[News] Exposição ArtSonica recebe mais de 5.000 visitantes em apenas três semanas
Foto: Monica Ramalho
Interatividade é a marca da mostra no Oi Futuro
Um dos destaques é a obra que faz com o visitante se sinta como um morador de comunidade em dia de ação policial feita por helicópteros – uma rica experiência para pensar sob novas perspectivas
Você já foi à ArtSonica? Não? Então, vá! Lá tem arte, inovação, interatividade, tecnologia, criatividade, inclusão, acessibilidade. Então, vá porque a mostra vai só até 15 de setembro, no Centro Cultural Oi Futuro, no Flamengo. A exposição ArtSonica Residência Artística já recebeu mais de 5.000 visitantes nas primeiras três semanas. A mostra exibe performances e instalações multimídia criadas por nove artistas residentes no Lab Oi Futuro, laboratório onde eles trabalharam em projetos de pesquisa unindo realidade virtual, vídeo, fotografia, moda, dança e experiências sensoriais.
Quem foi conferir os trabalhos expostos na ArtSonica se surpreendeu. Ficou de queixo caído, como disse o fotógrafo Gustavo Borges, da Ilha do Governador, que curtiu também a reação do filho ao entender como os surdos sentem as vibrações dos sons. O músico Rafael Farrah também se maravilhou e se sentiu “em outro mundo”. Um dos pontos fortes da mostra é a inclusão, como observou a arquiteta Fernanda Cury, constatando que todos os sentidos unem-se durante a interação com os projetos experimentais. “A sensação é uma só, todos os sentidos se unem”, concluiu ela. Já a historiadora Diana Barros saiu de Icaraí, em Niterói, para mergulhar nas experiências propostas pelos artistas e destacou o trabalho que a fez ver com outros olhos – e a sentir com outros ouvidos – as ações policiais feitas por helicópteros sobrevoando as favelas, sob a perspectiva dos moradores das comunidades.
O Oi Futuro inaugurou, na terça-feira 6 de agosto, a exposição ArtSonica Residência Artística, que levará aos visitantes o ineditismo de criações que ligam tecnologia e arte nas suas mais diversas formas, fruto de estudos, investigações de campo, observação do cotidiano e ideias inovadoras vindas de nove residentes do projeto viabilizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio Oi, realização Zucca Produções e apoio cultural do Oi Futuro. Em cartaz até o dia 15 de setembro, a mostra traz acessibilidade e inclusão, possibilitando que qualquer pessoa experimente todas as propostas artísticas.
A mostra é uma oportunidade para que todos os tipos de público possam fruir as experimentações apresentadas. De audiodescrição a tradução em libras, passando por facilidades de locomoção dentro do espaço, tudo foi pensado para alcançar o maior número de pessoas, tornando o ArtSonica inovador, múltiplo, democrático e diverso. E, por tudo isso, especialmente contemporâneo.
Desde a abertura, tem fila para experimentar os projetos inovadores. Mas todos os visitantes garantem que vale a pena. Para eles, tudo é inusitado e surpreendente, além de proporcionarem novas maneiras de ver e sentir o mundo que nos cerca. Exatamente a principal proposta da mostra.
“A exposição é o resultado do projeto de residência mais robusta gestada nesse primeiro ano do Lab Oi Futuro, laboratório de experimentação artística do Oi Futuro, um espaço que materializa nosso propósito de atuar como um catalisador criativo, impulsionando pessoas por meio das artes, estimulando a cocriação e promovendo o acesso à cultura na era digital”, diz Roberto Guimarães, gerente executivo de Cultura do Oi Futuro.
“Estamos exibindo ao público os caminhos, as ideias e as projeções do que foi feito durante a residência. Não se trata de um resultado final, com uma obra pronta, mas, sim, de processos de pesquisa que tiveram a oportunidade de serem desenvolvidos durante a estada dos artistas no ArtSonica. Alguns processos criativos ganharam vida própria e seguem trilhando novas fontes de pesquisa, outros foram finalizados. Há, ainda, projetos que nasceram com uma ideia, mas mudaram ao longo do trabalho. É isso que o público verá: até onde alcançaram as pesquisas realizadas durante a residência”, explica Júlio Zucca, diretor da Zucca Produções.
Cada residente recebeu bolsa de financiamento com valores entre R$ 20 mil a R$ 40 mil. Foram selecionados projetos de Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Teresina e Rio de Janeiro. As pesquisas foram feitas no Rio, com entrevistas, gravações de vídeos, captação de áudios, experimentos sensoriais, desenvolvimento em Realidade Virtual, ensaios de performance, pesquisa de moda, pesquisa histórica e muito mais. A base de apoio para o desenvolvimento criativo e os trabalhos em estúdio foram realizados no Lab Oi Futuro, laboratório de experimentação sonora e musical da instituição.
Pesquisas em exposição
MEMORIAL PARA UM APAGAMENTO – O artista visual Ismael Monticelli, de Porto Alegre, apresenta um painel com fotos e textos sobre o desmonte do Morro do Castelo, no Centro do Rio. Durante a mostra, ele realizou a ação “Visita guiada a uma paisagem desaparecida”, em que três atrizes/performers conduziram o público pela cidade, narrando histórias tendo o Morro do Castelo como catalisador dos acontecimentos. Ismael é doutorando em Arte e Cultura Contemporânea da UERJ.
OUVIDOCHÃO CARTAS QUILOMBOLAS - O artista multimídia pernambucano Gabriel Muniz, que vive e trabalha em Porto Alegre, e a artista e técnica de som pernambucana Irla Franco uniram pesquisas na videoinstalação, que trabalha a ancestralidade negra no território carioca por meio de paisagens sonoras. O ambiente é composto por um sistema polifônico que reproduzirá as ambiências dos territórios Cais do Valongo (Zona Portuária), Camorim (Zona Oeste) e Magé (Baixada Fluminense). No local, serão montados sistemas onde algumas plantas – dendezeiro, espada de Ogum, peregum – acionarão efeitos sonoros sintetizados pela reação do toque. Dessa maneira, o visitante imergirá nas ambiências em loop e também acionará outras camadas de som a partir do contato com diversos elementos.
ESPECTROS COMPUTACIONAIS 3D 360º - O projeto da artista multimídia Luiza Guimarães entrelaça aspectos da neurociência, da física de processamentos de sinais e das tecnologias digitais para a criação de ambientes cerebrais imersivos e interativos. Luiza contou com uma equipe transdisciplinar formada por: Ricardo Dal Farra (argentino/canadense), pesquisador, professor, músico e compositor eletroacústico; Randolpho de Santana Julião (Brasil), analista e desenvolvedor de sistemas; e João Silveira (Brasil), artecientista e divulgador. O público vai se sentir imerso em imagens provenientes de cérebros e na música de sinais sonoros por eles emitidos. Trata-se de um ambiente computadorizado em 3D e 360º que emerge do conhecimento das tecnologias e da neurociência, mas também da arte que busca tornar sensível e dizível o universo das sensações e da cognição humana e maquínica. Segundo Luiza, a proposta é “escutar imagens e ver sons”.
HETEROTOPIA – Vindo de Pernambuco, o artista sonoro, mestre em Comunicação e doutorando em Sociologia pela UFPE, Yuri Bruscky, apresenta a instalação, pesquisa baseada nos sons que integram a sociedade, seus ritmos e processos da vida cotidiana e como eles podem ser ouvidos pelo corpo e não pelos ouvidos. A instalação artística consiste em uma poltrona de massagem cujo sistema vibracional muda de acordo com sons captados em diversas localidades do Rio de Janeiro. A pesquisa, que fará um teste na Central do Brasil para as pessoas experimentarem, estará disponível para o público interagir na mostra no Oi Futuro.
AURORA CASSINO DO SOL – Moda e tecnologia misturam-se em projeto do estilista Brayann Ivanovick. Com a alma dividida entre Piauí e Ceará, ele adotou o Rio de Janeiro como nova morada após passar pela residência artística, que resultou no fashion film transposto para realidade virtual através de óculos VR 360°. O público conhecerá os processos criativos da obra e o universo Cassino do Sol por meio de uma experiência imersiva e uma instalação visual.
MÁQUINA DE CONTATO – O Koletivo Machina com artistas do Rio e de São Paulo apresenta dispositivos com receptores para captação de ondas eletromagnéticas cerebrais, que serão manipuladas de forma digital e analógica, com efeitos sonoros xamânicos e esotéricos. A experiência artística performática colocará o público usando máscaras representativas de elementos e deuses da natureza em um domo onde – a partir de suas próprias emoções, juntamente com o auxílio da tecnologia, sons e imagens – terá uma experiência de inserção em um ritual ancestrofuturista tecnoxamânico, com a sensação dos transes de conexão com os mundos anímicos da natureza.
Um dos destaques é a obra que faz com o visitante se sinta como um morador de comunidade em dia de ação policial feita por helicópteros – uma rica experiência para pensar sob novas perspectivas
Você já foi à ArtSonica? Não? Então, vá! Lá tem arte, inovação, interatividade, tecnologia, criatividade, inclusão, acessibilidade. Então, vá porque a mostra vai só até 15 de setembro, no Centro Cultural Oi Futuro, no Flamengo. A exposição ArtSonica Residência Artística já recebeu mais de 5.000 visitantes nas primeiras três semanas. A mostra exibe performances e instalações multimídia criadas por nove artistas residentes no Lab Oi Futuro, laboratório onde eles trabalharam em projetos de pesquisa unindo realidade virtual, vídeo, fotografia, moda, dança e experiências sensoriais.
Quem foi conferir os trabalhos expostos na ArtSonica se surpreendeu. Ficou de queixo caído, como disse o fotógrafo Gustavo Borges, da Ilha do Governador, que curtiu também a reação do filho ao entender como os surdos sentem as vibrações dos sons. O músico Rafael Farrah também se maravilhou e se sentiu “em outro mundo”. Um dos pontos fortes da mostra é a inclusão, como observou a arquiteta Fernanda Cury, constatando que todos os sentidos unem-se durante a interação com os projetos experimentais. “A sensação é uma só, todos os sentidos se unem”, concluiu ela. Já a historiadora Diana Barros saiu de Icaraí, em Niterói, para mergulhar nas experiências propostas pelos artistas e destacou o trabalho que a fez ver com outros olhos – e a sentir com outros ouvidos – as ações policiais feitas por helicópteros sobrevoando as favelas, sob a perspectiva dos moradores das comunidades.
O Oi Futuro inaugurou, na terça-feira 6 de agosto, a exposição ArtSonica Residência Artística, que levará aos visitantes o ineditismo de criações que ligam tecnologia e arte nas suas mais diversas formas, fruto de estudos, investigações de campo, observação do cotidiano e ideias inovadoras vindas de nove residentes do projeto viabilizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio Oi, realização Zucca Produções e apoio cultural do Oi Futuro. Em cartaz até o dia 15 de setembro, a mostra traz acessibilidade e inclusão, possibilitando que qualquer pessoa experimente todas as propostas artísticas.
A mostra é uma oportunidade para que todos os tipos de público possam fruir as experimentações apresentadas. De audiodescrição a tradução em libras, passando por facilidades de locomoção dentro do espaço, tudo foi pensado para alcançar o maior número de pessoas, tornando o ArtSonica inovador, múltiplo, democrático e diverso. E, por tudo isso, especialmente contemporâneo.
Desde a abertura, tem fila para experimentar os projetos inovadores. Mas todos os visitantes garantem que vale a pena. Para eles, tudo é inusitado e surpreendente, além de proporcionarem novas maneiras de ver e sentir o mundo que nos cerca. Exatamente a principal proposta da mostra.
“A exposição é o resultado do projeto de residência mais robusta gestada nesse primeiro ano do Lab Oi Futuro, laboratório de experimentação artística do Oi Futuro, um espaço que materializa nosso propósito de atuar como um catalisador criativo, impulsionando pessoas por meio das artes, estimulando a cocriação e promovendo o acesso à cultura na era digital”, diz Roberto Guimarães, gerente executivo de Cultura do Oi Futuro.
“Estamos exibindo ao público os caminhos, as ideias e as projeções do que foi feito durante a residência. Não se trata de um resultado final, com uma obra pronta, mas, sim, de processos de pesquisa que tiveram a oportunidade de serem desenvolvidos durante a estada dos artistas no ArtSonica. Alguns processos criativos ganharam vida própria e seguem trilhando novas fontes de pesquisa, outros foram finalizados. Há, ainda, projetos que nasceram com uma ideia, mas mudaram ao longo do trabalho. É isso que o público verá: até onde alcançaram as pesquisas realizadas durante a residência”, explica Júlio Zucca, diretor da Zucca Produções.
Cada residente recebeu bolsa de financiamento com valores entre R$ 20 mil a R$ 40 mil. Foram selecionados projetos de Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Teresina e Rio de Janeiro. As pesquisas foram feitas no Rio, com entrevistas, gravações de vídeos, captação de áudios, experimentos sensoriais, desenvolvimento em Realidade Virtual, ensaios de performance, pesquisa de moda, pesquisa histórica e muito mais. A base de apoio para o desenvolvimento criativo e os trabalhos em estúdio foram realizados no Lab Oi Futuro, laboratório de experimentação sonora e musical da instituição.
Pesquisas em exposição
MEMORIAL PARA UM APAGAMENTO – O artista visual Ismael Monticelli, de Porto Alegre, apresenta um painel com fotos e textos sobre o desmonte do Morro do Castelo, no Centro do Rio. Durante a mostra, ele realizou a ação “Visita guiada a uma paisagem desaparecida”, em que três atrizes/performers conduziram o público pela cidade, narrando histórias tendo o Morro do Castelo como catalisador dos acontecimentos. Ismael é doutorando em Arte e Cultura Contemporânea da UERJ.
OUVIDOCHÃO CARTAS QUILOMBOLAS - O artista multimídia pernambucano Gabriel Muniz, que vive e trabalha em Porto Alegre, e a artista e técnica de som pernambucana Irla Franco uniram pesquisas na videoinstalação, que trabalha a ancestralidade negra no território carioca por meio de paisagens sonoras. O ambiente é composto por um sistema polifônico que reproduzirá as ambiências dos territórios Cais do Valongo (Zona Portuária), Camorim (Zona Oeste) e Magé (Baixada Fluminense). No local, serão montados sistemas onde algumas plantas – dendezeiro, espada de Ogum, peregum – acionarão efeitos sonoros sintetizados pela reação do toque. Dessa maneira, o visitante imergirá nas ambiências em loop e também acionará outras camadas de som a partir do contato com diversos elementos.
ESPECTROS COMPUTACIONAIS 3D 360º - O projeto da artista multimídia Luiza Guimarães entrelaça aspectos da neurociência, da física de processamentos de sinais e das tecnologias digitais para a criação de ambientes cerebrais imersivos e interativos. Luiza contou com uma equipe transdisciplinar formada por: Ricardo Dal Farra (argentino/canadense), pesquisador, professor, músico e compositor eletroacústico; Randolpho de Santana Julião (Brasil), analista e desenvolvedor de sistemas; e João Silveira (Brasil), artecientista e divulgador. O público vai se sentir imerso em imagens provenientes de cérebros e na música de sinais sonoros por eles emitidos. Trata-se de um ambiente computadorizado em 3D e 360º que emerge do conhecimento das tecnologias e da neurociência, mas também da arte que busca tornar sensível e dizível o universo das sensações e da cognição humana e maquínica. Segundo Luiza, a proposta é “escutar imagens e ver sons”.
HETEROTOPIA – Vindo de Pernambuco, o artista sonoro, mestre em Comunicação e doutorando em Sociologia pela UFPE, Yuri Bruscky, apresenta a instalação, pesquisa baseada nos sons que integram a sociedade, seus ritmos e processos da vida cotidiana e como eles podem ser ouvidos pelo corpo e não pelos ouvidos. A instalação artística consiste em uma poltrona de massagem cujo sistema vibracional muda de acordo com sons captados em diversas localidades do Rio de Janeiro. A pesquisa, que fará um teste na Central do Brasil para as pessoas experimentarem, estará disponível para o público interagir na mostra no Oi Futuro.
AURORA CASSINO DO SOL – Moda e tecnologia misturam-se em projeto do estilista Brayann Ivanovick. Com a alma dividida entre Piauí e Ceará, ele adotou o Rio de Janeiro como nova morada após passar pela residência artística, que resultou no fashion film transposto para realidade virtual através de óculos VR 360°. O público conhecerá os processos criativos da obra e o universo Cassino do Sol por meio de uma experiência imersiva e uma instalação visual.
MÁQUINA DE CONTATO – O Koletivo Machina com artistas do Rio e de São Paulo apresenta dispositivos com receptores para captação de ondas eletromagnéticas cerebrais, que serão manipuladas de forma digital e analógica, com efeitos sonoros xamânicos e esotéricos. A experiência artística performática colocará o público usando máscaras representativas de elementos e deuses da natureza em um domo onde – a partir de suas próprias emoções, juntamente com o auxílio da tecnologia, sons e imagens – terá uma experiência de inserção em um ritual ancestrofuturista tecnoxamânico, com a sensação dos transes de conexão com os mundos anímicos da natureza.
Outras três propostas pensadas por artistas do Rio de Janeiro
SEU QUEBRA BARRAGEM - É parte da pesquisa “Altamira 2042”, da dupla Gabriela Carneiro da Cunha e Eryk Rocha. O trabalho deles utilizará artes visuais e audiovisual numa instalação tecnológica criada a partir do testemunho das populações indígenas às margens do rio Xingu sobre a barragem de Belo Monte. Seu Quebra Barragem é o narrador em forma de uma grande cobra audiovisual, com corpo formado por olhos de projetor e caixas de som. Sua voz é múltipla, e por meio dela falam os ribeirinhos expulsos das ilhas onde moravam para a construção da usina.
PERSPECTIVAS DO HELICÓPTERO - A pesquisa do coletivo Fluxos Urbanos – formado por Manaíra Carneiro, Victor Hugo Rodrigues e Mariane Martins – aborda a violência na cidade por meio da realidade virtual, contrapondo a visão de dentro da favela carioca e do helicóptero ao sobrevoá-la com armas de fogo. O desafio da equipe foi a realização do vídeo VR 360º. Essa tecnologia traz algumas especificidades que a diferenciam da linguagem usual do vídeo. A mais óbvia é a impossibilidade de haver um lugar “atrás da câmera”. Mas a que mais impacta o visitante é que, num ambiente em 360º, ele precisa de tempo hábil para poder explorar todos os lados para os quais deseja olhar.
SOM, UMA COREOGRAFIA PARA SURDOS – Projeto, da cineasta e dançarina flamenca Clara Kutner, que tem a inclusão como tema central, apesar de haver uma preocupação com a acessibilidade na apresentação de todos os processos de pesquisa. A proposta dela é receber o visitante (surdo ou não) sobre uma plataforma de madeira que receberá estímulos vibratórios emitidos pelos sons graves de músicas da dança flamenca. Assim, ao acompanhar as coreografias que serão exibidas em vídeo, o público poderá entender como bailarinos surdos conseguem dançar no ritmo da música. Os movimentos de dança contam com as participações especiais de Miguel Alonso, bailarino flamenco de Cuba, radicado em São Paulo; e dos bailarinos surdos Bruno Ramos, que fez uma coreografia a partir da experiência dele com o cajón, e Lucas Lima, que dança ao som de um trombone, numa coreografia criada por ele, Miguel Alonso e a própria Clara Kutner. A tecnologia foi pesquisada por Clara em parceria com a produtora Ylla Gomes, o artista sonoro Floriano Romano, o compositor, violinista e arranjador Luciano Camara e com o cajonista e luthier Alejo.
SEU QUEBRA BARRAGEM - É parte da pesquisa “Altamira 2042”, da dupla Gabriela Carneiro da Cunha e Eryk Rocha. O trabalho deles utilizará artes visuais e audiovisual numa instalação tecnológica criada a partir do testemunho das populações indígenas às margens do rio Xingu sobre a barragem de Belo Monte. Seu Quebra Barragem é o narrador em forma de uma grande cobra audiovisual, com corpo formado por olhos de projetor e caixas de som. Sua voz é múltipla, e por meio dela falam os ribeirinhos expulsos das ilhas onde moravam para a construção da usina.
PERSPECTIVAS DO HELICÓPTERO - A pesquisa do coletivo Fluxos Urbanos – formado por Manaíra Carneiro, Victor Hugo Rodrigues e Mariane Martins – aborda a violência na cidade por meio da realidade virtual, contrapondo a visão de dentro da favela carioca e do helicóptero ao sobrevoá-la com armas de fogo. O desafio da equipe foi a realização do vídeo VR 360º. Essa tecnologia traz algumas especificidades que a diferenciam da linguagem usual do vídeo. A mais óbvia é a impossibilidade de haver um lugar “atrás da câmera”. Mas a que mais impacta o visitante é que, num ambiente em 360º, ele precisa de tempo hábil para poder explorar todos os lados para os quais deseja olhar.
SOM, UMA COREOGRAFIA PARA SURDOS – Projeto, da cineasta e dançarina flamenca Clara Kutner, que tem a inclusão como tema central, apesar de haver uma preocupação com a acessibilidade na apresentação de todos os processos de pesquisa. A proposta dela é receber o visitante (surdo ou não) sobre uma plataforma de madeira que receberá estímulos vibratórios emitidos pelos sons graves de músicas da dança flamenca. Assim, ao acompanhar as coreografias que serão exibidas em vídeo, o público poderá entender como bailarinos surdos conseguem dançar no ritmo da música. Os movimentos de dança contam com as participações especiais de Miguel Alonso, bailarino flamenco de Cuba, radicado em São Paulo; e dos bailarinos surdos Bruno Ramos, que fez uma coreografia a partir da experiência dele com o cajón, e Lucas Lima, que dança ao som de um trombone, numa coreografia criada por ele, Miguel Alonso e a própria Clara Kutner. A tecnologia foi pesquisada por Clara em parceria com a produtora Ylla Gomes, o artista sonoro Floriano Romano, o compositor, violinista e arranjador Luciano Camara e com o cajonista e luthier Alejo.
Serviço
Local: Centro Cultural Oi Futuro (Rua Dois de Dezembro 63 – Flamengo)
Visitação: Até 15 de setembro de 2019
Terça a domingo, das 11h às 20h
Entrada franca
Classificação etária: Livre
Informações: (21) 3131-3050
Local: Centro Cultural Oi Futuro (Rua Dois de Dezembro 63 – Flamengo)
Visitação: Até 15 de setembro de 2019
Terça a domingo, das 11h às 20h
Entrada franca
Classificação etária: Livre
Informações: (21) 3131-3050
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