[Divulgação] O fantástico (e ousado) feminismo de 1899!
A escritora cearense Emília Freitas, era abolicionista, socialista e avessa à tortura. Em 1899, perante aos seus ideais, resolveu mudar a sua narrativa em relação às mulheres. De bruxas, tornaram-se heroínas. Em meio a uma sociedade patriarcal e conservadora do Brasil no fim do século XIX, Emília com evidente ousadia e perspicácia impulsionou a construção de suas personagens pelo imaginário de uma envolvente história que transitou entre mitos, espiritismo e parapsicologia para formar um texto de reflexão e resistência ao preconceito e a opressão.
Conheça o primeiro texto longo de realismo fantástico brasileiro, escrito por uma cearense feminista em no final do século XIX:
Marcada pela brasilidade, Rainha do Ignoto é ambientada principalmente no Nordeste, mais especificamente no Ceará, onde as Paladinas do Nevoeiro formam uma sociedade autônoma e altamente desenvolvida, que se vale do poder da hipnose e da capacidade de se comunicar com o além para identificar e ajudar outras mulheres doentes, em desespero ou oprimidas pelos homens. Extasiado pela visão da líder daquela hoste, chamada “Funesta”, o doutor Edmundo é capaz de tudo — até de se travestir — para desvendar os segredos da Rainha do Ignoto e suas seguidoras fiéis.
“— Nem o senhor nem ninguém, sem a precisa explicação, poderia acreditar que existisse uma ilha nas condições desta, tão próxima da costa, e que nunca navegante algum de nação alguma da terra desse notícia dela. Pois bem, é o hipnotismo que lhes fecha os olhos para tudo, mas os abre para ver um denso nevoeiro! Montões de vapores convertidos em tromba, muitas vezes carregada de raios! Já tem havido tripulações de navios que, com receio de irem ao fundo, têm querido romper a tromba imaginária a tiros de peças, mas contentam-se com evitá-la e passar ao largo. ” A Rainha do Ignoto, página 158.
Publicada pela Editora 106, em versão atualizada e comentada pela professora e pesquisadora da literatura nacional Constância Lima Duarte, o sedutor enredo conta com novos recursos de edição para tornar a experiência de leitura mais fluida, moderna e agradável, favorecida por um projeto gráfico elaborado por Sonia Peticov cujas páginas remetem ao art déco. O mesmo estilo está presente na belíssima capa criada por Rafael Brum, que tem acabamento em laminação soft touch. A primeira tiragem traz ainda uma novidade para os leitores: a cinta promocional pode ser recortada para se transformar em um marcador de páginas com a arte da capa.
Sinopse: Embora pouco conhecido na época de sua primeira publicação, A Rainha do Ignoto é um marco fascinante da literatura brasileira. É considerado o primeiro texto longo de realismo fantástico brasileiro, escrito por Emília Freitas, abolicionista, republicana, socialista, contra a pena de morte, contra a intolerância religiosa e contra a tortura no fim do século XIX. Com tons de literatura sobrenatural, conta a história de uma comunidade autônoma de mulheres no interior do Ceará e o fascínio que a líder desse grupo exerce sobre um ilustre visitante.
Sobre a autora: Emília Freitas foi uma das principais escritoras de sua época, ao lado de Francisca Clotilde e Úrsula Garcia. Fez parte da Sociedade das Cearenses Libertadoras, de caráter abolicionista. Lutou contra a censura e as limitações impostas à vida das mulheres. Nascida em Aracati, interior do Ceará, em 11 de janeiro de 1855, Emília Freitas era filha do tenente-coronel Antônio José de Freitas e de Maria de Jesus Freitas. Após o falecimento do pai, mudou-se para Fortaleza, onde estudou francês, inglês, História, Geografia e Aritmética. Em Manaus, às margens do Rio Negro, escreveu seu principal livro, A Rainha do Ignoto, publicado em 1899, a que deu o curioso subtítulo “Romance psicológico”.
Conheça o primeiro texto longo de realismo fantástico brasileiro, escrito por uma cearense feminista em no final do século XIX:
Marcada pela brasilidade, Rainha do Ignoto é ambientada principalmente no Nordeste, mais especificamente no Ceará, onde as Paladinas do Nevoeiro formam uma sociedade autônoma e altamente desenvolvida, que se vale do poder da hipnose e da capacidade de se comunicar com o além para identificar e ajudar outras mulheres doentes, em desespero ou oprimidas pelos homens. Extasiado pela visão da líder daquela hoste, chamada “Funesta”, o doutor Edmundo é capaz de tudo — até de se travestir — para desvendar os segredos da Rainha do Ignoto e suas seguidoras fiéis.
“— Nem o senhor nem ninguém, sem a precisa explicação, poderia acreditar que existisse uma ilha nas condições desta, tão próxima da costa, e que nunca navegante algum de nação alguma da terra desse notícia dela. Pois bem, é o hipnotismo que lhes fecha os olhos para tudo, mas os abre para ver um denso nevoeiro! Montões de vapores convertidos em tromba, muitas vezes carregada de raios! Já tem havido tripulações de navios que, com receio de irem ao fundo, têm querido romper a tromba imaginária a tiros de peças, mas contentam-se com evitá-la e passar ao largo. ” A Rainha do Ignoto, página 158.
Publicada pela Editora 106, em versão atualizada e comentada pela professora e pesquisadora da literatura nacional Constância Lima Duarte, o sedutor enredo conta com novos recursos de edição para tornar a experiência de leitura mais fluida, moderna e agradável, favorecida por um projeto gráfico elaborado por Sonia Peticov cujas páginas remetem ao art déco. O mesmo estilo está presente na belíssima capa criada por Rafael Brum, que tem acabamento em laminação soft touch. A primeira tiragem traz ainda uma novidade para os leitores: a cinta promocional pode ser recortada para se transformar em um marcador de páginas com a arte da capa.
Sinopse: Embora pouco conhecido na época de sua primeira publicação, A Rainha do Ignoto é um marco fascinante da literatura brasileira. É considerado o primeiro texto longo de realismo fantástico brasileiro, escrito por Emília Freitas, abolicionista, republicana, socialista, contra a pena de morte, contra a intolerância religiosa e contra a tortura no fim do século XIX. Com tons de literatura sobrenatural, conta a história de uma comunidade autônoma de mulheres no interior do Ceará e o fascínio que a líder desse grupo exerce sobre um ilustre visitante.
Sobre a autora: Emília Freitas foi uma das principais escritoras de sua época, ao lado de Francisca Clotilde e Úrsula Garcia. Fez parte da Sociedade das Cearenses Libertadoras, de caráter abolicionista. Lutou contra a censura e as limitações impostas à vida das mulheres. Nascida em Aracati, interior do Ceará, em 11 de janeiro de 1855, Emília Freitas era filha do tenente-coronel Antônio José de Freitas e de Maria de Jesus Freitas. Após o falecimento do pai, mudou-se para Fortaleza, onde estudou francês, inglês, História, Geografia e Aritmética. Em Manaus, às margens do Rio Negro, escreveu seu principal livro, A Rainha do Ignoto, publicado em 1899, a que deu o curioso subtítulo “Romance psicológico”.
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