[Crítica] Detetive Pikachu


Sinopse: 
Um jovem une forças com o detetive Pikachu para desvendar o mistério por trás do desaparecimento de seu pai. Perseguindo pistas pelas ruas de Ryme City, a dupla dinâmica logo descobre uma trama desonesta que representa uma ameaça ao universo Pokémon.

O que eu achei?

      Detetive Pikachu entrou em cartaz ontem, dividindo as salas de cinema com blockbuster Vingadores: Ultimato. O filme conta a história de Tim Goodman (Justice Smith), que, ao descobrir sobre a morte de seu pai, o detetive Harry Goodman, com quem não tem contato há anos, se vê obrigado a viajar para Ryme City para cuidar deste assunto. Lá, ele conhece Detetive Pikachu, com quem ele consegue se comunicar. A partir desta estranha conexão, os dois se unem para resolver o mistério a respeito da morte de Harry. O filme, que tinha potencial para ser a quintessência do cinema-espetáculo, infelizmente não entregou o que prometeu.
     Antes de escrever qualquer outra impressão a respeito do filme, gostaria de adicionar um detalhe que, talvez, tenha piorado a minha experiência: o filme foi exibido dublado na cabine. O que significa que eu não tive acesso a um dos maiores atrativos e uma das coisas que realmente vendeu o filme: a interpretação de Ryan Reynolds como a voz do Pikachu. Outra coisa que me incomodou profundamente foi a qualidade da dublagem. Não só das escolhas das vozes, como também a tradução do texto. Acredito que a tradução não deu conta de adaptar as piadas, o que resultou em um filme com pouquíssimos momentos realmente engraçados.
    O filme tem um ponto positivo que o torna tolerável: seus efeitos especiais extremamente convincentes. Especialmente o design do Pikachu, adorável e expressivo, que faz com que criemos uma espécie de afeto por este personagem. Há, também, uma série de easter eggs que faz com que o filme seja uma experiência nostálgica para aqueles que acompanhara o desenho animado durante a infância. Entretanto, o resultado final é um filme que propõe uma trama que a princípio poderia ser complexa e interessante, mas se perde em piadas fáceis, melodrama barato e uma resolução simples demais para crer que aquele era realmente o plano maligno de alguém.
   O que mais me entristece é a falta de uma boa direção, em especial nas cenas de ação. As batalhas Pokémon, que, no filme, são consideradas grandes eventos, parecem se perder no clichê e não trazer nada de novo em termos visuais. Especialmente na cena final, onde o caos instalado em Ryme City era o cenário perfeito para uma batalha épica entre Pikachu e o vilão do filme. Não acredito que o Rob Letterman, diretor de O Espanta Tubarões e Goosebumps, tenha sido uma decisão acertada para liderar esse filme. Como resultado dessa experiência, prefiro me apegar a um sentimento nostálgico, o que é, de certa forma, uma maneira de compensar a falta de predicados deste filme.

Trailer:


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