Com estilo musical tradicionalmente classificado como rock e baião, o artista conquistou o país ao unir o gêneros com
músicas como “Let Me Sing, Let Me Sing” e ficou conhecido com o que foi chamado de estilo “contestador e místico”. O álbum de estreia, “Raulzito e os Panteras”, de 1968, foi produzido quando Raul ainda integrava o grupo Raulzito e os Panteras, mas, o cantor
ganhou atenção do público apenas com os lançamentos de sucessos como “Ouro de Tolo”, “Mosca na Sopa” e “Metamorfose Ambulante”, do álbum “Kirg-ha, Bandolo!”, de 1973.
Cético e agnóstico, as composições de Raul imprimiam todas as ideias defendidas pelo cantor. Em “Gita”, álbum de 1974, estreia influenciada por figuras como Aleister Crowley, o artista trouxe faixas de peso e que representam todas as craças do músico. “Sociedade
Alternativa”, era uma delas, nela, Seixas escracha alguns dos gostos pessoais, que incluem filosofia, psicologia, história, literatura e latim.
A curiosidade do público em temáticas diferenciadas foi tamanha que Raul foi capaz de atingir uma audiência de peso durante praticamente toda a sua trajetória dentro do mercado fonográfico. Nos anos 80, produziu álbuns de sucesso como “Abre-te Sésamo” (1980),
“Raul Seixas” (1983), “Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum!” (1987) e “A Panela do Diabo” (1989), este último em parceria com o também baiano e amigo Marcelo Nova.
Ainda em crescimento, a obra musical de Raul, na medida em que os álbuns, principalmente os póstumos, continuam a ser vendidos, mantém o artista como um dos mais cultuados e queridos no país.
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