[News] ¨A sombra do pai¨ tem sessão seguida de debate no Rio de Janeiro
“A SOMBRA DO PAI”, escrito e dirigido por Gabriela Amaral
Almeida (O Animal Cordial), terá sessão especial seguida de debate, dia 2 de
maio (quinta-feira), às 19h30, no Estação NET Rio. Participarão do bate-papo a
cineasta, o protagonista do filme Julio Machado e o produtor Rodrigo Sarti. Os
ingressos estão à venda na bilheteria do cinema ou pelo site
www.ingresso.com.
Gabriela trabalha neste roteiro, que seria seu primeiro
filme, há anos. “‘A SOMBRA DO PAI’ caminhou lado a lado às minhas descobertas
como artista. Acompanhou meus curtas e os roteiros que escrevi para outros
diretores. É um texto que reflete este caminho, de forma intuitiva, e que está
muito próximo de minha autodescoberta como escritora e diretora. É um filme
especial e bastante íntimo”, explica a cineasta.
Protagonizado por Julio Machado (Joaquim) e Nina Medeiros (As
Boas Maneiras), “A SOMBRA DO PAI” conta a história de Dalva, uma menina de nove
anos às voltas com o silêncio do pai, o pedreiro Jorge (Machado), que fica mais
triste após perder o melhor amigo em um acidente. A irmã de Jorge, Cristina
(Luciana Paes, de O Animal Cordial), administrava a vida de pai e filha desde a
morte da mãe da menina, há três anos. Quando Cristina deixa a casa do irmão
para se casar, Jorge e Dalva precisam enfrentar a distância que os separa.
Fã de filmes de terror, Dalva acredita ter poderes
sobrenaturais e ser capaz de trazer a mãe de volta à vida. À medida que Jorge
se torna cada vez mais ausente – e eventualmente perigoso –, resta a Dalva a
esperança de que sim, sua mãe há de voltar.
A diretora comenta a representatividade do personagem de
Machado: “O personagem Jorge é o lixo tóxico de um sociedade hiper-capitalista
e cruel. Ele é vítima e algoz de quem lhe é imediatamente mais fraco - no caso,
a filha. É também o subproduto de nossa sociedade patriarcal. O arquétipo do
homem forte, viril, apolíneo - mas que, por dentro, está desmoronando pelo
simples fato de não saber amar, cuidar, chorar, pedir ajuda, ou seja, por não
saber fazer absolutamente nada que o coloque numa suposta condição de
‘fragilidade’. O monte de músculos e força que ele aparenta ser contrasta com a
pilha de medos, angústias e incertezas que ele realmente é”.
“A SOMBRA DO PAI” aborda as consequências da inversão de
papéis entre um pai e uma filha, que enfrentam uma situação de exceção, por
meio de uma narração realista, com toques de horror e fantasia, marcas
registradas da diretora. A fantasia
permeia todos os trabalhos de Gabriela, que a utiliza como “materialização dos
dramas internos dos personagens”. Para ela, este é “um signo do que os
personagens sentem e, na maior parte das vezes, não conseguem expressar - eles
sequer são conscientes desses dramas. O monstro surge porque nos recusamos a
enfrentá-lo quando ele ainda é uma larva. Ele cresce e se torna maior que nossa
própria consciência. É este o mecanismo que me interessa na construção do
fantástico, do horror, do terror e derivados”.
Para a escolha dos atores, a diretora contou com o apoio da
produtora de elenco Alice Wolferson e do preparador de elenco Tomás Decina.
“Testamos mais de 300 crianças para chegarmos à Nina Medeiros e à Clara Moura,
que chamaram nossa atenção pela energia concentrada durante as improvisações”,
lembra Gabriela. “Julio Machado também foi uma indicação da Alice e me ganhou
no primeiro encontro. Já Luciana Paes é minha parceira de anos; a personagem
Cristina foi escrita para ela”, completa.
“A SOMBRA DO PAI” é uma produção da Acere, em coprodução com
a RT Features e tem distribuição no Brasil da Pandora Filmes.
SERVIÇO
Sessão de “A SOMBRA DO PAI”, seguida de debate
Local: Estação NET Rio - R. Voluntários da Pátria, 35 -
Botafogo
Data: 2 de maio (quinta-feira)
Horário: 19h30
Preço: R$37,00 (inteira) / R$18,50 (meia)
Ingressos à venda na bilheteria do cinema ou pelo
www.ingresso.com
SINOPSE
O filme conta a história de um pai e uma filha que não
conseguem se comunicar. Órfã de mãe, Dalva, 9 anos, vê o seu pai, o pedreiro
Jorge, ser consumido pela tristeza após perder o melhor amigo. Dalva acredita
ter poderes sobrenaturais e ser capaz de trazer a mãe de volta à vida. À medida
que Jorge se torna mais ausente, e eventualmente perigoso, resta a Dalva a
esperança de que sua mãe há de voltar.
FICHA TÉCNICA
Direção e roteiro: Gabriela Amaral Almeida
Argumento: Gabriela Amaral Almeida
Elenco: Júlio Machado, Nina Medeiros, Luciana Paes
Produção: Acere
Coprodução: RT Features
Produção: Rodrigo Sarti Werthein, Rune Tavares e Rodrigo
Teixeira
Produção Executiva: Rodrigo Sarti Werthein e Rune
Tavares
Direção de Fotografia: Bárbara Álvarez
Direção de Arte: Valdy Lopes Jn.
Montador: Karen Akerman
Trilha Sonora: Rafael Cavalcanti
Idioma: Português
Gênero: Drama / Fantasia / Horror
Ano: 2018
País: Brasil
Classificação: 16 anos
SOBRE A DIRETORA
A SOMBRA DO PAI é o segundo projeto de longa-metragem de
Gabriela Amaral Almeida, e estreia em Festivais quase simultaneamente à estreia
comercial de seu primeiro filme, O ANIMAL CORDIAL (em cartaz nos cinemas
brasileiros a partir do dia 9 de agosto). Diretora, roteirista e dramaturga,
Gabriela é Mestre em literatura e cinema de horror pela UFBA (Brasil) com
especialização em roteiro pela Escuela Internacional de Cine y TV (EICTV) de
Cuba. Escreveu (e escreve) para outros diretores, como Walter Salles, Cao
Hamburger e Sérgio Machado. Como diretora, realizou os curtas “Náufragos”
(2010, co-dirigido com Matheus Rocha), “Uma Primavera” (2011), “A Mão que
Afaga” (2012), “Terno” (2013, co-dirigido com Luana Demange) e “Estátua”
(2014). O conjunto de seus curtas foi selecionado para mais de cem festivais
nacionais e internacionais, tais como o Festival de Cinema de Brasília, o
Festival Internacional de Cinema de Roterdã, o Festival de Curtas de Nova York,
dentre outros.
São destaque os prêmios recebidos por algumas destas obras,
como os prêmios de melhor roteiro, melhor atriz (para Luciana Paes) e prêmio da
crítica no 45o Festival de Cinema de Brasília para “A Mão que Afaga”, e os
prêmios de melhor atriz (para Maeve Jinkings) e melhor roteiro para “Estátua!”,
no mesmo festival, dois anos depois. Com o seu projeto de longa-metragem “A
Sombra do Pai”, foi selecionada para os laboratórios de Roteiro, Direção e
Música e Desenho de Som do Sundance Institute. O projeto contou com a
assessoria de Quentin Tarantino (“Pulp Fiction”), Marjane Satrapi
(“Persépolis”), Robert Redford (“Butch Cassidy and the Sundance Kid”), dentre
outros.
Seu mais recente trabalho como roteirista foi para o
média-metragem “A Terra Treme”, drama ambientado na tragédia ambiental ocorrida
em Mariana, Minas Gerais. Dirigido por Walter Salles, o curta integra uma
antologia composta por cinco curtas, dirigidos por outros quatro diretores além
de Salles: Aleksey Ferdochenko (Rússia), Madhur Bhandarkar (Índia), Jahmil X.T.
Qubeka (África do Sul) e Jia Zhangke (China). O filme coletivo estreia no
Festival de cinema BRICS, em Chengdu, na China, em junho deste ano (2017).
Atualmente, trabalha no desenvolvimento de seu próximo
longa-metragem, uma fábula de exorcismo (ainda sem título), a ser produzida
também pela RT Features. Nos Estados Unidos, é agenciada pela WME.
SOBRE A ACERE
A ACERE é uma produtora audiovisual, fundada em 2007, focada
na criação e desenvolvimento de conteúdos originais. Em 2016 a produtora lançou
o longa “Entre idas e vindas” de José Eduardo Belmonte, com Ingrid Guimarães,
Fabio Assunção e Alice Braga. Em 2017, a produtora finalizou a produção do
longa “A Sombra do Pai”, de Gabriela Amaral Almeida, com lançamento comercial
programado para o primeiro semestre de 2019. Também em 2017 estrutura-se seu
Núcleo Criativo com parcerias artísticas com realizadores e autores como José
Eduardo Belmonte, Pablo Stoll, Luiz Eduardo Soares, Ismail Xavier, Aarón
Fernandez, Pedro Freire, Marcos Faustini, Jorge Saad Jafet, Maíra Bühler.,
entre outros. Em 2018, a produtora está em produção do longa "O Homem
Cordial" de Iberê Carvalho com Paulo Miklos e Thaíde no elenco. Para 2019
prepara-se para filmar, “A Fúria”, de Ruy Guerra, e “Os Bacaninhas”, produção
infanto-juvenil com direção de Alexandre Boury.
SOBRE A RT FEATURES
Fundada e dirigida por Rodrigo Teixeira, a RT Features é uma
produtora nacional e internacional de conteúdo cultural e entretenimento para
cinema e televisão, com base em São Paulo, Brasil, e escritório em Nova York,
nos EUA. Dentre outras produções, seu currículo conta com os longas-metragens O
Cheiro do Ralo (2006), O Abismo Prateado (2010), Tim Maia (2014), Alemão
(2014), O Silêncio do Céu (2016) e a série O Hipnotizador (para a HBO Latin
America em 2015).
No mercado internacional, a RT Features produziu os longas
Frances Ha (2013), Love is Strange (2014), Love (2015), Mistress America
(2015), A Bruxa (2016), Patti Cake$ (2017) e o indicado ao Oscar Call Me By
Your Name (2017). Em 2018 a RT Features produziu o novo filme de James Gray, Ad
Astra, e no Brasil os longas-metragens A Vida Invisível, de Karim Ainouz, ambos
com previsão de estreia em 2019.
Dedicada a trabalhar com jovens e talentosos diretores desde
a sua criação, a RT Features formou uma joint venture com a Sikelia
Productions, de Martin Scorsese, com o objetivo de produzir filmes de cineastas
emergentes em todo o mundo. O primeiro longa-metragem desta parceria, A
Ciambra, estreou na última edição da Quinzena dos Realizadores, e os próximos
estão em fase de produção.
SOBRE A PANDORA FILMES
A Pandora Filmes é uma distribuidora de filmes independentes,
atuante desde 1989. Voltada especialmente para o cinema de autor, a
distribuidora buscou, desde sua origem, ampliar os horizontes da distribuição
de filmes de arte no Brasil revelando nomes outrora desconhecidos no país, como
Kieślowski, Angelopoulos, Wong Kar-Wai e relançando clássicos memoráveis em
cópias restauradas, de diretores como Fellini, Bergman e Billy Wilder.
Paralelamente aos filmes internacionais, a Pandora Filmes
sempre atuou com o cinema brasileiro, lançando obras de diretores renomados e
também de novos talentos, como Gustavo Steimberg, Rodolfo Nanni, Rubens Rewald,
Ruy Guerra, Edgar Navarro, Sérgio Bianchi, Roberto Moreira, Beto Brant, Fernando
Meireles, Tata Amaral, entre outros. Dentro desse segmento, destaca-se o
recente “Que Horas Ela Volta”, de Anna Muylaert, um grande sucesso, visto no
cinema por mais de 500 mil espectadores.
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