[News] Acervo de Raimundo Santa Helena será doado à Fundação Casa de Rui Barbosa em cerimônia com amigos, colegas e pesquisadores
RIO DE JANEIRO - O poeta paraibano Raimundo Santa Helena (1926-2018) – um dos mais célebres cordelistas depois de Patativa do Assaré – pediu, antes de morrer, em novembro do ano passado, para que o seu acervo de cordéis, manuscritos e outras obras fosse doado à Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio. O pedido será atendido na terça-feira (30/7), em cerimônia na sede da instituição, em Botafogo, dentro de uma programação com discussões sobre a vida e a obra do artista reunindo amigos, colegas de ofício e pesquisadores a partir das 14h.
Entre os amigos e colegas mais próximos que participarão do evento está o cantor, compositor e membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), Marcus Lucenna. Ex-gestor da Feira de São Cristóvão, Lucenna foi companheiro de Raimundo Santa Helena na luta pela aprovação da Lei 2052/93, que garantiu a permanência do Centro de Tradições Nordestinas do Rio no bairro e a sua instalação no pavilhão onde está localizado até hoje, área que à época era cobiçada pela indústria imobiliária.
Em seu álbum “A profecia”, de 1994, Marcus Lucenna gravou “O Filho da Mãe”, xote composto em parceria com Santa Helena. Também produziu um LP (“Sinfonia da Natureza") com os poemas do amigo cantados por Miguel Bezerra e Natan Soares, lançado pelo seu selo Fartura Discos. Em 1996, desfilaram juntos pela escola de samba Império da Tijuca, que levou à Sapucaí o enredo “O Reino Unido Independente do Nordeste”. Os dois também participaram do antológico programa “O Tribunal da História (Julgamento de Lampião)”, na TV Cultura.
“Santa Helena deixou um acervo fantástico que precisará ser cuidado. Ele sempre teve a certeza que fazia história, em cada ato do qual participava. No tempo em que não existiam celulares e facilidade de se fazer fotos e vídeos, ele andava com uma câmera e um gravador para registrar seus feitos e dos parceiros de militância cultural. Foi um homem generoso e um grande guerreiro do bem”, observa o potiguar Marcus Lucenna, acrescentando que Raimundo Santa Helena também está entre os amigos que lhe acolheram no Rio quando deixou sua terra natal para tentar a vida artística na cidade.
MESAS E PALESTRA – Marcus Lucenna participará da mesa “Santa Helena: Figura ícone da Feira de São Cristóvão”, ao lado dos cordelistas Gonçalo Ferreira e Sepalo Campelo e das pesquisadoras Maria Isaura Pinto (Uerj), Luitgarde Cavalcanti (Uerj) e Ana Carolina Nascimento (FCRB), às 16h, encerrando o evento. A abertura da programação será às 14h, com a diretora do Centro de Memória e Informação da Fundação Casa de Rui Barbosa, Ana Lígia Medeiros, e com a pesquisadora e escritora Sylvia Nemer. Às 14h30 acontece uma palestra sobre o cordel no Rio de Janeiro e, às 15h30, a doação oficial do acervo de Santa Helena à Fundação. Participam Márcia Costa (Iphan), Ynah de Souza Nascimento (UFPE) e Lucia Maria Velloso (FCRB).
Entre os amigos e colegas mais próximos que participarão do evento está o cantor, compositor e membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), Marcus Lucenna. Ex-gestor da Feira de São Cristóvão, Lucenna foi companheiro de Raimundo Santa Helena na luta pela aprovação da Lei 2052/93, que garantiu a permanência do Centro de Tradições Nordestinas do Rio no bairro e a sua instalação no pavilhão onde está localizado até hoje, área que à época era cobiçada pela indústria imobiliária.
Em seu álbum “A profecia”, de 1994, Marcus Lucenna gravou “O Filho da Mãe”, xote composto em parceria com Santa Helena. Também produziu um LP (“Sinfonia da Natureza") com os poemas do amigo cantados por Miguel Bezerra e Natan Soares, lançado pelo seu selo Fartura Discos. Em 1996, desfilaram juntos pela escola de samba Império da Tijuca, que levou à Sapucaí o enredo “O Reino Unido Independente do Nordeste”. Os dois também participaram do antológico programa “O Tribunal da História (Julgamento de Lampião)”, na TV Cultura.
“Santa Helena deixou um acervo fantástico que precisará ser cuidado. Ele sempre teve a certeza que fazia história, em cada ato do qual participava. No tempo em que não existiam celulares e facilidade de se fazer fotos e vídeos, ele andava com uma câmera e um gravador para registrar seus feitos e dos parceiros de militância cultural. Foi um homem generoso e um grande guerreiro do bem”, observa o potiguar Marcus Lucenna, acrescentando que Raimundo Santa Helena também está entre os amigos que lhe acolheram no Rio quando deixou sua terra natal para tentar a vida artística na cidade.
MESAS E PALESTRA – Marcus Lucenna participará da mesa “Santa Helena: Figura ícone da Feira de São Cristóvão”, ao lado dos cordelistas Gonçalo Ferreira e Sepalo Campelo e das pesquisadoras Maria Isaura Pinto (Uerj), Luitgarde Cavalcanti (Uerj) e Ana Carolina Nascimento (FCRB), às 16h, encerrando o evento. A abertura da programação será às 14h, com a diretora do Centro de Memória e Informação da Fundação Casa de Rui Barbosa, Ana Lígia Medeiros, e com a pesquisadora e escritora Sylvia Nemer. Às 14h30 acontece uma palestra sobre o cordel no Rio de Janeiro e, às 15h30, a doação oficial do acervo de Santa Helena à Fundação. Participam Márcia Costa (Iphan), Ynah de Souza Nascimento (UFPE) e Lucia Maria Velloso (FCRB).
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