[Resenha] Sapatos Vermelhos São De Puta



Sinopse: "Com um título provocador e que pode soar até mesmo um tanto quanto perturbador para alguns, Jorgelina Albano faz um convite para aqueles que ousarem passar por suas páginas, assumindo e mostrando que é preciso questionar crenças arraigadas culturalmente e começar a pensar de maneira diferente. Sapatos vermelhos são de puta incita aquele que o lê não apenas a desafiar o patriarcado para alcançar a equidade como também a refinar a visão para rever perspectivas, além de cavar e destruir os fundamentos de uma sociedade profundamente desigual para homens e mulheres. E, a partir dessas ruínas, construir o novo, destacando, mais uma vez, que só se é possível transformar o mundo se algumas convicções absolutas forem quebradas de uma vez por todas."

O que achei? Sapatos Vermelhos São De Puta, escrito por Jorgelina Albano, idealizadora e diretora do projeto Alabadas.com, mostra as barreiras do patriarcado presente na sociedade e suas consequências na vida das mulheres.

O livro menciona eventos recentes na América Latina em relação às lutas por igualdade de direitos de gêneros como representatividade da mulher em posições de autoridade, direitos trabalhistas, direitos sobre o próprio corpo, proteção contra a violência de gênero e como estes são ameaçados em diferentes países por causa do patriarcado.

A autora escreveu um livro feminista e bem humano que mostra a realidade da mulher não apenas através de dados como também com partes de entrevistas de importantes e influentes personalidades femininas, tratando de assuntos polêmicos como aborto, as diferentes formas de violação das quais as mulheres são sujeitas, a procura de identidade e amor próprios e de liberdade para a mulher ser quem ela quer ser.

O livro cumpre ao que veio: fazer o leitor, independentemente de seu gênero, ver a desigualdade dos papéis impostos pela sociedade tanto à mulher quanto ao homem. Nos convida a pensar sobre esses papéis e questionar as crenças estabelecidas e impostas pela sociedade.

Escrito por Michelle Araújo Silva
 
 
 


Nenhum comentário