[News]25 anos da companhia "Dançando Para Não Dançar" no Teatro Rival Petrobras
Há 25 anos, a tradicional Escola de Balé das Comunidades
"Dançando Para Não Dançar"
transforma a vida de crianças e jovens de comunidades cariocas. Além da sede, no Centro do Rio,
o projeto, que já revelou dezenas de talentos e atualmente possui cerca de 150 alunos, atua em oito comunidades das Zonas Norte e Sul do Rio (Rocinha, Cantagalo,
Pavão-Pavãozinho, Mangueira, Chapéu-Mangueira, Babilônia, Borel e São Carlos). Para celebrar essa bem-sucedida história de inclusão através da dança, o grupo apresenta o espetáculo
"Refavela" no dia
21 de outubro de 2019, às 19h30,
entrada 1 kg de alimento não perecível., no
Teatro Rival Petrobras, no Centro do Rio.
No repertório do balé contemporâneo Refavela,
estão seis músicas do cantor Chico César e uma
canção de Chico Buarque
e Gilberto Gil.
As coreografias são assinadas por Maria Gabriela Aguilar, Samara Mello, Márcia Freire, Paulo Rodrigues e Eduardo Masquette.
"É um momento de celebrar todos os alunos que foram e estão sendo encaminhados pelo projeto, de todas as formas possíveis, seja indo para fora do Brasil, ou permanecendo
aqui e inspirando os outros alunos, como professores ou se formando e caminhando em outra profissão”, comenta a carioca Thereza Aguilar,
de 55 anos, coordenadora do Dançando Para Não Dançar, criado no Pavão-Pavãozinho e no Cantagalo, em 1994. “A ideia veio pela necessidade de mudar algo através da
arte, que sempre foi inacessível para esse público. Por exemplo, uma sapatilha de ponta realmente custa muito caro (na média de R$ 150, 200) e essas meninas usam uma por mês. A filosofia é fazer com que crianças de diferentes classes sociais tenham sonhos
e se sintam prontas para realizá-los.
Num contraponto ao verdadeiro cenário de guerra vivido pelos próprios alunos e suas famílias nas comunidades, "Refavela" mostra a visão romântica do morro e sua realidade,
tudo tendo como pano de fundo uma história de amor que vê na vida nas favelas elementos da mitologia da Grécia Antiga, com o sagrado e o profano amalgamados em habitações clandestinas.
“Diariamente, meus alunos enfrentam problemas. Da criança ter que faltar aula porque está tendo operação, tiroteio. Isso é muito ruim pra gente, muito difícil. E, ao chegar
na sala de aula, também demora para fechar a porta e esquecer do que está acontecendo lá fora, sendo que muitas têm amigos, parentes dela lá fora sujeitos a ganhar uma bala perdida”, explica Thereza, que nunca “perdeu” nenhum aluno para o tráfico, mas sim
teve que “recuperar” o pai de bailarina.
Além de batalhar para manter suas crianças frequentando as unidades de dança espalhadas pelas comunidades cariocas, Thereza enfrenta resistências das famílias para verem
a dança como uma atividade possível e com potencial de crescimento para crianças e jovens do sexo masculino.
“Para a menino sempre tem resistência, mas pra menina, não. Todas elas querem fazer balé, ficam me procurando. Tenho pouquíssimos meninos matriculados, a resistência
é imensa, é muito conservadorismo. O Rômulo Mello, que vai dançar o balé “Refavela”, tinha deixado o grupo para ser auxiliar de pedreiro. E hoje, ele está voltando para o Dançando, porque ele viu que aquele caminho não era o dele. Mas acho que o preconceito
vem principalmente da elite, que também precisa ser reeducada pela arte.
Exemplos deste trabalho bem-feito de revelar talentos não faltam. Há ex-integrantes do projeto que hoje atuam em companhias importantes pelo mundo e fizeram da dança profissão.
Inclusive, o Dançando Para Não Dançar nesta apresentação comemorativa vai contar com a participação de Ingrid Silva, primeira-bailarina do Dance Theatre of Harlem e revelada pelo projeto.
“Nós normalmente não contratamos professoras. O que temos são ex-alunas que retornam ao Brasil e voltam pra dar aula aqui”, comenta Thereza.
Parcerias O projeto Dançando Para Não Dançar é patrocinado
pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura - Lei do ISS. Também conta com apoio de Governo do Estado do Rio de Janeiro, Vídeo Filme, Casa do Biscoito e do curso de inglês
Brasas.
Repertório
“Desejo e Necessidade” (Chico César) 5:40
“Enxerto Poético” (Chico César) 5:12
“Cálice” (Chico Buarque e Gilberto Gil) 4:17
Ora-Pro-Nobis
“Estado de Poesia”(Chico César) 5:15
“Palavra Mágica” (Chico César) 4:34
“Por que você não vem morar comigo” (Chico César) 4:00
“Mama África (Chico César)” 4:11
Serviço - Apresentação Única
Teatro Rival Petrobras - Rua Álvaro Alvim, 33/37 - Centro/Cinelândia - Rio de Janeiro. Data: 21 de outubro (segunda-feira). Horário: 19h30. Abertura da casa: 18h. Entrada Gratuita com 1 kilo de alimento
Classificação Livre. Duração: 45 minutos.www.rivalpetrobras.com.br. Informações: (21) 2240-9796. Capacidade: 350 pessoas. Metrô/VLT: Estação Cinelândia.
Sede do Dançando Para Não Dançar: Rua Frei Caneca, 139 - Centro - Rio de Janeiro. E-mail: projetodancando@gmail.com.
Site:
dpnd.org.br.
Facebook:
https://www.facebook.com/adpnd/.
Instagram:
https://www.instagram.com/projetodancando/?hl=pt-br.
Linkedin:
https://www.linkedin.com/in/thereza-aguilar-533b9b142/
"Dançando Para Não Dançar"
transforma a vida de crianças e jovens de comunidades cariocas. Além da sede, no Centro do Rio,
o projeto, que já revelou dezenas de talentos e atualmente possui cerca de 150 alunos, atua em oito comunidades das Zonas Norte e Sul do Rio (Rocinha, Cantagalo,
Pavão-Pavãozinho, Mangueira, Chapéu-Mangueira, Babilônia, Borel e São Carlos). Para celebrar essa bem-sucedida história de inclusão através da dança, o grupo apresenta o espetáculo
"Refavela" no dia
21 de outubro de 2019, às 19h30,
entrada 1 kg de alimento não perecível., no
Teatro Rival Petrobras, no Centro do Rio.
No repertório do balé contemporâneo Refavela,
estão seis músicas do cantor Chico César e uma
canção de Chico Buarque
e Gilberto Gil.
As coreografias são assinadas por Maria Gabriela Aguilar, Samara Mello, Márcia Freire, Paulo Rodrigues e Eduardo Masquette.
"É um momento de celebrar todos os alunos que foram e estão sendo encaminhados pelo projeto, de todas as formas possíveis, seja indo para fora do Brasil, ou permanecendo
aqui e inspirando os outros alunos, como professores ou se formando e caminhando em outra profissão”, comenta a carioca Thereza Aguilar,
de 55 anos, coordenadora do Dançando Para Não Dançar, criado no Pavão-Pavãozinho e no Cantagalo, em 1994. “A ideia veio pela necessidade de mudar algo através da
arte, que sempre foi inacessível para esse público. Por exemplo, uma sapatilha de ponta realmente custa muito caro (na média de R$ 150, 200) e essas meninas usam uma por mês. A filosofia é fazer com que crianças de diferentes classes sociais tenham sonhos
e se sintam prontas para realizá-los.
Num contraponto ao verdadeiro cenário de guerra vivido pelos próprios alunos e suas famílias nas comunidades, "Refavela" mostra a visão romântica do morro e sua realidade,
tudo tendo como pano de fundo uma história de amor que vê na vida nas favelas elementos da mitologia da Grécia Antiga, com o sagrado e o profano amalgamados em habitações clandestinas.
“Diariamente, meus alunos enfrentam problemas. Da criança ter que faltar aula porque está tendo operação, tiroteio. Isso é muito ruim pra gente, muito difícil. E, ao chegar
na sala de aula, também demora para fechar a porta e esquecer do que está acontecendo lá fora, sendo que muitas têm amigos, parentes dela lá fora sujeitos a ganhar uma bala perdida”, explica Thereza, que nunca “perdeu” nenhum aluno para o tráfico, mas sim
teve que “recuperar” o pai de bailarina.
Além de batalhar para manter suas crianças frequentando as unidades de dança espalhadas pelas comunidades cariocas, Thereza enfrenta resistências das famílias para verem
a dança como uma atividade possível e com potencial de crescimento para crianças e jovens do sexo masculino.
“Para a menino sempre tem resistência, mas pra menina, não. Todas elas querem fazer balé, ficam me procurando. Tenho pouquíssimos meninos matriculados, a resistência
é imensa, é muito conservadorismo. O Rômulo Mello, que vai dançar o balé “Refavela”, tinha deixado o grupo para ser auxiliar de pedreiro. E hoje, ele está voltando para o Dançando, porque ele viu que aquele caminho não era o dele. Mas acho que o preconceito
vem principalmente da elite, que também precisa ser reeducada pela arte.
Exemplos deste trabalho bem-feito de revelar talentos não faltam. Há ex-integrantes do projeto que hoje atuam em companhias importantes pelo mundo e fizeram da dança profissão.
Inclusive, o Dançando Para Não Dançar nesta apresentação comemorativa vai contar com a participação de Ingrid Silva, primeira-bailarina do Dance Theatre of Harlem e revelada pelo projeto.
“Nós normalmente não contratamos professoras. O que temos são ex-alunas que retornam ao Brasil e voltam pra dar aula aqui”, comenta Thereza.
Parcerias O projeto Dançando Para Não Dançar é patrocinado
pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura - Lei do ISS. Também conta com apoio de Governo do Estado do Rio de Janeiro, Vídeo Filme, Casa do Biscoito e do curso de inglês
Brasas.
Repertório
“Desejo e Necessidade” (Chico César) 5:40
“Enxerto Poético” (Chico César) 5:12
“Cálice” (Chico Buarque e Gilberto Gil) 4:17
Ora-Pro-Nobis
“Estado de Poesia”(Chico César) 5:15
“Palavra Mágica” (Chico César) 4:34
“Por que você não vem morar comigo” (Chico César) 4:00
“Mama África (Chico César)” 4:11
Serviço - Apresentação Única
Teatro Rival Petrobras - Rua Álvaro Alvim, 33/37 - Centro/Cinelândia - Rio de Janeiro. Data: 21 de outubro (segunda-feira). Horário: 19h30. Abertura da casa: 18h. Entrada Gratuita com 1 kilo de alimento
Classificação Livre. Duração: 45 minutos.www.rivalpetrobras.com.br. Informações: (21) 2240-9796. Capacidade: 350 pessoas. Metrô/VLT: Estação Cinelândia.
Sede do Dançando Para Não Dançar: Rua Frei Caneca, 139 - Centro - Rio de Janeiro. E-mail: projetodancando@gmail.com.
Site:
dpnd.org.br.
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