[News] Dantes Editora lança livros no evento ¨Selvagem
Entre os dias 12 e 15 de novembro, acontece a segunda edição de Selvagem, ciclo de estudos onde rodas de conversa entrelaçam-se com oficinas, música, arte e o lançamentos de quatro livros da Dantes Editora. Com entrada franca e totalmente aberto ao público, o evento acontece no Teatro do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Com mediação de Ailton Krenak, pensadores brasileiros e estrangeiros vão apresentar suas perspectivas e conhecimentos sobre aspectos da vida em rodas de conversa.
A partir de quarta, dia 13, e até o dia 18, as vitrines da Livraria da Travessa em Ipanema (RJ) e em Pinheiros (SP) estarão totalmente dedicadas ao lançamento dos novos títulos da editora. Selvagem se baseia nos livros que inspiram e aprofundam o ciclo de estudos:
“Metamorfoses”, de Emanuele Coccia. Com a presença do autor, haverá o pré-lançamento do livro e apresentação das primeiras páginas e lançamento do cartaz assinado pelo artista Luiz Zerbini, que também ilustra a obra. O filósofo e escritor participa da roda de conversas Metarmorfoses, dia 13 de novembro, das 15 às 18h.
“Regenerantes de Gaia”, de Fabio Scarano, trata do nosso planeta simbiótico, no qual biosfera, geosfera e atmosfera interagem de forma a criar uma estabilidade dinâmica da vida ao longo do tempo. O livro tem narrativas científicas e ensaísticas sobre conceitos como natureza, antropoceno e regeneração. O autor estará presente na roda de conversas Biosfera, dia 13, das 10 às 13h.
“Biosfera”, do autor russo Vladimir Vernadsky, publicado em 1926, até hoje inédito no Brasil. A obra transcorre sobre o organismo vivo composto tanto pela matéria viva quanto pela matéria inerte e sua profunda relação com o meio cósmico e os raios solares.
“Antes o mundo não existia, história dos antigos Desana”, de Torami-Kehíri (Luiz Lana) e Umusi Pãrõkumum (Firmiano Arantes Lana). O lançamento contará com a presença de Torami-Kehíri, do povo Desana. O livro apresenta uma série de narrativas míticas e discorre sobre a criação do mundo. As duas edições anteriores, de 1980 e 1995, foram realizadas com a colaboração de Berta Ribeiro e Dominique Buchillet.
OS LIVROS:
METAMORFOSES, A MATÉRIA DA VIDA
Emanuele Coccia
Ilustrado por Luiz Zerbini
Todo ser passa pela metamorfose. É a experiência elementar e originária da vida, a que define suas forças e seus limites. Desde Darwin, sabemos que qualquer forma de vida – o ser humano incluído – é apenas a metamorfose de uma outra, muitas vezes já desaparecida. De nosso nascimento a nossa alimentação, todos nós passamos por essa experiência. No ato metamórfico, mudança de si e mudança do mundo coincidem. Afirmar que toda vida é um fato metamórfico significa que ela atravessa as identidades e os mundos sem nunca entregá-los de forma passiva. Esse livro inovador, a ser lançado pela Dantes Editora em novembro de 2019, joga as bases de uma filosofia da metamorfose.
Emanuele Coccia é professor titular de filosofia na EHESS (École des Hautes études en Sciences Sociales) em Paris no departamento de História e Teoria da Arte. Ele estudou em Macerata, Florence, Berlim e Paris e estudou filosofia medieval na universidade de Friburgo. Professor convidado de várias instituições, como a Italian Academy for Advanced Studies de New York, ele é autor de inúmeros livros, traduzidos em várias línguas: La Trasparenza delle immagini. Averroè e l’averroismo (2005), La vie sensible (2010), Le bien dans les choses (2013), La vie des plantes (2016), este último publicado no Brasil pela editora Cultura e Barbárie em 2018. O livro, em produção, será lançado no início de 2020 e um cartaz exclusivo de Luiz Zerbini e Emanuele Coccia será lançado durante o ciclo em novembro de 2019.
REGENERANTES DE GAIA
Fábio Scarano
A humanidade, ao transgredir limites planetários com seus hábitos de uso da terra e dos recursos naturais, posiciona o mundo na era do Antropoceno. As consequentes crises do clima, da biodiversidade e humanitária levam à ciência ocidental a reconhecer a indissociabilidade e interdependência dos componentes bióticos e abióticos do planeta; algo que outras formas de conhecimento já reconhecem há muito tempo. Essa conectividade caracteriza o planeta Terra como um supra-organismo, chamado de Gaia, por Margulis e Lovelock. A hipótese de Gaia, como ficou conhecida, trata de um planeta simbiótico, no qual biosfera, geosfera e atmosfera interagem de forma a criar uma estabilidade dinâmica da vida ao longo do tempo.
A hipótese foi posta em xeque pela própria ciência ocidental, foi por vezes apropriada pelo esoterismo e submergiu. Entretanto, alguns cientistas, artistas, práticos e atores ligados à espiritualidade seguiram encontrando inspiração em Gaia e, ainda que de forma menos visível, prosseguiram com seus estudos. Esse livro revisita a hipótese e avança, propondo um conjunto de características de Gaia como organismo, assim como discute uma perspectiva de evolução
para Gaia – justamente um dos pontos mais criticados pela ciência ocidental. Como organismo, o livro propõe e demonstra que Gaia possui ‘células-tronco’, ‘consciência’, ‘desenvolvimento’ e, finalmente, ‘morte’. Como evolução, o texto propõe e argumenta que Gaia, através do DNA, pode se reproduzir, e que o advento do tecnoceno, talvez permita a colonização de outros planetas pelo próprio DNA, criando uma população de planetas sujeita aos princípios da seleção natural.
Além de Gaia, a narrativa tem dois sujeitos principais: os seres humanos e as plantas, ‘células’ de Gaia. Os humanos por terem conduzido o planeta à sua crise atual e as plantas por serem 99% da biomassa do planeta, de Gaia, e por residir nelas boa parte da solução.
BIOSFERA
Vladimir Vernadsky
Publicado pela primeira vez em 1926, a obra “Biosfera” do russo Vladimir Vernadsky ficou muito tempo ignorada no Ocidente antes de ser reconhecida. É um livro que revolucionou nossa visão do mundo. Vernadsky nos ensina como a vida foi e continua sendo a força geológica transformadora do nosso planeta. Ele mostra as diferenças entre uma visão inanimada e mineralógica da história da terra e um retrato da Terra infinitamente dinâmica como domínio e produto de vida, assunto ainda pouco estudado.
Aristocrata russo, membro da academia e do Conselho do Estado a partir de 1906, esse grande científico ficou famoso por ser, tanto no Império dos Tzars como o do Staline, um defensor da ciência liberal, inimigo dos totalitarismos. Seu pensamento transdisciplinar o levou a juntar as ciências da vida e as da Terra – ainda separadas naquela época – para criar um resultado inédito e moderno. Atrás da “biosfera” de Vladimir Vernadsky, que tem uma visão global e cósmica de um planeta vivo, é toda a ecologia moderna que se desenha. Com seus desafios científicos, humanos e políticos.
O autor cria conexões entre vida na Terra e o resto do planeta, e assim procura entender as profundas implicações da vida como um fenômeno cósmico. Mineralogista de formação, esse pesquisador inventou o conceito de biosfera, o que o torna o fundador da ecologia global.
Essa será a primeira edição brasileira da obra, ilustrada com os desenhos das mulheres Kadiweu guardados na coleção de Berta e Darcy Ribeiro em Brasília.
ANTES O MUNDO NÃO EXISTIA
História dos antigos Desana Kehípõrã narrada por Umusi Pãrõkumu Firmiano Lana e Torami-Kehíri Luiz Lana
Enquanto ela (a avós do Mundo) estava pensando no seu Quarto de Quartzo Branco, começou a se levantar algo, como se fosse uma esfera e, em cima dela, apareceu uma espécie de pico. Isso aconteceu com o seu pensamento. A esfera, enquanto estava se levantando, envolveu a escuridão, de maneira que esta toda ficou dentro dele. A esfera era o mundo.
O surgimento do mundo contado por Firmiano e seu filho Luiz, revisto e anotado por Berta Ribeiro e Dominique Buchillet. A história de como Yebá Buró, a avó da terra se pôs a pensar como seria o mundo e de como a humanidade foi trazida por uma grande jiboia, a “Canoa da Futura Humanidade” ou “Canoa de Transformação” ou “Canoa-Cobra”.
O registro da memória sobre a origem do mundo e da humanidade por um povo que a transmitiu na oralidade através dos tempos. A primeira edição foi publicada em 1980 pela Livraria Cultura Editora com introdução e notas da antropóloga Berta Ribeiro e tiragem de cinco mil exemplares. A segunda edição realizada pelo ISA na década de 90 contou com revisão e notas da antropóloga Dominique Buchillet. Nossa edição, revista pelo autor, integrará ao trabalho de Berta e Dominique, 56 novas ilustrações feitas por Luiz Lana e sua família.
Os povos Tukano orientais são os Tukano, Desana, Tuyuka, Karapanã, Makuná, Siriano, Miriti-Tapuyo, Pirá-Tapuyo, Arapaço, Uanano, Cubeo, Bará e Barasana, que vivem ao longo do rio Uaupés e seus principais afluentes: Tiquié, Papuri, Querari e Cuduiari, no Brasil, e Pira-paraná e Apaporis, na Colômbia.
Os Desana ou Ũmũkomahsã, “Gente do Universo”, do qual fazem parte os narradores deste volume, são aproximadamente mil pessoas, no Brasil, distribuídos em aproximadamente 50 comunidades espalhadas pelos Rios Tiquié e Papuri, e seus principais afluentes navegáveis (fonte: ISA).
SERVIÇO - SELVAGEM
DATA: 12 a 15 de novembro de 2019
HORÁRIOS: 12 de novembro – Abertura: 18h às 21h
13 a 15 de novembro: 10 às 18h
LOCAL: Teatro do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (Rua Jardim Botânico, 1008)
ENTRADA FRANCA
SOBRE:
Selvagem é um ciclo de estudos aberto ao público com rodas de conversa, oficinas, música e lançamento de livros. Pesquisadores de culturas aparentemente distantes entre si, e que se valem de mecanismos próprios de estudo, reúnem-se em encontros abertos ao público para apresentar suas perspectivas e conhecimentos sobre a vida. Com a mediação de Ailton Krenak, um dos mais importantes pensadores brasileiros, são criadas, em torno de eixos temáticos, as correspondências entre saberes científicos, indígenas, artísticos, acadêmicos e ancestrais.
Os livros estarão à venda em uma kombi na entrada do teatro:
Regenerantes de Gaia, de Fabio Scarano. Ilustração Lua Kali – R$38,00
Antes o mundo não existia - Mitologia Desana Kehípõrã narrada e ilustrado por Umusi Pãrõkumu Firmiano Lana e Torami-Kehíri Luiz Lana. 224 pág - R$ 49,90
Biosfera, de Vladimir Vernadsky. Ilustração povo Kadiweu. 220 pág - R$ 49,90
Una Isī – Livro da Cura do povo Huni Kuin do Rio Jordão. 260 pág – R$ 169,90
Cartaz Metamorfoses de Emanuele Coccia, ilustração Luiz Zerbini. R$ 25
A partir de quarta, dia 13, e até o dia 18, as vitrines da Livraria da Travessa em Ipanema (RJ) e em Pinheiros (SP) estarão totalmente dedicadas ao lançamento dos novos títulos da editora. Selvagem se baseia nos livros que inspiram e aprofundam o ciclo de estudos:
“Metamorfoses”, de Emanuele Coccia. Com a presença do autor, haverá o pré-lançamento do livro e apresentação das primeiras páginas e lançamento do cartaz assinado pelo artista Luiz Zerbini, que também ilustra a obra. O filósofo e escritor participa da roda de conversas Metarmorfoses, dia 13 de novembro, das 15 às 18h.
“Regenerantes de Gaia”, de Fabio Scarano, trata do nosso planeta simbiótico, no qual biosfera, geosfera e atmosfera interagem de forma a criar uma estabilidade dinâmica da vida ao longo do tempo. O livro tem narrativas científicas e ensaísticas sobre conceitos como natureza, antropoceno e regeneração. O autor estará presente na roda de conversas Biosfera, dia 13, das 10 às 13h.
“Biosfera”, do autor russo Vladimir Vernadsky, publicado em 1926, até hoje inédito no Brasil. A obra transcorre sobre o organismo vivo composto tanto pela matéria viva quanto pela matéria inerte e sua profunda relação com o meio cósmico e os raios solares.
“Antes o mundo não existia, história dos antigos Desana”, de Torami-Kehíri (Luiz Lana) e Umusi Pãrõkumum (Firmiano Arantes Lana). O lançamento contará com a presença de Torami-Kehíri, do povo Desana. O livro apresenta uma série de narrativas míticas e discorre sobre a criação do mundo. As duas edições anteriores, de 1980 e 1995, foram realizadas com a colaboração de Berta Ribeiro e Dominique Buchillet.
OS LIVROS:
METAMORFOSES, A MATÉRIA DA VIDA
Emanuele Coccia
Ilustrado por Luiz Zerbini
Todo ser passa pela metamorfose. É a experiência elementar e originária da vida, a que define suas forças e seus limites. Desde Darwin, sabemos que qualquer forma de vida – o ser humano incluído – é apenas a metamorfose de uma outra, muitas vezes já desaparecida. De nosso nascimento a nossa alimentação, todos nós passamos por essa experiência. No ato metamórfico, mudança de si e mudança do mundo coincidem. Afirmar que toda vida é um fato metamórfico significa que ela atravessa as identidades e os mundos sem nunca entregá-los de forma passiva. Esse livro inovador, a ser lançado pela Dantes Editora em novembro de 2019, joga as bases de uma filosofia da metamorfose.
Emanuele Coccia é professor titular de filosofia na EHESS (École des Hautes études en Sciences Sociales) em Paris no departamento de História e Teoria da Arte. Ele estudou em Macerata, Florence, Berlim e Paris e estudou filosofia medieval na universidade de Friburgo. Professor convidado de várias instituições, como a Italian Academy for Advanced Studies de New York, ele é autor de inúmeros livros, traduzidos em várias línguas: La Trasparenza delle immagini. Averroè e l’averroismo (2005), La vie sensible (2010), Le bien dans les choses (2013), La vie des plantes (2016), este último publicado no Brasil pela editora Cultura e Barbárie em 2018. O livro, em produção, será lançado no início de 2020 e um cartaz exclusivo de Luiz Zerbini e Emanuele Coccia será lançado durante o ciclo em novembro de 2019.
REGENERANTES DE GAIA
Fábio Scarano
A humanidade, ao transgredir limites planetários com seus hábitos de uso da terra e dos recursos naturais, posiciona o mundo na era do Antropoceno. As consequentes crises do clima, da biodiversidade e humanitária levam à ciência ocidental a reconhecer a indissociabilidade e interdependência dos componentes bióticos e abióticos do planeta; algo que outras formas de conhecimento já reconhecem há muito tempo. Essa conectividade caracteriza o planeta Terra como um supra-organismo, chamado de Gaia, por Margulis e Lovelock. A hipótese de Gaia, como ficou conhecida, trata de um planeta simbiótico, no qual biosfera, geosfera e atmosfera interagem de forma a criar uma estabilidade dinâmica da vida ao longo do tempo.
A hipótese foi posta em xeque pela própria ciência ocidental, foi por vezes apropriada pelo esoterismo e submergiu. Entretanto, alguns cientistas, artistas, práticos e atores ligados à espiritualidade seguiram encontrando inspiração em Gaia e, ainda que de forma menos visível, prosseguiram com seus estudos. Esse livro revisita a hipótese e avança, propondo um conjunto de características de Gaia como organismo, assim como discute uma perspectiva de evolução
para Gaia – justamente um dos pontos mais criticados pela ciência ocidental. Como organismo, o livro propõe e demonstra que Gaia possui ‘células-tronco’, ‘consciência’, ‘desenvolvimento’ e, finalmente, ‘morte’. Como evolução, o texto propõe e argumenta que Gaia, através do DNA, pode se reproduzir, e que o advento do tecnoceno, talvez permita a colonização de outros planetas pelo próprio DNA, criando uma população de planetas sujeita aos princípios da seleção natural.
Além de Gaia, a narrativa tem dois sujeitos principais: os seres humanos e as plantas, ‘células’ de Gaia. Os humanos por terem conduzido o planeta à sua crise atual e as plantas por serem 99% da biomassa do planeta, de Gaia, e por residir nelas boa parte da solução.
BIOSFERA
Vladimir Vernadsky
Publicado pela primeira vez em 1926, a obra “Biosfera” do russo Vladimir Vernadsky ficou muito tempo ignorada no Ocidente antes de ser reconhecida. É um livro que revolucionou nossa visão do mundo. Vernadsky nos ensina como a vida foi e continua sendo a força geológica transformadora do nosso planeta. Ele mostra as diferenças entre uma visão inanimada e mineralógica da história da terra e um retrato da Terra infinitamente dinâmica como domínio e produto de vida, assunto ainda pouco estudado.
Aristocrata russo, membro da academia e do Conselho do Estado a partir de 1906, esse grande científico ficou famoso por ser, tanto no Império dos Tzars como o do Staline, um defensor da ciência liberal, inimigo dos totalitarismos. Seu pensamento transdisciplinar o levou a juntar as ciências da vida e as da Terra – ainda separadas naquela época – para criar um resultado inédito e moderno. Atrás da “biosfera” de Vladimir Vernadsky, que tem uma visão global e cósmica de um planeta vivo, é toda a ecologia moderna que se desenha. Com seus desafios científicos, humanos e políticos.
O autor cria conexões entre vida na Terra e o resto do planeta, e assim procura entender as profundas implicações da vida como um fenômeno cósmico. Mineralogista de formação, esse pesquisador inventou o conceito de biosfera, o que o torna o fundador da ecologia global.
Essa será a primeira edição brasileira da obra, ilustrada com os desenhos das mulheres Kadiweu guardados na coleção de Berta e Darcy Ribeiro em Brasília.
ANTES O MUNDO NÃO EXISTIA
História dos antigos Desana Kehípõrã narrada por Umusi Pãrõkumu Firmiano Lana e Torami-Kehíri Luiz Lana
Enquanto ela (a avós do Mundo) estava pensando no seu Quarto de Quartzo Branco, começou a se levantar algo, como se fosse uma esfera e, em cima dela, apareceu uma espécie de pico. Isso aconteceu com o seu pensamento. A esfera, enquanto estava se levantando, envolveu a escuridão, de maneira que esta toda ficou dentro dele. A esfera era o mundo.
O surgimento do mundo contado por Firmiano e seu filho Luiz, revisto e anotado por Berta Ribeiro e Dominique Buchillet. A história de como Yebá Buró, a avó da terra se pôs a pensar como seria o mundo e de como a humanidade foi trazida por uma grande jiboia, a “Canoa da Futura Humanidade” ou “Canoa de Transformação” ou “Canoa-Cobra”.
O registro da memória sobre a origem do mundo e da humanidade por um povo que a transmitiu na oralidade através dos tempos. A primeira edição foi publicada em 1980 pela Livraria Cultura Editora com introdução e notas da antropóloga Berta Ribeiro e tiragem de cinco mil exemplares. A segunda edição realizada pelo ISA na década de 90 contou com revisão e notas da antropóloga Dominique Buchillet. Nossa edição, revista pelo autor, integrará ao trabalho de Berta e Dominique, 56 novas ilustrações feitas por Luiz Lana e sua família.
Os povos Tukano orientais são os Tukano, Desana, Tuyuka, Karapanã, Makuná, Siriano, Miriti-Tapuyo, Pirá-Tapuyo, Arapaço, Uanano, Cubeo, Bará e Barasana, que vivem ao longo do rio Uaupés e seus principais afluentes: Tiquié, Papuri, Querari e Cuduiari, no Brasil, e Pira-paraná e Apaporis, na Colômbia.
Os Desana ou Ũmũkomahsã, “Gente do Universo”, do qual fazem parte os narradores deste volume, são aproximadamente mil pessoas, no Brasil, distribuídos em aproximadamente 50 comunidades espalhadas pelos Rios Tiquié e Papuri, e seus principais afluentes navegáveis (fonte: ISA).
SERVIÇO - SELVAGEM
DATA: 12 a 15 de novembro de 2019
HORÁRIOS: 12 de novembro – Abertura: 18h às 21h
13 a 15 de novembro: 10 às 18h
LOCAL: Teatro do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (Rua Jardim Botânico, 1008)
ENTRADA FRANCA
SOBRE:
Selvagem é um ciclo de estudos aberto ao público com rodas de conversa, oficinas, música e lançamento de livros. Pesquisadores de culturas aparentemente distantes entre si, e que se valem de mecanismos próprios de estudo, reúnem-se em encontros abertos ao público para apresentar suas perspectivas e conhecimentos sobre a vida. Com a mediação de Ailton Krenak, um dos mais importantes pensadores brasileiros, são criadas, em torno de eixos temáticos, as correspondências entre saberes científicos, indígenas, artísticos, acadêmicos e ancestrais.
Os livros estarão à venda em uma kombi na entrada do teatro:
Regenerantes de Gaia, de Fabio Scarano. Ilustração Lua Kali – R$38,00
Antes o mundo não existia - Mitologia Desana Kehípõrã narrada e ilustrado por Umusi Pãrõkumu Firmiano Lana e Torami-Kehíri Luiz Lana. 224 pág - R$ 49,90
Biosfera, de Vladimir Vernadsky. Ilustração povo Kadiweu. 220 pág - R$ 49,90
Una Isī – Livro da Cura do povo Huni Kuin do Rio Jordão. 260 pág – R$ 169,90
Cartaz Metamorfoses de Emanuele Coccia, ilustração Luiz Zerbini. R$ 25
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