[News] ¨Mormaço , de Marina Meliande, tem ingressos a preços promocionais no Estação Net Rio
“MORMAÇO”, primeiro longa-metragem solo de Marina Meliande,
foi rodado no Rio de Janeiro e por isso os cariocas terão a oportunidade de
conferir a produção no Estação NET Rio com ingressos promocionais a R$12,00
(inteira) e R$6,00 (meia). Para o desconto, que é válido apenas até dia 27 de
maio, é preciso baixar o cupom no Sympla:
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O filme teve estreia mundial na competição oficial do
Festival Internacional de Cinema de Roterdã e foi exibido pela primeira vez no
Brasil na mostra competitiva do Festival de Gramado. Também passou pela mostra
competitiva Novos Rumos, do Festival do Rio, onde recebeu menção honrosa do
júri, e esteve na 42ª edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Agora
em abril, conquistou o prêmio da crítica na 22ª edição do Festival de Cinema
Luso-brasileiro como melhor filme.
“MORMAÇO” traz Ana (Marina Provenzzano, de O Grande Circo
Místico) como protagonista, no papel da jovem defensora pública carioca que se
divide entre seu trabalho na Vila Autódromo, comunidade prestes a ser despejada
por conta dos Jogos Olímpicos do Rio, e uma doença misteriosa. O filme é
dirigido por Marina Meliande e escrito por ela com a colaboração de Felipe
Bragança. A dupla já trabalhou junta em outros projetos e assina a direção de
longas como “A fuga da Mulher Gorila”, que estreou no Festival de Locarno 2009,
e “A Alegria”, que esteve na Quinzena dos Realizadores, no Festival de Cannes
2010. Além de Marina Provenzzano, o elenco conta com o Pedro Gracindo, neto de
Paulo Gracindo e filho de Gracindo Jr., Diego de Abreu, Analu Prestes, Igor
Angelkorte e Sandra Souza.
A ideia de “MORMAÇO” surgiu quando o Rio de Janeiro foi
anunciado como a cidade que iria sediar as Olimpíadas de 2016. Esse anúncio
trouxe um misto de euforia e incômodo do que essa decisão significava, “a
notícia sobre as olimpíadas começou a ser divulgada e comemorada na imprensa
como algo que traria inúmeros benefícios para o Rio, a cidade logo em seguida
começou a se transformar rapidamente e a se preparar para sediar o evento. E eu
comecei a me incomodar muito sobre como as decisões políticas em relação aos
espaços públicos estavam sendo tomadas, e consequentemente a relação com as
comunidades. Eu não estava sendo tocada diretamente por isso, mas eu sou
carioca, vivo no Rio, tenho minha vida ligada à cidade. Quis escrever sobre
isso, fazer um filme sobre uma personagem que se sente pouco à vontade no
espaço onde viveu a vida toda, que está se sentindo expulsa desse lugar e
tivesse que se readaptar a esse espaço em transformação. Assim, de alguma
maneira, o corpo dessa personagem se transformasse junto com a cidade, como uma
forma de resistência, de doença ou um sinal a essa mudança.”, explica a
diretora e roteirista.
Durante o trabalho de pesquisa para “MORMAÇO” Marina Meliande
tomou conhecimento da Vila Autódromo, uma comunidade localizada em frente a
onde seria construído o Parque Olímpico, cercada pela Barra da Tijuca e que
despertava interesse comerciais da especulação imobiliária do Rio de Janeiro.
Por conta disso, a Vila Autódromo foi incluída como moeda de troca na
negociação do prefeito com as construtoras responsáveis pelo projeto do Parque
Olímpico, para que ficassem com esse terreno. Porém a Vila Autódromo tinha dono
e os moradores eram uma comunidade legalizada, que não podia ser removida de
uma hora para outra. Imediatamente Marina incorporou o local à sua história:
“quando eu cheguei lá parecia um cenário pós-apocalíptico, tinham algumas casas
completamente destruídas e outras ainda em pé, uma associação de moradores
muito forte, organizada e consciente do que eles podiam fazer para lutar pelos
seus direitos de moradia e eu fiquei fascinada pelo encontro com essas pessoas.
Tinham lideranças femininas muito fortes, uma delas é a Sandra, que virou uma
das atrizes do filme fazendo a personagem Domingas”, comenta Marina. Para a
diretora, “a Vila Autódromo era a síntese de tudo o que estávamos passando
naquela época: ruína e resistência, com mulheres fortes e corajosas na
liderança de uma determinação superimportante”. A Vila Autódromo, que é a única
comunidade da história das Olimpíadas que conseguiu resistir aos processos de
remoções, pois algumas famílias permanecem morando no bairro nos dias de hoje,
passou a ter um espaço de narrativa muito importante no roteiro de
“MORMAÇO”.
Além de toda a questão política, “MORMAÇO” usa traços do
cinema fantástico e de filmes de horror para abordar esse momento de extrema
opressão, mas também de resistência, que o país vive desde então. O filme fala
sobre corpos que resistem a sistemas opressivos e intolerantes e como os corpos
se transformam de forma poética.
“MORMAÇO” é uma produção da Duas Mariolas e Enquadramento
Produções e foi desenvolvido com o suporte da Résidence da Cinefondation,
promovida pelo Festival de Cannes, e do Hubert Bals Fund, promovido pelo
Festival de Roterdã. Além disso, o projeto foi o vencedor do Brasil CineMundi,
da Mostra CineBH, e foi realizado com recursos do Fundo Setorial do
Audiovisual, na linha dedicada a longas-metragens com propostas de linguagem
inovadora e relevância artística.
Sinopse:
Rio de Janeiro, 2016. O verão mais quente da história. A
cidade está se preparando para os Jogos Olímpicos. Ana, uma defensora pública
de 32 anos, trabalha na defesa de uma comunidade ameaçada de remoção pelas
obras do Parque Olímpico. Enquanto isso, misteriosas manchas roxas, similares a
fungos, aparecem em seu corpo. Coisas estranhas começam a acontecer na cidade e
no corpo de Ana. A temperatura sobe, criando uma atmosfera úmida e sufocante. O
mormaço acumula, abrindo caminho para uma forte chuva.
FICHA TÉCNICA
Direção - Marina Meliande
Roteiro - Felipe Bragança e Marina Meliande
Produção - Leonardo Mecchi
Empresas Produtoras - Duas Mariola Filmes e Enquadramento
Produções
Direção de Fotografia - Glauco Firpo
Som - Valéria Ferro
Direção de Arte - Dina Salem Levy
Figurino - Gabriela Campos
Maquiagem - Mari Figueiredo
Desenho de Som e Música Original – Edson Secco
Elenco - Marina Provenzzano, Pedro Gracindo, Diego de Abreu,
Analu Prestes, Igor Angelkorte, Sandra
Souza, Jéssica Barbosa
SOBRE A DIRETORA
Marina Meliande nasceu em 1980 no Rio de Janeiro, Brasil.
Cineasta e montadora formada pela Universidade Federal Fluminense, dirigiu, em
parceria com Felipe Bragança, alguns filmes exibidos em festivais
internacionais: dois curtas, Por Dentro de uma Gota D’água e O Nome dele (o
clóvis), além da Trilogia Coração no Fogo, composta pelos longas A Fuga da
Mulher Gorila, lançado no Festival de Locarno 2009; A Alegria – lançado na
Quinzena dos Realizadores, Festival de Cannes 2010; Desassossego, filme das
maravilhas - filme coletivo, lançado no Festival de Roterdã em 2011. Nos anos
de 2007 a 2009, Marina foi artista residente do Centro de Arte Contemporânea Le
Fresnoy (França), onde realizou duas videoinstalações: Lettres au Vieux Monde e
L’Image qui reste. Como montadora, trabalhou em mais de 40 filmes, entre eles,
Girimunho e Histórias que só existem quando lembradas, Olmo e a Gaivota,
Pendular. Atualmente, lança seu primeiro longa-metragem com direção solo
Mormaço, realizado com o apoio da Résidence da Cinefondation, promovida pelo
Festival de Cannes, e do Hubert Bals Fund, do Festival de Roterdã.
SOBRE AS PRODUTORAS
DUAS MARIOLA
DUAS MARIOLA é uma produtora carioca formada em 2006, por
cineastas premiados em festivais nacionais e internacionais que pretende se
tornar um pequeno polo de reunião e realização cinematográfica, em colaboração
com outros realizadores e produtores em busca de alternativas criativas ao
modelo de produção do audiovisual no Brasil, assim como de propostas cuja
ousadia parta de um mesmo ponto em comum e irrevogável: o entusiasmo pelos
filmes e pelo cinema.
Nos últimos anos se dedicou à produção de Mostras
Cinematográficas e à produção de filmes. Realizou alguns longas metragens com
grande repercussão internacional, entre eles: “A fuga da Mulher Gorila”,
direção de Felipe Bragança e Marina Meliande, com estreia no Festival de
Locarno 2009; “A Alegria”, direção de Felipe Bragança e Marina Meliande, com
estreia na Quinzena dos Realizadores, no Festival de Cannes 2010;
“Desassossego”, filme de direção coletiva, com estreia no Festival de Rotterdam
em 2011, “A Morte de J.P. Cuenca”, filme híbrido com direção de João Paulo
Cuenca com estreia na competição do CPH DOX 2015, “Não Devore Meu Coração”,
filme de Felipe Bragança exibido na competição do Festival de Sundance 2017 e
Festival de Berlim 2017, “Mormaço”, filme de Marina Meliande com estreia mundial
na Competição do Festival de Roterdã 2018. Atualmente finaliza o filme “Um
Animal Amarelo” direção de Felipe Bragança e coprodução com a produtora
portuguesa O Som e a Fúria.
Além dos longas, a Duas Mariola também produziu cerca de 10
curtas-metragens com presença em festivais como CANNES, VENEZA, BERLIM e
OBERHAUSEN, entre outros.
ENQUADRAMENTO PRODUÇÕES
Enquadramento Produções é uma produtora brasileira de filmes
independentes, com sede em São Paulo, focada no desenvolvimento e produção de
projetos culturais e cinematográficos, principalmente primeiro e segundo
longas-metragens de cineastas promissores. Entre suas produções estão trabalhos
selecionados para importantes festivais nacionais e internacionais, como
Cannes, Roterdã, Viennale, FidMarseille, BAFICI, Tiradentes e Gramado.
Entre as produções atuais estão o recém-lançado Los
Silencios, de Beatriz Seigner (Festival de Cannes - Quinzena do Diretor, uma
coprodução Brasil-França-Colômbia) e Mormaço, de Marina Meliande (Festival de
Roterdã e Toulouse); A Morte Habita à Noite, de Eduardo Morotó (em
pós-produção, Cinéma en Développement); e A Febre, de Maya Da-Rin (atualmente
em finalização, coprodução Brasil-França-Alemanha que participou do TFL's
Script & Pitch e FrameWork, e contou com apoios do Aide aux Cinémas du
Monde, World Cinema Fund, Hubert Bals Fund e TFL’s Coproduction Award).
Seu sócio majoritário, Leonardo Mecchi, trabalhou nos últimos
10 anos como produtor de longas-metragens como Obra, de Gregório Graziosi
(Roma, Toronto e Prêmio da Crítica no Festival do Rio); Super Nada, de Rubens
Rewald (Melhor Filme no Festival do Rio e Melhor Ator no Festival de Gramado);
e Quebradeiras, de Evaldo Mocarzel (Melhor Documentário do Festival de Toulouse
e Melhor Diretor, Diretor de Fotografia e Som no Festival de Brasília). Atua
também como curador, júri e produtor de mostras e festivais. É também produtor
associado do documentário O Processo, de Maria Augusta Ramos (Festival de
Berlim 2018).
Sobre a Vitrine Filmes
Em nove anos, a Vitrine Filmes distribuiu mais de 130 filmes.
Entre seus maiores sucessos estão "Aquarius" e "O Som ao
Redor", de Kleber Mendonça Filho, "Hoje Eu Quero Voltar
Sozinho", de Daniel Ribeiro e o americano "Frances Ha", dirigido
por Noah Baumbach, indicado ao Globo de Ouro. Mais recentemente a distribuidora
lançou "O Filme da Minha Vida", terceiro longa como diretor de Selton
Mello, e "Divinas Divas", dirigido por Leandra Leal, o documentário
mais visto no ano.
No ano passado, alguns dos mais importantes lançamentos da
Vitrine foram "O Processo", de Maria Augusta Ramos, que entrou para a
lista dos 10 documentários mais vistos da história do cinema nacional,
"Benzinho", dirigido por Gustavo Pizzi e protagonizado por Karine
Teles, exibido no Festival de Sundance e “Uma Noite de 12 Anos”, exibido no
Festival de Veneza.
Em 2019 a Vitrine Filmes exibe em sessões especiais nos
cinemas brasileiros o filme "Roma", dirigido por Alfonso Cuarón,
vencedor de três Oscars e dois Globos de Ouro. Entre os lançamentos do ano
estão “Divino Amor”, dirigido por Gabriel Mascaro e com Dira Paes no elenco,
“Bacurau”, novo filme do diretor Kleber Mendonça Filho, com Sonia Braga, Karine
Teles, Udo Kier e Silvero Pereira e "Pedro" novo longa da diretora
Laís Bodanzky, produzido e protagonizado por Cauã Reymond.
Além disso a Vitrine Filmes segue pelo terceiro ano
consecutivo com o projeto de distribuição coletiva de filmes independentes, que
neste ano passou por modificações e segue com o nome Sessão Vitrine, lançando
um longa por mês em mais de 25 cidades do Brasil.
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