[News] Espetáculo infanto-juvenil ¨A menina do kung fu¨ traz discussões atuais para o Teatro Ipanema
Yes, we can. Sim, nós podemos, qualquer um pode. Ela pode.
Ela é Belinha, uma menina 9 anos, cega, que entra para uma academia de kung fu.
Eis a protagonista da peça infanto-juvenil “A menina do kung fu”, que estreia
no dia 6 de julho, no Teatro Ipanema, para uma curta temporada até dia 28 do
mesmo mês, com texto de Diego Molina, supervisionado por Bosco Brasil; e
direção dividida entre o próprio Molina e Carolina Godinho. No elenco, estão
Monique Vaillé, Fábio Nunes, Janaína Brasil, Victor Albuquerque e Jorge Neves.
Dá bem para imaginar quantos desafios Belinha encara no
espetáculo, que marca a volta do diretor Diego Molina ao mundo dos baixinhos,
depois do sucesso de “Joaquim e as estrelas”. Desafio que também foi escrever e
montar a peça sem patrocínio, só contando com instituições e pessoas que
acreditaram no projeto e aceitaram participá-lo pela sua causa, sem nenhum tipo
de remuneração. E também quem colaborou para o crowdfunding
(https://www.vakinha.com.br/vaquinha/a-menina-do-kung-fu
para custear algumas medidas de acessibilidade, como
audiodescrição e intérpretes de Libras. Afinal, não basta falar de inclusão. É
preciso incluir. Assim, crianças e adultos com deficiência auditiva e visual
vão poder assistir ao espetáculo.
Além da inclusão, o empoderamento feminino e o bullying são
temas abordados na peça. Isso porque Belinha encara desafios para se impor com
uma limitação física e num universo dominado pelos meninos. No fundo, o texto
escrito pelo próprio Diego Molina, com supervisão de Bosco Brasil, fala mesmo é
de gente. “As relações humanas sempre serão uma pauta atual, e é disso que a
peça fala: de construirmos um mundo onde as pessoas se relacionem melhor. E
quando falo em ‘pessoas’ falo de todos os tipos”, explica Molina.
Ele escreveu o texto em 2010, quando ainda fazia parte da ONG
Escola de Gente – Comunicação em Inclusão, e se utilizou de anos de capacitação
sobre conceitos de diversidade para realizar o desejo de escrever uma peça
infanto-juvenil que unisse inclusão e acessibilidade. Criou o texto justamente
para tratar do assunto deficiência diretamente com a criança e seus pais.
Porque, “apesar de pessoas com deficiência sempre terem existido (e sempre
existirão), a inclusão é uma palavra extremamente contemporânea, ainda bastante
complicada para a maioria das pessoas”, observa Molina. E por que falar dessas
questões agora? “Porque simplesmente queremos dizer as coisas propostas pelo
texto”, conclui o autor.
É isso! A beleza do ser humano é sermos todos diferentes. E,
ao mesmo tempo, estamos em busca de direitos iguais. Afinal de contas, somos
todos gente!
“... Gente é muito bom, gente deve ser o bom... Tem de se
cuidar, de se respeitar o bom...” (Caetano Veloso em “Gente”)
Sobre o espetáculo:
A peça – para crianças a partir dos cinco anos de idade,
porém mais voltada ao público entre 9 e 13 anos – conta a história de Belinha,
menina de 9 anos, cega, que se matricula numa academia de kung fu. Logo no
primeiro dia de aula, ela tem de encarar a desconfiança da turma e da
professora, além das peripécias de Pedroca e seus amigos, que adoram fazer
bullying.
O espetáculo conta com diversas medidas de acessibilidade;
entre elas, audiodescrição e intérpretes de libras para pessoas com deficiência
visual e auditiva.
Sobre Diego Molina:
Dramaturgo, roteirista, diretor, ator, cenógrafo e professor.
Mestre em Teatro pela UNIRIO.
Trabalhos como autor em teatro: “A menina do kung fu”
(infantil); “Pequenos poderes", “Os trabalhadores do mar” (adaptação), “O
espião que nós amamos” (inédito, com Bosco Brasil), “Woody Allen não se
encontra” (inédito), “Ninguém mais vai ser bonzinho”, “Fabulamente” (monólogo
com Tatá Werneck), além de diversos esquetes, escritos também para o coletivo
Clube da Cena e para o site Drama Diário.
É autor dos livros “Cena Impressa 1 e 2” e “Teatro Duse: o
primeiro teatro-laboratório do Brasil”. Ganhou o Prêmio Shell 2012 na Categoria
Especial, com a Cia. Alfândega 88, pela ocupação do Teatro Serrador. Foi
indicado ao Prêmio Faz Diferença 2010 com grupo Os inclusos e os sisos pelo
trabalho em prol da inclusão.
Dirigiu espetáculos como: “Ela é meu marido”, “Quando ia me
esquecendo de você”, “Radiofonias Brasileiras”, “War”, “Bette Davis e a máquina
de Coca-Cola”, “Joaquim e as estrelas” e “Fabulamente – Monólogo com Tatá
Werneck.
Deu aulas de dramaturgia na CAL, SBAT, PUC Rio, Midrash
Cultural, Biblioteca Parque e em diversas unidades do SESC pelo país.
Escreve para o programa “Zorra”, indicado ao Emmy
Internacional, e “A gente riu assim – Retrô de humor”, ambos da Rede Globo. Foi
colaborador dos programas “Noite de arrepiar” e “Casamento blindado” (Record),
“Domingão do Faustão” (Globo), “Comédia MTV”, “Sem análise” (Multishow) e do
seriado “Dependentes” (com Bosco Brasil). Escreveu ainda o curta-metragem “Vice
e versa”, vencedor do prêmio de melhor comédia no Festival Claro Curtas 2008, e
o longa-metragem “Floresta profunda” (com Bosco Brasil e Fidelys Fraga).
Foi jurado do Prêmio Zilka Sallaberry de teatro para infância
e juventude entre 2015 e 2018.
Serviço:
"A Menina do Kung Fu"
Local: Teatro Ipanema - Rua Prudente de Morais, 824 - Ipanema
Temporada: de 6 a 28 de julho
Sábados e domingos, às 16h
Ingressos: R$ 30 (inteira) / R$ 15 (meia) – entrada gratuita
para pessoas com deficiência
Classificação indicativa: livre
Haverá sessões com acessibilidade na comunicação
(audiodescrição e intérpretes de libras) nos dias 21 (domingo) e 29 (sábado) de
julho e em outras datas a confirmar.
Ficha técnica:
Texto: Diego Molina
Supervisão de texto: Bosco Brasil
Direção: Carolina Godinho e Diego Molina
Elenco: Fábio Nunes, Janaína Brasil, Jorge Neves, Monique
Vaillé e Victor Albuquerque
Figurinos e Adereços: Patrícia Muniz
Cenografia: Diego Molina e Patrícia Muniz
Iluminação: Anderson Ratto
Trilha sonora: Pedro Nêgo
Visagismo: Diego Nardes
Assistente de visagismo: Lucas Souza
Programação visual e Ilustrações: Marcelo Martinez –
Laboratório Secreto
Fotografias: Bruno Coqueiro
Instrutor de kung fu: Renan Nascimento
Intérpretes de Libras: JDL Traduções - Acessibilidade na
Comunicação – Davi de Jesus e Jadson Abraão
Audiodescrição: Nara Monteiro
Assessoria de imprensa: Sheila Gomes
Direção de produção: Janaína Brasil
Produção: Carolina Godinho, Diego Molina, Janaína Brasil e
Monique Vaillé
Coprodução: Arte Nova e 2BB2 Produções Artísticas
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