[News] Heloísa Buarque de Hollanda comanda “O que Querem as Mulheres?”
Série documental dirigida por Liloye Boubli apresenta os novos feminismos da diferença, suas demandas, divergências, seus desejos e pontos em comum
Estreia no Canal Brasil, na próxima quarta, dia 26, às 19h15, a série documental “O que Querem as Mulheres?”. Ao longo dos quatro episódios da atração, Heloísa Buarque de Hollanda, uma das principais pesquisadoras do movimento feminista no Brasil, comanda debates com outras pensadoras para apresentar as diferentes faces do feminismo nos tempos atuais – mostrando que o respeito a seus diversos segmentos, contemplando recortes de raça, etnia, diversidade de orientações sexuais, faixa etária e padrões estéticos é central na luta das mulheres.
“Sou uma feminista da terceira onda. Até pouquíssimo tempo, eu acreditava que a minha geração teria sido a última empenhada na luta das mulheres. Até que um vozerio, marchas, protestos, campanhas na rede e meninas na rua se aglomeraram. Gritavam diante da ameaça de retrocesso que representava a aprovação do projeto de lei 5069, de 2013. Esse projeto dificultava o acesso de vítimas de estupro ao aborto legal. Levei um susto, mas foi um susto alegre. Mais alegre ainda ao perceber que aqueles não seriam gritos passageiros. A novidade era tão repentina quanto forte. Pelo menos, ninguém menor de 18 anos precisaria mais disfarçar seu feminismo como era no meu tempo”. É assim que Heloisa se apresenta, abre o programas e comenta o surgimento de uma nova onda feminista.
Cada episódio traz um prisma para olhar a história, os avanços e as dificuldades causadas pelo machismo e pelo patriarcado. No primeiro programa, intitulado “Abre Alas”, a acadêmica e escritora – hoje com 80 anos de idade – discute a semente do feminismo plantada nas décadas de 1960 e 1970, com suas contemporâneas, as advogadas Leila Linhares e Comba Marques Porto. Além dos problemas da desigualdade, havia ainda o inimigo do regime militar que governava o Brasil à época. No episódio seguinte, “Da Ancestralidade ao Futurismo”, ela recebe as pensadoras negras Stephanie Ribeiro, Katiúscia Ribeiro e Morena Mariah que apresentam os conceitos de feminismo negro, mulherismo africano e afrofuturismo.
“Eu acho que a maior mudança não é necessariamente nas pautas, a gente continua falando coisas muito parecidas, no sentido de ainda está discutindo o nosso lugar enquanto mulheres negras na sociedade, mas também no feminismo. Mas eu acho que muda muito o – que a internet proporciona – que é você poder falar por você mesmo, sem intermediário e do seu contexto, do seu ponto de vista”, explica Stephanie.
O ponto de vista de ativistas indígenas é demonstrado no terceiro episódio, dando voz a uma parcela pouco ouvida pelo país. O quarto programa, “Novos Alfabetos”, que recebe a cantora e compositora Ellen Oléria, a atriz Bruna Linzmeyer, e as mulheres trans Amara Moira, escritora, e Helena Vieira, filósofa e escritora, aborda o Feminismo Lésbico e o Transfeminismo.
O Que Querem as Mulheres? (2020) (4 x 25’)
Estreia no Canal Brasil, na próxima quarta, dia 26, às 19h15, a série documental “O que Querem as Mulheres?”. Ao longo dos quatro episódios da atração, Heloísa Buarque de Hollanda, uma das principais pesquisadoras do movimento feminista no Brasil, comanda debates com outras pensadoras para apresentar as diferentes faces do feminismo nos tempos atuais – mostrando que o respeito a seus diversos segmentos, contemplando recortes de raça, etnia, diversidade de orientações sexuais, faixa etária e padrões estéticos é central na luta das mulheres.
“Sou uma feminista da terceira onda. Até pouquíssimo tempo, eu acreditava que a minha geração teria sido a última empenhada na luta das mulheres. Até que um vozerio, marchas, protestos, campanhas na rede e meninas na rua se aglomeraram. Gritavam diante da ameaça de retrocesso que representava a aprovação do projeto de lei 5069, de 2013. Esse projeto dificultava o acesso de vítimas de estupro ao aborto legal. Levei um susto, mas foi um susto alegre. Mais alegre ainda ao perceber que aqueles não seriam gritos passageiros. A novidade era tão repentina quanto forte. Pelo menos, ninguém menor de 18 anos precisaria mais disfarçar seu feminismo como era no meu tempo”. É assim que Heloisa se apresenta, abre o programas e comenta o surgimento de uma nova onda feminista.
Cada episódio traz um prisma para olhar a história, os avanços e as dificuldades causadas pelo machismo e pelo patriarcado. No primeiro programa, intitulado “Abre Alas”, a acadêmica e escritora – hoje com 80 anos de idade – discute a semente do feminismo plantada nas décadas de 1960 e 1970, com suas contemporâneas, as advogadas Leila Linhares e Comba Marques Porto. Além dos problemas da desigualdade, havia ainda o inimigo do regime militar que governava o Brasil à época. No episódio seguinte, “Da Ancestralidade ao Futurismo”, ela recebe as pensadoras negras Stephanie Ribeiro, Katiúscia Ribeiro e Morena Mariah que apresentam os conceitos de feminismo negro, mulherismo africano e afrofuturismo.
“Eu acho que a maior mudança não é necessariamente nas pautas, a gente continua falando coisas muito parecidas, no sentido de ainda está discutindo o nosso lugar enquanto mulheres negras na sociedade, mas também no feminismo. Mas eu acho que muda muito o – que a internet proporciona – que é você poder falar por você mesmo, sem intermediário e do seu contexto, do seu ponto de vista”, explica Stephanie.
O ponto de vista de ativistas indígenas é demonstrado no terceiro episódio, dando voz a uma parcela pouco ouvida pelo país. O quarto programa, “Novos Alfabetos”, que recebe a cantora e compositora Ellen Oléria, a atriz Bruna Linzmeyer, e as mulheres trans Amara Moira, escritora, e Helena Vieira, filósofa e escritora, aborda o Feminismo Lésbico e o Transfeminismo.
O Que Querem as Mulheres? (2020) (4 x 25’)
INÉDITO e EXCLUSIVO
Direção: Liloye Boubli
Classificação: Livre
Estreia: quarta, dia 26/08, às 19h15
Horários: quarta, às 19h15.
Alternativos: quinta, às 14h e segunda, às 12h30.
Classificação: Livre
Estreia: quarta, dia 26/08, às 19h15
Horários: quarta, às 19h15.
Alternativos: quinta, às 14h e segunda, às 12h30.
Nenhum comentário