[Divulgação] Romance gay fala sobre racismo e relacionamento abusivo

 

Publicado de forma independente em 2018, Querido Ex chega às livrarias pela Editora Galera Record. O sucesso, escrito por Juan Jullian, já vendeu mais de 20 mil exemplares, esteve em 1º lugar, durante 100 dias seguidos, na lista dos mais vendidos na categoria LGBT da Amazon e, com a censura na venda de livros dessa temática na Bienal do Rio de Janeiro, em 2019, o título vendeu 10.00 e-books em um só dia. A história, que atraiu essa legião de leitores, reflete sobre problemas reais, como homofobia, racismo e relacionamento abusivo, mas regada de referências do mundo pop – de Lady Gaga à Nicki Minaj – e uma boa comédia agridoce. Afinal, o que você faria se o seu ex-namorado virasse, do dia para noite, a maior celebridade do país? Essa nem mesmo Taylor Swift seria capaz de responder.

Querido ex

Juan Jullian

176 pág. | R$34,90

Galera | Grupo Editorial Record

Haviam se passado seis dias desde que o casal chegou de uma viagem inesquecível e, quando até um pedido de casamento parecia possível de acontecer, o ex resolve terminar o relacionamento! Após dois anos tentando se encaixar na vida, nos planos e nos desejos, de quem agora é uma subcelebridade nacional, o nosso protagonista decide escrever dezenas de cartas (quase um exposed do querido ex). Cursando Macroeconomia pela terceira vez, vivendo na caótica e belíssima cidade do Rio de Janeiro, o autor dos desabafos nos convida a se aventurar nesse conto – não muito de fadas – de um garoto carioca pós-moderno.


 


Não é fácil perceber que está vivendo em um relacionamento abusivo. Por isso, apenas quando decide depositar suas mágoas no papel, o protagonista reflete sobre os comportamentos do seu ex, antes completamente naturalizados, mas que não eram nada saudáveis. Pior, eram preconceituosos. Os comentários gordofóbicos e machistas sobre sua amiga não eram raros, a tentativa em diminuir a aparência do protagonista já eram de praxe. Sua militância era de telão. Agora que o namorado preto, de cabelo crespo, deu lugar ao seu parceiro branco, que mais parece ter saído de uma revista masculina, a subcelebridade – e também a sua mãe – devem estar satisfeitos. O casamento já tem até data marcada.


 


Os abusos, porém, ultrapassavam a questão estética. Nos seus relatos, ele descreveu o enorme desgasto psicológico em estar com alguém que só tentava diminuí-lo. Porém, como já esperado, existiam os momentos bons, que apesar de não compensar os ruins, acabavam sendo aceitáveis. Para, além disso, o protagonista também relata traições e a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) no tratamento contra o HIV. Fazendo uma referência ao livro de Lucas Rocha, um romance LGBT que trata sobre o tema, publicado também pela Editora Galera, Juan Jullian escreve que “no final do dia, você ainda tem a vida inteira”. 


 


As reflexões, motivadas pelo luto, acabam guiando uma incrível jornada de autoconhecimento. Através da história de um protagonista gay e negro, Juan Jullian consegue inserir em Querido ex (Ed. Galera) debates necessários equilibrados com situações cômicas. Será que o seu querido ex vai receber suas cartas? As suas duas mães (sim, o protagonista tem duas mães!) vão comparecer no casamento da nova subcelebridade do país? Para saber a resposta, é importante estar preparado para o plot twist no final do livro.


 


“Eu preciso te agradecer porque foi só depois de você me bagunçar e sair da minha vida que eu pude realmente saber quem sou, saber o que eu quero e para onde vou, e por mais que as respostas não venham fáceis e embrulhadas em belos pacotes de presente como nos filmes a que tanto assisto, elas se mostraram e estão se mostrando para mim das formas mais inusitadas.”

– Querido Ex


SOBRE O AUTOR

Juan Jullian é carioca e formado em Relações Internacionais, com especialização em teoria queer pela PUC-Rio. Atualmente cursa Direito na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e Pós-Graduação em Escrita Criativa pelo NESPE. Querido ex é o primeiro romance de Juan, uma resposta para todas as vezes em que ouviu do mundo que não poderia ser o protagonista de sua própria história.


 



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