[Resenha] Rumo ao Sul
Sinopse: Ao sul dos Estados Unidos, numa pequena cidade do Tennessee, o pastor Asher Sharp tem de encarar o seu próprio passado após uma das mais violentas enchentes que aquelas terras já enfrentaram.Então um casal gay pede abrigo ao pastor após ajuda-lo no socorro a outras pessoas, mas perderam tudo na inundação. Asher se vê diante de um dilema, quer abrigar os dois homens mas encara a recusa de sua esposa. Um fato que vai trazer à tona histórias enterradas de sua própria vida, da rejeição ao seu irmão, que era também seu melhor amigo.Algo que o faz questionar todos os valores daquela comunidade e tomar atitudes de ruptura, que desencadeiam uma série de outros eventos. Decidido a encontrar o irmão de quem ele se afastou e nem sabe o paradeiro, desejando salvar o filho de um ambiente asfixiante, ele parte numa viagem rumo ao sul. Um percurso em que toda a sua história é passada a limpo, em meio a belas paisagens, novas amizades e descobrindo um mundo imenso, muito diferente do seu, algo que pôde ensiná-lo sobre as coisas mais profundas da vida.
O que achei?
Rumo ao Sul é um livro que fala de uma maneira envolvente sobre família, sobre questionamentos de formas antigas e enraizadas de pensar, sobre preconceitos motivados por intolerância religiosa, sobre encontrar a si mesmo nas situações mais difíceis, sobre perdão e sobre a difícil decisão de romper com tudo aquilo que se sempre conheceu para achar sua própria verdade e caminho.
Silas House criou uma história com personagens complexos envolventes, com histórias de vida idem e que amadurecem ao decorrer da história. Os personagens são também introspectivos, como se pode ver na forma como o autor mostra suas respectivas rotinas e pensamentos. O amor paterno que Asher sente por Justin é tão grande e incondicional que é impossível não se ter empatia e até mesmo torcer por ele, mesmo sabendo que o que ele fez é errado.
O autor trata de temas polêmicos como homossexualidade e a forma como igrejas mais conservadoras a enxerga, mas de forma sutil, reflexiva e comovente. Até mesmo os personagens que apresentam comportamentos preconceituosos e intolerantes são mostrados sem julgamentos pré-concebidos e o autor mostra o contexto geral que os levaram a ter essa visão de mundo.
Um dos destaques vai para a descrição das paisagens da cidade natal de Asher, dos lugares que Asher e Justin passam durante a viagem para a Flórida e de Key West, mostrando de forma introspectiva e bucólica a contradição entre esses dois lugares.
Esse livro se mostra necessário em meio ao cenário em que vivemos, onde a intolerância e preconceito de vários tipos, principalmente os motivados por conservadorismo religioso, se tornam cada vez mais comuns e institucionalizados.
Rumo ao Sul é um livro que fala de uma maneira envolvente sobre família, sobre questionamentos de formas antigas e enraizadas de pensar, sobre preconceitos motivados por intolerância religiosa, sobre encontrar a si mesmo nas situações mais difíceis, sobre perdão e sobre a difícil decisão de romper com tudo aquilo que se sempre conheceu para achar sua própria verdade e caminho.
Silas House criou uma história com personagens complexos envolventes, com histórias de vida idem e que amadurecem ao decorrer da história. Os personagens são também introspectivos, como se pode ver na forma como o autor mostra suas respectivas rotinas e pensamentos. O amor paterno que Asher sente por Justin é tão grande e incondicional que é impossível não se ter empatia e até mesmo torcer por ele, mesmo sabendo que o que ele fez é errado.
O autor trata de temas polêmicos como homossexualidade e a forma como igrejas mais conservadoras a enxerga, mas de forma sutil, reflexiva e comovente. Até mesmo os personagens que apresentam comportamentos preconceituosos e intolerantes são mostrados sem julgamentos pré-concebidos e o autor mostra o contexto geral que os levaram a ter essa visão de mundo.
Um dos destaques vai para a descrição das paisagens da cidade natal de Asher, dos lugares que Asher e Justin passam durante a viagem para a Flórida e de Key West, mostrando de forma introspectiva e bucólica a contradição entre esses dois lugares.
Esse livro se mostra necessário em meio ao cenário em que vivemos, onde a intolerância e preconceito de vários tipos, principalmente os motivados por conservadorismo religioso, se tornam cada vez mais comuns e institucionalizados.
Escrito por Michelle Araújo Silva
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