[News] Exposição e performances debatem códigos sociais para a mulher no Festival Agora É Que São Elas
Os códigos sociais que propõem o que é ser mulher, papel de mulher e lugar de mulher estão no centro da discussão que a Exposição “Mulheres na arte brasileira: entre dois vértices” propõe. Com vídeos, fotografias e performances, a programação integra a 2ª edição do Festival Agora É Que São Elas, no CCSP (Centro Cultural São Paulo).
A exposição começa no fim de semana em que ocorre o festival, em 21 e 22 de setembro, e fica no centro cultural até 19 de outubro. Nesse período, aos sábados, haverá rodas de conversas de artistas e curadoras junto ao público. Todas as atividades do festival são gratuitas.
“O considerado normativo, como mulher, é uma construção social, política e histórica que tem uma série de violências. Os trabalhos selecionados tensionam esse pressuposto, trazendo perspectivas que não correspondem a esse modelo tradicional”, comenta a historiadora da arte Pollyana Quintella, curadora da exposição.
Essas perspectivas serão discutidas a partir das noções de identidade e corpo, dois eixos dos trabalhos apresentados. “Identidade e corpo se entrelaçam. Identidade passa pelo corpo. Buscamos discutir esse lugar da mulher construído a partir da investigação do corpo e da autoimagem”, diz Pollyana.
O line up é composto por oito jovens artistas que já vêm atuando com reflexões sobre os códigos sociais de gênero, além de questões como classe e raça.
As instalações com vídeos e fotografias serão assinadas por Millena Lízia, Priscila Rezende e Renata Felinto.
Prili, Lyz Parayzo, Elle de Bernardini e Dora Smék farão exposição e performances. Já a artista Micaela Cyrino participa com performance.
“A produção delas é muito ‘fresca’ e reflete o feminismo múltiplo de hoje, inclusivo, que olha para a mulher como uma situação diversa. Está dentro de um movimento recente que é de revisão histórica”, declara a curadora.
Para todas e todos
O Festival Agora É Que São Elas tem como eixo principal a inserção da mulher nas instâncias de poder. É realizado por Antonia Pellegrino, Aline Vieira e Joana Braga, e conta com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.
O evento vai oferecer uma programação gratuita e diversa, que inclui debates, mentoria e oficinas, mostra de cinema e música, além da exposição e das performances, para um público amplo e múltiplo.
“Neste ano, especificamente, definimos como tema principal das mesas de debate a violência política de gênero, um tema pungente que ainda não está sendo discutido na sociedade como deveria”, destaca a cientista social e roteirista Antonia Pellegrino.
O festival também terá uma mostra de cinema dedicada à cineasta Barbara Hammer, morta em março. “O Corpo Não É Metáfora” trará 15 filmes, sendo doze em 16 mm, exibidos em sessões de 19 a 22 de setembro. Os ingressos serão distribuídos uma hora antes das exibições.
O público que passar pelas instalações do CCSP no fim de semana do festival também vai contar com uma edição especial da Feira Preta, que reúne empreendedores negros nas áreas de arte, moda, cosméticos e gastronomia.
As inscrições para as mesas de debates, oficinas e mentoria serão abertas nos próximos dias no site www.festivalagora.com.br. Além do site, todas as informações do Festival Agora É Que São Elas também estarão nas redes sociais do coletivo, como Instagram (@agoraequesaoelas_) e Facebook (https://www.facebook.com/agoraequesaoelasblog/).
O Festival Agora É Que São Elas é uma produção da D+ Projetos. Além da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, o jornal Folha de S.Paulo também apoia o evento, que conta ainda com patrocínios de Uber e Nike.
Festival Agora É Que São Elas
21/09 e 22/09
O que: mesas de debates, oficinas, mentoria, música, cinema e artes plásticas
- Exposição “Mulheres na arte brasileira: entre dois vértices”: de 21 de setembro a 19 de outubro, com rodas de conversa com as artistas aos sábados
- Mostra “O Corpo Não É Metáfora”: de 19 a 22 de setembro
Inscrições para mesas de debates, mentorias e oficinas: www.festivalagora.com.br
Onde: CCSP (Centro Cultural São Paulo) – Rua Vergueiro, 1000, próximo à estação Vergueiro do Metrô (Linha 1-Azul)
Todas as atividades são gratuitas
Nenhum comentário