[Saúde]Quarentena x uso excessivo do fone de ouvido
QUARENTANA
X USO EXCESSIVO DO FONE DE OUVIDO
População
corre alto risco para o zumbido e surdez precoce
Ele
foi desenvolvido em 1919 com endereço certo: as cabines de avião e
escutas de rádio, mas ganhou o mundo globalizado e invadiu as ruas.
Os fones de ouvido, inicialmente, eram maiores e mais pesados. Ao
longo dos anos esse acessório inofensivo foi sendo transformado e
adaptado para facilitar o seu uso. Atualmente com a quarentena e o
isolamento social devido a Pandemia ele é acessório indispensável
para o trabalho home-office, as aulas das crianças , adolescentes e
adultos – e o uso excessivo do fone de ouvido pode prejudicar os
ouvidos, causando zumbido e até a surdez precoce.
Dra.
Tanit Ganz Sanchez – otorrino dá
dicas e informações úteis para auxiliar ao uso correto deste
acessório que é o queridinho das crianças e adolescentes e é
muito necessário neste tempo de isolamento social, em reuniões,
aulas e até visitas que estão online.
Será
que o fone de ouvido pode prejudicar quem os utiliza?
“Apesar
de ser uma invenção maravilhosa e transformadora, o uso do fone de
ouvido de maneira errada ou abusiva pode sim prejudicar a saúde, em
especial a dos ouvidos, porém não exclusivamente. O dano costuma
ser decorrente de excesso de volume e/ou excesso de tempo e/ou
vulnerabilidade individual de cada pessoa, ou ainda, todos os fatores
juntos!”,
segundo Tanit
Ganz Sanches, Fundadora
e Diretora do Instituto Ganz Sanchez.
Zumbido:
efeitos danosos
De
acordo com a pesquisadora, Dra. Tanit Ganz Sanchez, o zumbido nos
ouvidos é causado pela lesão
temporária ou definitiva das
células ciliadas. Localizadas no ouvido interno (cóclea), essas
células alongam e encurtam repetidamente quando estimuladas por
vibrações sonoras.
Ao
serem estimuladas por altos níveis de vibrações sonoras, como os
causados por uma explosão, fogos de artifícios, o som alto de um
fone de ouvido ou em um show, por exemplo, essas células ciliadas
ficam sobrecarregadas e podem sofrer lesões temporárias ou
definitivas.
A
fim de compensar a perda de função das células ciliadas lesionadas
ou mortas, as regiões vizinhas passam a trabalhar em um ritmo mais
acelerado do que o normal, o que dá origem ao zumbido nos ouvidos,
explicou Sanchez.
Redução
da capacidade auditiva
A
perda dessas sinapses, causada pela exposição a altos níveis de
ruído, pode provocar, além da diminuição da capacidade auditiva,
alterações neurais em vias auditivas que reduzem a tolerância ao
nível de som, como se observou nos adolescentes participantes do
estudo, apontaram os pesquisadores.
“O
zumbido nos ouvidos e a menor tolerância a níveis de som
manifestadas pelos adolescentes participantes do estudo podem ser
indícios de perdas de sinapses das células ciliadas que não são
detectadas em exames audiométricos”,
afirmou Sanchez. “Por
isso, pode parecer que não há lesão na via auditiva, mas, na
verdade, a lesão é que não aparece na audiometria, dificultando o
diagnóstico”,
ressaltou.
O
uso frequente de fones de ouvido e a exposição a ambientes
barulhentos, por crianças e adolescentes até os 20, 25 anos, por
exemplo, a perda de sinapses tende a continuar progredindo e eles
podem ter problemas de surdez enquanto ainda são jovens, estimou
Sanchez.
Dra.
Tanit explica a diferença entre os modelos de fone de ouvido mais
usado:
- F ones circumaurais: cobrem toda a orelha e, por isso, oferecem um bloqueio físico à captura dos ruídos externos. Assim, não é necessário aumentar tanto o volume. Têm a melhor qualidade de som.
- Fones supra-auriculares: também são grandes, mas ao invés de envolverem as orelhas, ficam sobre elas. Então, o bloqueio físico para os sons ambientes é menor.
- F ones auriculares: são os mais usados, pois já vêm com os smartphones. São colocados próximo à entrada do canal auditivo, mas sem vedá-lo. Não bloqueiam a entrada de sons do ambiente.
- Fones intra-auriculares: São os menores. Encaixam-se dentro do canal auditivo e bloqueiam a entrada de sons ambientais.
*Fotos
meramente ilustrativas.
Algumas
dicas para
preservar a saúde auditiva, que podem ser seguidas em paralelo à
orientação médica individual para cada caso:
- Ao usar os fones de ouvido, evite ultrapassar a metade da potência do seu aparelho ou usar mais que 2 horas seguidas. Isso faz MUITA diferença para a segurança dos seus ouvidos!
2. Alimente-se
bem,
de 4 a 6 vezes por dia, sem “pular refeição”. Evite excesso de
cafeína, doces, álcool e nicotina.
3. Diminua
o tempo de contato do celular com o ouvido,
use mais o viva-voz ou fone e troque algumas ligações por mensagem
de texto.
4. Estimule
seus ouvidos com baixo
volume de
música
suave ou outros sons agradáveis.
5.
Evite
auto-medicação,
pois certos medicamentos podem causar zumbido.
6. Incorpore
mais atividades de prazer na
sua vida: atividade física, passeios, relacionamentos saudáveis,
cinema etc. Momentos de felicidade ajudam a restaurar nossos os
órgãos, inclusive os ouvidos.
7.
Alivie
seu estresse
com atividades relaxantes,
como yoga, meditação, Tai-Chi, Chi-Cong etc.
8.
Informe-se!
Acesse
as palestras gratuitas do Grupo de Apoio Nacional a Pessoas com
Zumbido (GANZ) na
TV Zumbido (www.tvzumbido.com.br).
Sobre
a Profissional
Sobre
a Dra. Tanit Ganz Sanchez:
• Médica
Otorrinolaringologista formada pela Universidade de São Paulo;
• Profa.
Livre Docente e Associada da Otorrinolaringologia da Universidade de
São Paulo
• Orientadora
de pós-graduação da Fonoaudiologia da Universidade de São Paulo;
•
Pesquisadora
dos incômodos dos ouvidos há mais de 25 anos, reconhecida
internacionalmente como referência para assuntos relacionados sobre
a “Quadrilha do Ouvido;
• Fundadora
e Diretora do Instituto Ganz Sanchez que há mais de 10 anos que é
direcionado exclusivamente ao estudo e atendimento de pessoas com
Zumbido, Misofonia e Hiperacusia;
• Criadora
e coordenadora do: - GANZ: Grupo de Apoio Nacional a Pessoas com
Zumbido;
• Idealizadora
do Novembro Laranja (Campanha Nacional de Alerta ao Zumbido); -
• Idealizadora
da TV Zumbido (www.tvzumbido.com.br);
•
Blitz do Ouvido (no Programa Bem Estar Global)
• Membro
da ABORL-CCF;
• Membro
do Corpo Editorial das revistas científicas: Clinics, International
Archives of Otorhinolaryngology e Brazilian Journal of
Otorhinolaryngology;
Serviço:
Assessoria
de imprensa:
Banco
de Noticias
Débora
Nogueira – 11 99399 7726
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