[News] Amanhã, dia 14 de maio, acontece no Rio de Janeiro sessão especial ¨Mormaço¨ seguida de debate
A sessão especial de “MORMAÇO”, seguida de
debate, que estava marcada para esta quarta-feira, foi antecipada para amanhã,
14/5. O evento, que será no Estação NET Rio, às 21h, terá o tema “Urbanismo
Carioca: existe um planejamento para o crescimento do Rio de Janeiro?”.
Participam do debate a diretora Marina Meliande, Lucas Faulhaber, arquiteto e
autor do livro “SMH 2016: Remoções no Rio de Janeiro Olímpico”, e Renato
Cosentino, que tem experiência na área de Comunicação Social, Direitos Humanos,
Educação Popular e Planejamento Urbano e Regional, com ênfase em Megaeventos
Esportivos e Movimentos Sociais.
“MORMAÇO”, primeiro
longa-metragem solo de Marina Meliande, foi rodado no Rio de Janeiro e por isso
os cariocas terão a oportunidade de conferir a produção no Estação NET Rio com
ingressos promocionais a R$12,00 (inteira) e R$6,00 (meia). Para o desconto,
que é válido apenas essa semana, é preciso baixar o cupom no Sympla:
http://bit.ly/promocaoMormaco e apresentar na bilheteria do cinema, no momento
da compra.
O filme teve estreia
mundial na competição oficial do Festival Internacional de Cinema de Roterdã e
foi exibido pela primeira vez no Brasil na mostra competitiva do Festival de
Gramado. Também passou pela mostra competitiva Novos Rumos, do Festival do Rio,
onde recebeu menção honrosa do júri, e esteve na 42ª edição da Mostra
Internacional de Cinema de São Paulo. Agora em abril, conquistou o prêmio da
crítica na 22ª edição do Festival de Cinema Luso-brasileiro como melhor filme.
“MORMAÇO” traz Ana
(Marina Provenzzano, de O Grande Circo Místico) como protagonista, no papel da
jovem defensora pública carioca que se divide entre seu trabalho na Vila
Autódromo, comunidade prestes a ser despejada por conta dos Jogos Olímpicos do
Rio, e uma doença misteriosa. O filme é dirigido por Marina Meliande e escrito
por ela com a colaboração de Felipe Bragança. A dupla já trabalhou junta em
outros projetos e assina a direção de longas como “A fuga da Mulher Gorila”,
que estreou no Festival de Locarno 2009, e “A Alegria”, que esteve na Quinzena
dos Realizadores, no Festival de Cannes 2010. Além de Marina Provenzzano, o
elenco conta com o Pedro Gracindo, neto de Paulo Gracindo e filho de Gracindo
Jr., Diego de Abreu, Analu Prestes, Igor Angelkorte e Sandra Souza.
A ideia de “MORMAÇO”
surgiu quando o Rio de Janeiro foi anunciado como a cidade que iria sediar as
Olimpíadas de 2016. Esse anúncio trouxe um misto de euforia e incômodo do que
essa decisão significava, “a notícia sobre as olimpíadas começou a ser
divulgada e comemorada na imprensa como algo que traria inúmeros benefícios
para o Rio, a cidade logo em seguida começou a se transformar rapidamente e a
se preparar para sediar o evento. E eu comecei a me incomodar muito sobre como
as decisões políticas em relação aos espaços públicos estavam sendo tomadas, e
consequentemente a relação com as comunidades. Eu não estava sendo tocada
diretamente por isso, mas eu sou carioca, vivo no Rio, tenho minha vida ligada
à cidade. Quis escrever sobre isso, fazer um filme sobre uma personagem que se
sente pouco à vontade no espaço onde viveu a vida toda, que está se sentindo
expulsa desse lugar e tivesse que se readaptar a esse espaço em transformação.
Assim, de alguma maneira, o corpo dessa personagem se transformasse junto com a
cidade, como uma forma de resistência, de doença ou um sinal a essa mudança.”,
explica a diretora e roteirista.
Durante o trabalho
de pesquisa para “MORMAÇO” Marina Meliande tomou conhecimento da Vila
Autódromo, uma comunidade localizada em frente a onde seria construído o Parque
Olímpico, cercada pela Barra da Tijuca e que despertava interesse comerciais da
especulação imobiliária do Rio de Janeiro. Por conta disso, a Vila Autódromo
foi incluída como moeda de troca na negociação do prefeito com as construtoras
responsáveis pelo projeto do Parque Olímpico, para que ficassem com esse
terreno. Porém a Vila Autódromo tinha dono e os moradores eram uma comunidade
legalizada, que não podia ser removida de uma hora para outra. Imediatamente
Marina incorporou o local à sua história: “quando eu cheguei lá parecia um
cenário pós-apocalíptico, tinham algumas casas completamente destruídas e
outras ainda em pé, uma associação de moradores muito forte, organizada e
consciente do que eles podiam fazer para lutar pelos seus direitos de moradia e
eu fiquei fascinada pelo encontro com essas pessoas. Tinham lideranças
femininas muito fortes, uma delas é a Sandra, que virou uma das atrizes do
filme fazendo a personagem Domingas”, comenta Marina. Para a diretora, “a Vila
Autódromo era a síntese de tudo o que estávamos passando naquela época: ruína e
resistência, com mulheres fortes e corajosas na liderança de uma determinação
superimportante”. A Vila Autódromo, que é a única comunidade da história das Olimpíadas
que conseguiu resistir aos processos de remoções, pois algumas famílias
permanecem morando no bairro nos dias de hoje, passou a ter um espaço de
narrativa muito importante no roteiro de “MORMAÇO”.
Além de toda a
questão política, “MORMAÇO” usa traços do cinema fantástico e de filmes de
horror para abordar esse momento de extrema opressão, mas também de
resistência, que o país vive desde então. O filme fala sobre corpos que
resistem a sistemas opressivos e intolerantes e como os corpos se transformam
de forma poética.
“MORMAÇO” é uma
produção da Duas Mariolas e Enquadramento Produções e foi desenvolvido com o
suporte da Résidence da Cinefondation, promovida pelo Festival de Cannes, e do
Hubert Bals Fund, promovido pelo Festival de Roterdã. Além disso, o projeto foi
o vencedor do Brasil CineMundi, da Mostra CineBH, e foi realizado com recursos
do Fundo Setorial do Audiovisual, na linha dedicada a longas-metragens com
propostas de linguagem inovadora e relevância artística.
SERVIÇO
Sessão especial de
“MORMAÇO”, seguida de debate
Local: Estação NET
Rio – Rua Voluntários da Pátria, 35 – Botafogo
“Urbanismo Carioca:
existe um planejamento para o crescimento do Rio de Janeiro?”
Debatedores: Marina
Meliande, Lucas Faulhaber e Renato Constatino
Data: 14 de maio
(terça-feira)
Horário: 21h
Evento no Facebook:
https://www.facebook.com/events/1239148579583132/
Preço promocional:
R$12,00 (inteira) / R$6,00 (meia)
Para ter direito ao
desconto, é preciso baixar o cupom em http://bit.ly/promocaoMormaco e
apresentar na bilheteria do cinema, no momento da compra.
Sinopse:
Rio de Janeiro,
2016. O verão mais quente da história. A cidade está se preparando para os
Jogos Olímpicos. Ana, uma defensora pública de 32 anos, trabalha na defesa de
uma comunidade ameaçada de remoção pelas obras do Parque Olímpico. Enquanto
isso, misteriosas manchas roxas, similares a fungos, aparecem em seu corpo.
Coisas estranhas começam a acontecer na cidade e no corpo de Ana. A temperatura
sobe, criando uma atmosfera úmida e sufocante. O mormaço acumula, abrindo
caminho para uma forte chuva.
FICHA TÉCNICA
Direção - Marina
Meliande
Roteiro - Felipe
Bragança e Marina Meliande
Produção - Leonardo
Mecchi
Empresas Produtoras
- Duas Mariola Filmes e Enquadramento Produções
Direção de
Fotografia - Glauco Firpo
Som - Valéria
Ferro
Direção de Arte -
Dina Salem Levy
Figurino - Gabriela
Campos
Maquiagem - Mari
Figueiredo
Desenho de Som e
Música Original – Edson Secco
Elenco - Marina
Provenzzano, Pedro Gracindo, Diego de Abreu, Analu Prestes, Igor
Angelkorte, Sandra Souza, Jéssica
Barbosa
SOBRE A
DIRETORA
Marina Meliande
nasceu em 1980 no Rio de Janeiro, Brasil. Cineasta e montadora formada pela
Universidade Federal Fluminense, dirigiu, em parceria com Felipe Bragança,
alguns filmes exibidos em festivais internacionais: dois curtas, Por Dentro de
uma Gota D’água e O Nome dele (o clóvis), além da Trilogia Coração no Fogo,
composta pelos longas A Fuga da Mulher Gorila, lançado no Festival de Locarno
2009; A Alegria – lançado na Quinzena dos Realizadores, Festival de Cannes
2010; Desassossego, filme das maravilhas - filme coletivo, lançado no Festival
de Roterdã em 2011. Nos anos de 2007 a 2009, Marina foi artista residente do
Centro de Arte Contemporânea Le Fresnoy (França), onde realizou duas
videoinstalações: Lettres au Vieux Monde e L’Image qui reste. Como montadora,
trabalhou em mais de 40 filmes, entre eles, Girimunho e Histórias que só existem
quando lembradas, Olmo e a Gaivota, Pendular. Atualmente, lança seu primeiro
longa-metragem com direção solo Mormaço, realizado com o apoio da Résidence da
Cinefondation, promovida pelo Festival de Cannes, e do Hubert Bals Fund, do
Festival de Roterdã.
SOBRE AS
PRODUTORAS
DUAS MARIOLA
DUAS MARIOLA é uma
produtora carioca formada em 2006, por cineastas premiados em festivais
nacionais e internacionais que pretende se tornar um pequeno polo de reunião e
realização cinematográfica, em colaboração com outros realizadores e produtores
em busca de alternativas criativas ao modelo de produção do audiovisual no
Brasil, assim como de propostas cuja ousadia parta de um mesmo ponto em comum e
irrevogável: o entusiasmo pelos filmes e pelo cinema.
Nos últimos anos se
dedicou à produção de Mostras Cinematográficas e à produção de filmes. Realizou
alguns longas metragens com grande repercussão internacional, entre eles: “A
fuga da Mulher Gorila”, direção de Felipe Bragança e Marina Meliande, com
estreia no Festival de Locarno 2009; “A Alegria”, direção de Felipe Bragança e
Marina Meliande, com estreia na Quinzena dos Realizadores, no Festival de
Cannes 2010; “Desassossego”, filme de direção coletiva, com estreia no Festival
de Rotterdam em 2011, “A Morte de J.P. Cuenca”, filme híbrido com direção de
João Paulo Cuenca com estreia na competição do CPH DOX 2015, “Não Devore Meu
Coração”, filme de Felipe Bragança exibido na competição do Festival de
Sundance 2017 e Festival de Berlim 2017, “Mormaço”, filme de Marina Meliande
com estreia mundial na Competição do Festival de Roterdã 2018. Atualmente
finaliza o filme “Um Animal Amarelo” direção de Felipe Bragança e coprodução
com a produtora portuguesa O Som e a Fúria.
Além dos longas, a
Duas Mariola também produziu cerca de 10 curtas-metragens com presença em
festivais como CANNES, VENEZA, BERLIM e OBERHAUSEN, entre outros.
ENQUADRAMENTO
PRODUÇÕES
Enquadramento
Produções é uma produtora brasileira de filmes independentes, com sede em São
Paulo, focada no desenvolvimento e produção de projetos culturais e
cinematográficos, principalmente primeiro e segundo longas-metragens de
cineastas promissores. Entre suas produções estão trabalhos selecionados para
importantes festivais nacionais e internacionais, como Cannes, Roterdã,
Viennale, FidMarseille, BAFICI, Tiradentes e Gramado.
Entre as produções
atuais estão o recém-lançado Los Silencios, de Beatriz Seigner (Festival de
Cannes - Quinzena do Diretor, uma coprodução Brasil-França-Colômbia) e Mormaço,
de Marina Meliande (Festival de Roterdã e Toulouse); A Morte Habita à Noite, de
Eduardo Morotó (em pós-produção, Cinéma en Développement); e A Febre, de Maya
Da-Rin (atualmente em finalização, coprodução Brasil-França-Alemanha que
participou do TFL's Script & Pitch e FrameWork, e contou com apoios do Aide
aux Cinémas du Monde, World Cinema Fund, Hubert Bals Fund e TFL’s Coproduction
Award).
Seu sócio
majoritário, Leonardo Mecchi, trabalhou nos últimos 10 anos como produtor de
longas-metragens como Obra, de Gregório Graziosi (Roma, Toronto e Prêmio da
Crítica no Festival do Rio); Super Nada, de Rubens Rewald (Melhor Filme no
Festival do Rio e Melhor Ator no Festival de Gramado); e Quebradeiras, de
Evaldo Mocarzel (Melhor Documentário do Festival de Toulouse e Melhor Diretor,
Diretor de Fotografia e Som no Festival de Brasília). Atua também como curador,
júri e produtor de mostras e festivais. É também produtor associado do
documentário O Processo, de Maria Augusta Ramos (Festival de Berlim 2018).
Sobre a Vitrine
Filmes
Em nove anos, a
Vitrine Filmes distribuiu mais de 130 filmes. Entre seus maiores sucessos estão
"Aquarius" e "O Som ao Redor", de Kleber Mendonça Filho,
"Hoje Eu Quero Voltar Sozinho", de Daniel Ribeiro e o americano
"Frances Ha", dirigido por Noah Baumbach, indicado ao Globo de Ouro.
Mais recentemente a distribuidora lançou "O Filme da Minha Vida",
terceiro longa como diretor de Selton Mello, e "Divinas Divas",
dirigido por Leandra Leal, o documentário mais visto no ano.
No ano passado,
alguns dos mais importantes lançamentos da Vitrine foram "O
Processo", de Maria Augusta Ramos, que entrou para a lista dos 10
documentários mais vistos da história do cinema nacional, "Benzinho",
dirigido por Gustavo Pizzi e protagonizado por Karine Teles, exibido no Festival
de Sundance e “Uma Noite de 12 Anos”, exibido no Festival de Veneza.
Em 2019 a Vitrine
Filmes exibe em sessões especiais nos cinemas brasileiros o filme
"Roma", dirigido por Alfonso Cuarón, vencedor de três Oscars e dois
Globos de Ouro. Entre os lançamentos do ano estão “Divino Amor”, dirigido por
Gabriel Mascaro e com Dira Paes no elenco, “Bacurau”, novo filme do diretor
Kleber Mendonça Filho, com Sonia Braga, Karine Teles, Udo Kier e Silvero
Pereira e "Pedro" novo longa da diretora Laís Bodanzky, produzido e
protagonizado por Cauã Reymond.
Além disso a Vitrine
Filmes segue pelo terceiro ano consecutivo com o projeto de distribuição
coletiva de filmes independentes, que neste ano passou por modificações e segue
com o nome Sessão Vitrine, lançando um longa por mês em mais de 25 cidades do
Brasil.
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