investiga o caso. São dois núcleos bem distintos, que por muito tempo parecem não se ligar em nada, mas que se encontram de maneira bem intrigante.
A escrita de Grippando começou um pouco devagar, mas foi interessante de acompanhar. Ele sabe criar bem suas personagens, principalmente o núcleo do roubo. Há nessa parte um certo tom de humor ácido, sarcástico e trágico, já que são criminosos amadores que se encontram com uma grande quantia de dinheiro e precisam se manter longe dos holofotes na questão de esbanjar. Essa parte da história é bem rica, e é a mais complexa e bem estruturada, além de muito mais enérgica e interessante. Não acompanhamos somente o roubo e as consequências disso, mas como os envolvidos são de uma mesma família, somos levados para o passado de todos eles, inclusive aqueles que nada têm a ver com o roubo. Sabemos dos traumas, perdas, dores e amores de cada um, e ainda os motivos que os levaram ao roubo.
O núcleo investigativo já é um pouco menos interessante. As personagens, no início, prometem uma atmosfera diferente, que mescla o divertido e o profissional da área, mas falha em manter uma tensão ou criar uma conexão – conexão que é quase instantânea com o outro núcleo.
A história também tem um desenvolvimento muito interessante. Há todo o instante descobrimos algo novo e completamente surpreendente. Laços antigos e mentiras guardadas a sete chaves vão surgindo e vão dando formas à história que jamais seríamos capazes de imaginar. Vemos como os planos foram formados, como cada um lida com sua parcela de culpa e de ganhos; vemos laços de confiança sendo desfeitos, e segredos macabros surgindo – alguns inimagináveis até que estourem diante de nossos olhos.
É interessante também notar que há, nos protagonistas de ambos os núcleos, uma parcela humana em suas personalidades. Não são o que são e acabou. São complexos, quase que seguindo uma ideia de causa-e-efeito para suas atitudes. Uma mistura de “os fins justificam os meios” com “oops”.
“Operação Miami” foi realmente uma leitura intrigante e eletrizante, cheia de maquinações, mentira, jogos de poder e tudo o que faz de um thriller uma boa história. A tensão e as jogadas de todas – eu disse TODAS – as personagens são geniais, e duvido que você não de queixo caído com as reviravoltas dessa história.
“Operação Miami” foi a minha primeira experiência com a escrita de James Grippando, e me surpreendeu demais a forma como ele construiu toda a narrativa, costurou os acontecimentos e plantou os plot-twists.
A história nos dá dois pontos de vista: a dos criminosos, um grupo amador que decide roubar o carregamento de dinheiro de um avião, e o da polícia que investiga o caso. São dois núcleos bem distintos, que por muito tempo parecem não se ligar em nada, mas que se encontram de maneira bem intrigante.
A escrita de Grippando começou um pouco devagar, mas foi interessante de acompanhar. Ele sabe criar bem suas personagens, principalmente o núcleo do roubo. Há nessa parte um certo tom de humor ácido, sarcástico e trágico, já que são criminosos amadores que se encontram com uma grande quantia de dinheiro e precisam se manter longe dos holofotes na questão de esbanjar. Essa parte da história é bem rica, e é a mais complexa e bem estruturada, além de muito mais enérgica e interessante. Não acompanhamos somente o roubo e as consequências disso, mas como os envolvidos são de uma mesma família, somos levados para o passado de todos eles, inclusive aqueles que nada têm a ver com o roubo. Sabemos dos traumas, perdas, dores e amores de cada um, e ainda os motivos que os levaram ao roubo.
O núcleo investigativo já é um pouco menos interessante. As personagens, no início, prometem uma atmosfera diferente, que mescla o divertido e o profissional da área, mas falha em manter uma tensão ou criar uma conexão – conexão que é quase instantânea com o outro núcleo.
A história também tem um desenvolvimento muito interessante. Há todo o instante descobrimos algo novo e completamente surpreendente. Laços antigos e mentiras guardadas a sete chaves vão surgindo e vão dando formas à história que jamais seríamos capazes de imaginar. Vemos como os planos foram formados, como cada um lida com sua parcela de culpa e de ganhos; vemos laços de confiança sendo desfeitos, e segredos macabros surgindo – alguns inimagináveis até que estourem diante de nossos olhos.
É interessante também notar que há, nos protagonistas de ambos os núcleos, uma parcela humana em suas personalidades. Não são o que são e acabou. São complexos, quase que seguindo uma ideia de causa-e-efeito para suas atitudes. Uma mistura de “os fins justificam os meios” com “oops”.
“Operação Miami” foi realmente uma leitura intrigante e eletrizante, cheia de maquinações, mentira, jogos de poder e tudo o que faz de um thriller uma boa história. A tensão e as jogadas de todas – eu disse TODAS – as personagens são geniais, e duvido que você não de queixo caído com as reviravoltas dessa história.
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