[Crítica] Por lugares incríveis, disponível na Netflix

Sinopse:
Violet Markey (Elle Fanning) e Theodore Finch (Justice Smith) têm suas vidas transformadas para sempre quando se conhecem. Juntos, eles se apoiam para curar os estigmas emocionais e físicos que adquiriram no passado.

O que eu achei?

Violet é uma adolescente que perdeu sua irmã num acidente e tem visto sua alegria se dissipar. Theodore conhece Violet quando ela está em cima de uma mureta, sim meus caros a primeira cena é esta, uma adolescente querendo se suicidar. 

Theodore é um rapaz que se encanta por Violet desde o primeiro momento e força uma barra pesada para se aproximar dela. O rapaz problemático e a moça depressiva, um reconhece a dor do outro. Cada um demonstra de uma forma sua própria dor, Violet não sorri, não entra num carro, enquanto Theodore tem surtos em que se desliga e no meio de tantas emoções e sentimentos o amor surge.
Enquanto o relacionamento deles vai amadurecendo o lado obscuro de Theodore surge, e ele ocasionalmente some sem que ninguém saiba onde está, deixando com que Violet sofra com seu desaparecimento, mesmo que ela não faça por mal, isso é uma constante dele.

O filme soa como algo que você já viu em muitos filmes, tem um pouco de A culpa das estrelas, ou filmes com a temática drama- romance- doença, mas desta vez o foco é a depressão, um filme sensível que merecia uma atriz que pudesse enfatizar o sofrimento de seu personagem de uma forma mais abrangente. Elle Fanning deixa a desejar na interpretação de uma personagem corroída pela dor da perda, a impressão que temos é que Violet está perdida dentro de si, mas a atriz não emociona, não chora e dificulta na aproximação entre expectador e personagem. Enquanto Justice merecia muito mais espaço para mostrar toda angústia e solidão que seu personagem sentia, era totalmente perceptível( quando o roteiro permitia) sentir o destempero e desespero do personagem. 
Se Justice pudesse se doar mais e o foco não fosse em Elle, certamente teríamos um filme mais dramático e repleto de verdade. Momentos em que Theodore está sozinho com seus post-its em seu quarto era tão dolorido e angustiante como se eu mesma sentisse aquilo.

O filme é bom, mas ao que indica não segue o livro(não nos choca), e temos uma história de amor bonita em que cada momento deve ser vivido e apreciado. Vale a lição de admirarmos cada lugar, cada momento e tornamos cada canto do mundo em Lugares incríveis.

Trailer:

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