[News] “A Febre”, de Maya Da-Rin, estreia dia 16 de abril no Brasil

“A Febre”, de Maya Da-Rin, estreia no Brasil dia 16 de abril com distribuição da Vitrine Filmes. O longa, que já confirmou presença em mais de 40 festivais internacionais, será exibido na Mostra Bright Future no Festival de Roterdã, na Holanda, e no Festival de Cinema de Göteborg, na Suécia.

No Festival de Cinema de Göteborg o filme será exibido dia 24 de janeiro, às 16h30, no Bio Roy. Já no Festival de Roterdã o filme fará sua première no festival dia 25 de janeiro, às 11h00, no Pathé 4. A sessão será seguida de um bate-papo com a presença do produtor Leonardo Mecchi.

A trama narra a história de Justino, um indígena do povo Desana que trabalha como vigilante em um porto de cargas e vive na periferia de Manaus. Desde a morte da sua esposa, sua principal companhia é a filha Vanessa, que está de partida para estudar Medicina em Brasília. Como o passar dos dias, Justino é tomado por uma febre forte. Durante a noite, uma criatura misteriosa segue seus passos. Durante o dia, ele luta para se manter acordado no trabalho. Porém, sua rotina no porto é transformada com a chegada de um novo vigia. Nesse meio tempo, seu irmão vem de visita e Justino relembra a vida na aldeia, de onde partiu há mais de vinte anos.

 O longa já recebeu 18 prêmios até o momento. A produção é da Tamanduá Vermelho e Enquadramento Produções, em coprodução com Still Moving (França) e Komplizen Film (Alemanha). A Still Moving é responsável pelas vendas internacionais.

SINOPSE

Em Manaus, uma cidade industrial cercada pela floresta amazônica, Justino, um indígena Desana de 45 anos, trabalha como vigia no porto de cargas. Desde a morte de sua esposa, sua principal companhia é sua filha mais nova, Vanessa, com quem vive em uma casa na periferia. Enfermeira em um posto de saúde, Vanessa é aceita para estudar medicina em Brasília, e terá que partir em breve.

Com o passar dos dias, Justino é tomado por uma febre forte. Durante a noite, uma criatura misteriosa segue seus passos. Durante o dia, ele luta para se manter acordado no trabalho. A rotina tediosa do porto é quebrada pela chegada de um novo vigia. Enquanto isso, a visita de seu irmão faz Justino rememorar a vida na aldeia, de onde partiu vinte anos atrás. Entre a opressão da cidade e a distância de sua aldeia na floresta, Justino já não pode suportar uma existência sem lugar.



FICHA TÉCNICA

Direção: Maya Da-Rin

Roteiro: Maya Da-Rin, Miguel Seabra Lopes, Pedro Cesarino

Produtores: Maya Da-Rin, Leonardo Mecchi, Juliette Lepoutre

Co-produtores: Pierre Menahem, Janine Jackowski, Jonas Dornbach

Empresas Produtoras: Tamanduá Vermelho, Enquadramento Produções (Brasil)

Empresas Coprodutoras: Still Moving (França), Komplizen Film (Alemanha)

Produtor Executivo: Leonardo Mecchi

Assistente de Direção: Milena Times

Diretora de Fotografia: Bárbara Alvarez

Som: Felippe Schultz Mussel, Breno Furtado, Romain Ozanne

Mixagem: Emmanuel Croset

Direção de Arte: Ana Paula Cardoso

Figurino: Joana Gatis

Maquiagem: Helena d’Araújo

Edição: Karen Akerman



ELENCO

Regis Myrupu como Justino

Rosa Peixoto como Vanessa

Johnatan Sodré como Everton

Kaisaro Jussara Brito como Jalmira

Edmildo Vaz Pimentel como André

Anunciata Teles Soares como Marta

Lourinelson Wladmir como Wanderlei



SOBRE A DIRETORA:

Cineasta e artista visual, Maya Da-Rin é graduada no Le Fresnoy – Studio National des Arts Contemporains, na França, tem mestrado em cinema e história da arte na Sorbonne Nouvelle, e participou de oficinas na Escola de Cinema de Cuba. Dirigiu os documentários Terras (2010) e Margem (2007), exibidos em de mais de 50 festivais internacionais. Seu primeiro longa-metragem de ficção como diretora, A Febre, teve sua estreia mundial na competição internacional do Festival de Locarno, na Suíça, onde ganhou o Pardo de Melhor Ator; tendo sido  também premiado como Melhor Filme nos festivais de Biarritz e Pingyao, e como Melhor Direção no Festival de Chicago.


Filmografia da diretora

- A Febre [The Fever], longa de ficção, 2019, 98’

- Camuflagem [Camouflage], vídeo-instalação, 2013, 6’

- Horizonte de Eventos [Event Horizon], vídeo-instalação, 2012, 45’

- Version Française [French Version], curta-metragem, 2011, 19’

- Terras [Lands], documentário, 2009, 70’

- Margem (Margin), documentário, 2006, 54’

- E Agora José? (The World Tilts to Here, 2002, 27’)

SOBRE A TAMANDUÁ VERMELHO:

Depois de terminar a formação em Cinema e Artes Visuais no Le Fresnoy, Maya Da-Rin decidiu criar a sua própria empresa, trazendo a bordo os documentários “Terras” (que estreou no Festival de Locarno e foi exibido em mais de 40 festivais ao redor do mundo, ganhando nove prêmios diferentes) e “Margem” (exibido em festivais como Toulouse, Havana e Uruguai).

Tamanduá Vermelho inicia suas atividades produzindo o longa-metragem “A Febre”, um projeto selecionado para a residência da Cinefondation e para o encontro de coprodução La Fabrique (ambos organizados pelo Festival de Cannes), além dos programas Script & Pitch e FrameWork, do TorinoFilmLab. Ganhou ainda o fundo de desenvolvimento Hubert Bals Fund (do Festival de Rotterdam). O projeto também contou com o apoio do Fundo Setorial do Audiovisual, da ANCINE, do Aide aux Cinémas du Monde, do CNC, e do World Cinema Fund, do Festival de Berlim, para sua produção, além do fundo Île-de-France, para sua finalização. O filme teve sua estreia mundial no Concorso internazionale do Festival de Locarno, onde recebeu o prêmio de melhor ator. Além disso, a empresa atualmente também desenvolve o próximo longa-metragem de Maya Da-Rin, em fase de escrita.

SOBRE A ENQUADRAMENTO PRODUÇÕES:

Enquadramento Produções é uma produtora cultural, com sede em São Paulo, que atua no desenvolvimento e produção de projetos de curtas e longas metragens, selecionados para importantes festivais nacionais e internacionais, como Cannes, Locarno, Rotterdam, Viennale, FidMarseille, BAFICI, Brasília, Tiradentes e Gramado.

Entre suas mais recentes produções estão "Los Silencios", de Beatriz Seigner, coprodução Brasil/França/Colômbia (Festival de Cannes - Quinzena dos Realizadores); "A Febre", de Maya Da-Rin, coprodução Brasil/França/Alemanha (Festival de Locarno - Concorso Internazionale); "Mormaço", de Marina Meliande (Festival de Rotterdam - Tiger Competition); e “A Morte Habita à Noite”, de Eduardo Morotó (Festival de Rotterdam - Mostra Bright Future).

Seu sócio-diretor, Leonardo Mecchi, foi ainda produtor executivo de longas como "Obra", de Gregório Graziosi (Melhor Filme pela Crítica e Melhor Fotografia no Festival do Rio), "Super Nada", de Rubens Rewald (Melhor Filme e Prêmio Especial do Júri na mostra Novos Rumos do Festival do Rio) e "Quebradeiras", de Evaldo Mocarzel (Melhor Documentário no Festival de Toulouse, França; Melhor Direção, Fotografia e Som no Festival de Brasília). Foi também produtor associado do documentário "O Processo", de Maria Augusta Ramos (Festival de Berlim).



SOBRE A VITRINE FILMES:

Em nove anos, a Vitrine Filmes distribuiu mais de 150 filmes. Entre seus maiores sucessos estão "Aquarius", "O Som ao Redor", e “Bacurau” de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, longa que já alcançou mais de 750.000 espectadores, além de “A Vida Invisível”, de Karim Aïnouz, representante brasileiro do Oscar deste ano, "Hoje Eu Quero Voltar Sozinho", de Daniel Ribeiro, e “O Filme da Minha Vida”, de Selton Mello.

Entre os documentários, a distribuidora lançou "Divinas Divas", dirigido por Leandra Leal e "O Processo", de Maria Augusta Ramos, que entrou para a lista dos 10 documentários mais vistos da história do cinema nacional.


Em 2020, ano em que completa 10 anos, a Vitrine Filmes já lançou “O Farol”, de Robert Eggers, indicado ao Oscar de Melhor Fotografia, e ainda lançará “Três Verões”, de Sandra Kogut, o premiadíssimo “A Febre”, de Maya Da-Rin, e “Você Não Estava Aqui”, novo longa de Ken Loach, ainda no primeiro semestre.


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