Os Quartetos de Cordas n. 6 Op. 18 e n. 12 Op. 127 foram gravados durante o concerto que o grupo apresentou na Sala São Paulo, em setembro de 2019. Sobre a turnê os membros do Quatuor Ébène dizem:
“é aqui que Beethoven se torna global. Os quartetos são 16 obras-primas que formam um cânone artístico eternamente moderno, de amplitude e profundidade incomparáveis - eles traduzem a humanidade mais pura em música. Eles representam uma odisséia, uma viagem
ao redor do mundo”. Os músicos acreditam que a obra do compositor "transcende todas as fronteiras linguísticas, geográficas e políticas. Tanto modernas quanto atemporais, é universal. Não pode ser facilmente classificada como clássica ou romântica, como alemã
ou até ocidental, mas é a música que se expressa livremente e que se dirige ao público do futuro em vez de ao seu próprio tempo. Pode parecer complexo a princípio, mas tudo se torna claro à medida que sua essência emerge”.
O grupo também enfatiza que: “o quarteto como gênero oferece aos músicos a chance de brilhar, embora simultaneamente baseado em colaboração e concordância: mostra a democracia em ação. Seu poder emocional e intelectual é considerável, mas também é universalmente
acessível, pois incorpora ideais subjacentes - iluminação, fraternidade e humanismo, como exemplificado por Goethe e Schiller em seu Ode to Joy [a inspiração para o movimento final da 9ª Sinfonia de Beethoven]. Ao mesmo tempo, é influenciado pelas idéias de
Kant sobre moralidade, boa vontade e o imperativo categórico, ideias que ganharam notoriedade no tempo de Beethoven. Também reflete a visão do filósofo alemão de nossa relação com o mundo natural, que tem tanta ressonância para as questões ambientais de hoje”.
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